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Os Portugueses são conhecidos por serem pessimistas por natureza. Por um lado tal maneira de ver as coisas não é de todo censurável porque em Portugal as coisas estão sempre de tal forma que hoje em dia é raro encontrar quem encare o seu dia-a-dia com algum optimismo. Aceito até que exista um optimismo moderado mas está longe de ser um sentimento generalizado entre nós.
Por outro lado este pessimismo não tem razão de existir. Ou melhor a razão da sua existência centra-se somente na sua existência. Passo a explicar.
Toda a gente se queixa que em Portugal as coisas estão más, que os políticos são corruptos, que existem job for the boys que são eternamente sustentados pelos contribuintes, que a Democracia não funciona, que o sistema eleitoral é obsoleto, etc., mas no meio de tantas queixas ninguém faz absolutamente nada para que tudo tome outro rumo.
É necessário que se tome de uma vez por todas uma posição. Algo tem de ser feito porque existe Vida para além do batido discurso do “são todos os mesmos, para quê chatear-me com isto”. A Democracia deu ao cidadão uma arma poderosa que pode e deve ser usada quando este entenda que as coisas não vão de encontro ao que pretende para o seu País.
O voto é sem sombra de dúvida a forma mais eficaz que este Povo plantado à beira mar tem de acabar com o seu irritante pessimismo. E quando falo em voto não estou a dizer para o fazerem votando no candidato A, B ou C mas sim para se acabar de vez com esta coisa da “clubite” partidária apostando em força no voto em branco quando não nos agrade o que nos é proposto no boletim de voto. Se o n.º de votos em branco for elevado nenhuma eleição se decide e desta forma os Portugueses mostram um cartão vermelho à classe política vigente.
Temos portanto nas nossas mãos a possibilidade de acabar de vez com o mais que irritante pessimismo Luso. Haja agora vontade de fazer alguma coisa em vez de passarmos a maior parte do tempo a lamentar-nos.