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imagem retirada de zerozero
Por norma temos tendência a criticar a nossa equipa quando esta perde um jogo. Contudo não me parece que seja justo seguir tal “rotina” após esta derrota do Futebol Clube do Porto na capital italiana.
A verdade é que - na minha opinião - a equipa de Sérgio Conceição tudo fez para sair de Roma com um resultado positivo. Os azuis e brancos regressam a casa com um resultado “menos negativo” porque tiveram azar. Isto apesar de na hora de rematar à baliza romana os Dragões terem sido algo “aselhas”. Mas também é complicado criticar o esforçado Fernando Andrade que se estreou na Champions e o “raçudo” Tiquinho que embora não tendo grande jeito lá conseguiu criar a oportunidade que Àdrian aproveitou para que as esperanças portistas não se esmorecessem já nesta primeira mão dos oitavas-de-final da prova milionária.
Apesar de o fuetbol ser o que é, estou em crer que momentos houveram em que Sérgio Conceição poderia - e deveria! - ter feito algo mais. Especialmente quando era notória a tremenda dificuldade que a equipa portista sentia em explanar o seu jogo. Tal foi notório na primeira parte dado que exsitiu sempre um perigoso “buraco” entre os vários sectores da equipa. “Buraco” que impedia que se criassem linhas de passe. Oara além de que estou para perceber porquê razão Militão tinha de ser “pau para toda a obra” e levar com todos os ataques romanos pelo seu flanco na primeira parte da partida.
Pouco mais há a dizer sobre este jogo. Pelo menos na minha perspectiva dado que aquilo que – para mim - terá ditado a derrota de hoje foi o azar e não tanto a falta de empenho de Sérgio Conceição e/ou dos jogadores que estiveram em campo de azul e branco vestido, mas acredito que haja quem tenha uma opinião diferente e respeito tal. Agora não creio é que se deva entrar em desespero… É verdade que isto de ter Yacine Bragimi, Moussa Marega e Jesús Corona lesionados preocupa dado que as alternativas são escassas em todos os aspectos, mas isto ainda não acabou e hoje ficou demonstrado que é perfeitamente possível marcar-se golos a esta Roma…
MVP (Most Valuable Player): Iker Casillas. Enorme entre os postes! Sofreu dois golos em que nada podia fazer e travou muitos outros com defesas dignas de um Guardião de Classe Mundial.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse em definitivo para o seu lado.
Arbitragem: Arbitragem correcta, em termos globais. Boas decisões na estreia europeia do VAR, que vem para ficar. Análise e opinião de Luís Rocha Rodrigues (jornalista do site zerozero).
Positivo: Empenho, empenho e empenho. Não virar a cara à luta apesar de o resultado não ser favorável. Esta forma de estar deste F Porto faz com que a eliminatória permaneça – ainda - em aberto.
Negativo: Militão leva com tudo. È verdade que o internacional brasileiro tem qualidades acima da média, mas este não pode fazer tudo sozinho. Deveria ter sido melhor apoiado pelo seu colega de flanco quando a AS Roma se lembrou de atacar pelo lado direito da defesa portista.
Imagem de zerozero
Como é que era… Já sei! Adeus Liga dos Campeões. Olá Liga Europa. Dito de outra forma; há gente que percebe tanto de futebol como eu de engenharia aeronáutica. Obviamente que cada um tem a sua opinião, mas daí até se dizer que a eliminatória com a AS Roma já estava perdida após o empate a uma bola no Estádio do Dragão vai uma tremenda distância. Ah, e o Lopetegui é que sabia da coisa não era? Já o Nuno Espírito Santo é "um zero à esquerda" que eliminou – somente - a segunda equipa mais forte do campeonato italiano com um plantel que não se compara aquele que o “grandioso” Lopetegui teve ao seu dispor. Adiante que de caminho já me vão dizer que o Lille é uma equipa do nível da actual AS Roma!
Entrando no jogo em si (que é o que realmente interessa), penso que hoje ficou, mais uma vez, demonstrado que o Futebol Clube do Porto tem – finalmente – um treinador que estuda os seus adversários. É verdade que em certos momentos da partida no Olímpico os Dragões tiveram a sorte do jogo (e um Casillas inspirado), mas a verdade seja dita que Nuno Espírito Santo (NES) soube montar a sua equipa de forma que a AS Roma não conseguisse impor o seu futebol. Um bom exemplo disto mesmo foi o fantástico golo de Felipe, fruto do trabalho árduo nos treinos que explorou – muito bem - as fraquezas da defesa italiana.
Obviamente que não podemos colocar de lado a forma arrogante como os romanos entraram em campo. Convencidos de que o jogo já estava ganho e de que lhes bastava gerir os acontecimentos até ao fim fazendo, aqui e acolá, o seu jogo violento (à italiana diga-se de passagem). Saiu-lhes o tiro pela culatra e foi muito por isto que acabaram reduzidos a nove elementos.
Curiosamente os Azuis e Brancos não se deram muito bem com o facto de a AS Roma ter jogado durante bastante tempo reduzida a nove elementos. Somente após a entrada em campo de Ádrian López para o lugar de André Silva é que a equipa Portista “despertou” para o jogo e aproveitou – com eficácia – a superioridade numérica. Tal é só para não me virem dizer que o FC Porto ganhou o jogo porque a AS Roma ficou reduzida a nove. Aliás, já antes (muito antes) de De Rossi e de Emerson terem sido expulsos já o FC Porto vencia por uma bola a zero e procurava – com algum sucesso – gerir o jogo.
Em suma, o Futebol Clube do Porto fez história ao ter sido a primeira equipa portuguesa a derrotar uma equipa italiana em Itália por três bolas a zero. O grande objectivo deste início de época já foi alcançado. Agora é continuar em frente e procurar melhorar o que tem de ser melhorado.
Arbitragem: È verdade que nas provas da UEFA por vezes os árbitros costumam ser um tudo ou nada “caseirinhos” e nem sempre tratam as equipas portuguesas com o respeito que estas merecem, mas a verdade seja dita que o Sr. Szymon Marciniak e a sua equipa de arbitragem levaram a cabo uma exibição excelente. Nada a apontar ao árbitro deste jogo.
Chave do Jogo: Apareceu ao minuto 73´, altura em que Miguel Layún marcou o segundo tento dos Azuis e Brancos e decidiu – em definitivo – a eliminatória a favor do FC Porto.
Positivo: Destaque principal para Nuno Espírito Santo que soube “montar” a sua equipa de forma a anular (quase por completo) o futebol da Roma. Destaque positivo (muito positivo mesmo) para Iker Casillas que levou a cabo uma exibição brilhante que fez recordar os bons velhos tempos do San Iker.
Negativo: Pode parecer “embirração” mas não o é. Héctor Herrera voltou a estar mal no capítulo do passe, só tendo melhorado neste aspecto após a equipa italiana ter ficado sem dois dos seus Atletas por expulsão. Ter um bom remate não chega Herrera!
imagem de zerozero
Pré temporada. Basicamente foi isto que ficou bem patente no Futebol Clube do Porto que empatou a uma bola com a AS Roma. É notória a vontade que a equipa tem de mostrar serviço, existem processos que estão muito bem pensados mas que necessitam de ser assimilados e a defesa precisa apenas de afinar o entendimento entre os centrais. Os Azuis e Brancos bem que poderiam ter vencido hoje, mas deram 25 minutos de vantagem aos romanos e fizeram-no de uma forma estupida e manifestamente azarada.
Efectivamente foi isto que aconteceu no jogo de hoje. A Roma entrou muito mais forte do que o FC Porto e os Portistas demoraram muito a reagir à pressão italiana. Passes falhados, sectores muito distantes e um lance tremendamente azarado de Felipe deram uma vantagem que os romanos já justificavam há algum tempo. Mas após o golo sofrido o FC Porto reagiu e foi à procura de um golo que só não apareceu de imediato por manifesta falta de experiência de alguns dos seus atletas. Para mais a Deusa da Fortuna hoje esteve com os italianos antes e após a expulsão de Thomas Vermaelen. O golo do empate dos portistas acabou por aparecer somente na segunda parte da partida, tendo sido marcado por André Silva que cobrou na perfeição uma grande penalidade claríssima cometida por um atleta da AS Roma. A partir daí os Dragões pressionaram muito (muito mesmo), mostraram um futebol muito agradável e trabalhado, mas a sorte esteve quase sempre do lado da Roma e quando não era a sorte era a inexperiência dos jogadores Azuis e Brancos a “salvar a pele” dos romanos.
Em suma; a eliminatória não está perdida (longe disto) mas a pressão sobre o Futebol Clube do Porto vai ser muito grande porque este terá de marcar – no mínimo – um golo e não sofrer algum. Parece uma tarefa impossível, mas se Nuno Espírito Santo conseguir “limar” um pouco mais as arestas do novo FC Porto é perfeitamente possível. Há que acreditar e, sobretudo, dar tudo por tudo no próximo jogo ante o Estoril para que a moral se mantenha bem alta.
Chave do Jogo: mais uma vez estou em perfeita sintonia com o que foi escrito pelo Jornalista do zerozero Luís Rocha Rodrigues que passo a citar - A Roma entrou melhor e marcou, num auto-golo de Felipe. Os italianos dominaram quase toda a primeira parte, que acabou com a expulsão de Vermaelen, um momento que fez renascer os dragões. André Silva empatou na melhor fase dos dragões, só que a Roma soube amenizar a pressão portista.
Positivo: Otávio e André Silva. Dois “produtos” made in Futebol Clube do Porto que cada vez mais mostram ter uma qualidade fora de série. Otávio tem uma visão de jogo excelente e quando tiver melhorado será um atleta fantástico. André Silva é o típico “guerreiro” da área que não desiste nunca de lance algum.
Negativo: Héctor Herrera. Herrera tem muito disto. Ora faz um jogo mais ou menos onde até marca golos, ora faz um jogo onde não acerta um único passe e atrapalha o jogo ofensivo da equipa. Ante a Roma o mexicano foi o elo mais fraco de um meio campo portista ainda em construção.