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imagem retirada de zerozero
Após o amargo empate caseiro diante do Benfica (com as culpas a serem repartidas entre a má gestão de Sérgio Conceição e a péssima arbitragem de Jorge Sousa & companhia), este embate diante do campeão francês era vital. Era vital não só porque este poderia valer um apuramento dos azuis e brancos para os oitavos de final da Liga dos Campeões, mas porque era preciso renovar a moral para o que aí vem nesta importante recta final até ao Natal no que ao campeonato português diz respeito. E a verdade seja dita que não obstante os disparates da primeira parte e um ou outro desacerto da parte dos Dragões, o Futebol Clube do Porto cumpriu com a sua obrigação, renovando, desta forma, uma moral que poderia ter ficado severamente abalada caso não os portistas não tivesse derrotado (de goleada) este “tenrinho” AS Mónaco de Leonardo Jardim.
Não haverá muito a dizer sobre esta goleada portista senão que foi merecida mas que, repito, dispensava alguns dos disparates que os jogadores de azul e branco cometeram. Especialmente na primeira parte onde parecia ser tremendamente difícil construir jogo a partir da defesa sem que os passes saíssem transviados. E tal aconteceu por mais do que uma vez sem que os monegascos fizessem muita pressão. Se tal acontecer na fase seguinte da Champions diante dos possíveis adversários do FC Porto vai ser a “morte do artista”… Mas até lá “ainda muita água vai correr por debaixo da ponte”.
Facto consumado. Venha de lá esta deslocação a Setúbal para se vencer mais uma jornada de uma Liga NOS que está – outra vez! – a ser forçosamente inquinada a favor do SL Benfica e Sporting CP. É por isto muito importante que Sérgio Conceição, jogadores, dirigentes e adeptos do Futebol Clube do Porto não se deixem levar por esta saborosa goleada diante do AS Mónaco. Manter os pés bem assentes na Terra e procurar melhorar aquilo que hoje não correu bem exige-se. E não é preciso repetir-se o porquê.
Um aparte, o SL Benfica foi a ÙNICA equipa participante na actual edição da UEFA Champions League que não conseguiu fazer um único ponto na fase de grupos. Um banho de realidade que mostra (outra vez) que se não fossem certas “coisas” o campeão nacional de futebol português deveria ter sido aquela equipa que fez por isto e não a que tem sido levada ao “colinho”.
MVP (Most Valuable Player): Vincent Aboubakar. Excelente jogo do camaronês. Excelente a atacar, fantástico a jogar de costas para a baliza, muito certinho no apoio aos seus colegas de ataque e letal na hora de rematar à baliza.
Chave do Jogo: O golo inaugural do FC Porto marcado no minuto 9. Este golo acabou por ser o factor determinante de tudo o que viria a suceder até ao fim do jogo.
Arbitragem: Jonas Eriksson terá sido algo rigoroso demais neste jogo. Especialmente na expulsão de Felipe, O brasileiro não merecia ter sido expulso com o cartão vermelho directo. Por explicar fica também a razão pela qual este assinalou uma Grande Penalidade a favor do Mónaco. Arbitragem muito mediana que acabou por não ter influência directa no resultado final.
Positivo: Yacine Brahimi. Esta noite o argelino andou muito próximo do sue verdadeiro “eu”. Foi importante na manobra ofensiva dos Dragões e apenas pecou por não ter sido regular durante os 90 e poucos minutos em que esteve em campo.
Negativo: Tremedeira inicial. Já aqui falei nisto e volto a tocar no assunto pois no futuro tal não pode (nem deve) acontecer numa equipa como o FC Porto. Tanto passe falhado no início da primeira parte diante de um adversário que pouco pressionava é incompreensível.
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Cada vez mais tenho a ideia de que Sérgio Conceição é um treinador que aprende com os seus erros. É verdade que falamos de um Mister ainda em formação (especialmente na Europa do futebol), mas a verdade seja dita que Sérgio Conceição tem a humilde e proveitosa capacidade de saber aprender com os seus disparates.
Isto tudo porque a vitória caseira de hoje diante do RB Leipzig teve muito a ver com a forma realista com que o Futebol Clube do Porto entrou em campo. Claro que há que ser justo e dizer que houve muitos momentos em que a equipa portista teve aquela sorte (o ter marcado o golo inaugural da partida após a saída de Marega por lesão é um deles), mas a vitória de hoje por 3 bolas a 1 deveu-se, essencialmente, a uma espécie de descida à realidade por parte dos azuis e brancos. Dito de outra forma; para ter ganho hoje o Futebol Clube do Porto teve de fazer aquilo que as ditas equipas pequenas fazem quando defrontam uma equipa muito mais forte. Por seu turno os alemães do Leipzig caíram com relativa facilidade na armadilha portista devido à forma arrogante como encaram esta partida desde o primeiro segundo. Um outro aspecto muito importante - e que terá sido o mais importante nesta vitória azul e branca – é o aproveitamento quase a 100% dos lances de bola parada.
Graças a esta vitória e postura realista dos Dragões (na Europa não dá para se ser o “Grande”), o Futebol Clube do Porto depende só de si para passar à fase seguinte da prova. Um cenário que na minha modesta opinião nunca deixou de ser uma mais do que provável realidade, mas nada de embandeirar em arco. Ainda faltam dois jogos para terminar a fase de grupo da UEFA Champions League e tanto Mónaco como Beşiktaş não são “pera doce”.
Venha o CF Os Belenenses para se manter a liderança de uma Liga NOS que o VAR e “Padres” querem que seja competitiva até ao fim ou não tivesse o Sporting CP sido cirurgicamente beneficiado em determinadas jornadas. E nem é preciso relembrar o quão complicado vai ser ultrapassar as baixas Danilo Pereira (castigado) e Moussa Marega (lesionado).
MVP (Most Valuable Player): Jesús Corona. Simplesmente impecável e sempre, mas sempre, predisposto a dar tudo por tudo pela equipa portista. O mexicano jogou sempre para a equipa e procurou ser o mais prático possível diante uma equipa alemã que queria aproveitar o mínimo disparate para sair em velocidade para o contra ataque. Corona teve ainda tempo para (com um sucesso tremendo) ajudar um super concentrado Ricardo Pereira a fechar a faixa esquerda do ataque do Leipzig.
Chave do Jogo: Apareceu somente no minuto 90' do jogo. Foi nesta altura que Aboubakar isolou Maxi Pereira que marcou o terceiro golo portista que colocou um ponto final de uma partida onde o ascendente alemão foi notório.
Arbitragem: Arbitragem rigorosa, sem complicações, e bem nos lances de dúvida. Nota positiva.
Positivo: Ricardo Pereira. Exibição impecável a que o internacional português levou a cabo no Estádio do Dragão. A perigosa faixa esquerda atacante do RB Leipzig não funcionou, nunca, muito por culpa do excelente trabalho defensivo e ofensivo de Ricardo Pereira.
Negativo: Yacine Brahimi (mais uma vez). O argelino voltou a complicar em momentos chave da partida. Por vezes dar um simples toque para o lado é muito melhor do que ir para cima da defesa e perder a bola.
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“Chapeau” Conceição, E este bem que merece que se lhe tire o chapéu em jeito de respeito e admiração. Hoje Sérgio Conceição mostrou ser capaz de aprender com os seus erros. Agora vamos a ver se a coisa é para continuar ou se o que hoje foi somente um “fogacho” (em todos os aspectos).
Ao contrário de muito boa gente, eu optei por dar o benefício da dúvida a Sérgio quando soube que este tinha apostado em Sérgio Oliveira para o onze inicial do Futebol Clube do Porto. O jogo era da Champions e do outro lado estava um AS Mónaco que exigia um Porto mais paciente e “musculado” no meio campo. Sérgio Oliveira e o seu futebol mais lento e cerebral eram precisamente aquilo de que o FC Porto de Conceição precisava para “entupir” a máquina ofensiva dos monegascos. Sérgio Conceição não quis repetir o erro que lhe custou uma humilhante derrota caseira diante do Beşiktaş e esta foi, sem sombra de dúvida, a melhor forma de dar a volta por cima enganado por completo Leonardo Jardim que estava nitidamente à espera do habitual Futebol Clube do Porto vertiginoso.
Claro que o facto de se ter tido um Héctor Herrera – mais uma vez - numa “noite sim” (será para durar?) e um Yacine Brahimi a jogar para o colectivo ajudou a que a estratégia de Conceição funcionasse quase na perfeição. Quase na perfeição porque Danilo Pereira insiste em não voltar a ser o Danilo que sabemos que pode ser… Tal explica (e muito) o facto de o Mónaco ter “caído em cima” da equipa portista na segunda parte. Se o remate ao poste de Falcao tivesse entrado de certeza que a equipa francesa teria dado muita luta até fim… E tenho as minhas dúvidas de que o FC Porto fosse capaz de fazer frente à “avalanche” ofensiva da equipa de Jardim.
Uma palavra final para destacar o enorme trabalho de Moussa Marega. O moço deixa sempre tudo em campo! Ele assiste os seus companheiros para golo e ainda tem tempo para fazer aquilo que Jesús Corona teima em não fazer quando a equipa precisa: fechar o seu corredor! E foi este mesmo Marega tão mal tratado pelos adeptos do Futebol Clube do Porto num passado não muito distante.
E pronto. Missão cumprida na 2.ª jornada da UEFA Champions League de um grupo que é tremendamente difícil (ou não fossem todas as equipas muito parecidas). Agora é manter a cabeça no devido lugar porque no próximo domingo há uma complicada deslocação a Alvalade. Convêm recordar os mais esquecidos que por lá o Sporting CP costuma derrotar os seus adversários com jogadas de andebol, fora de jogo mal assinalados, tempos de compensação intermináveis e grandes penalidades duvidosas. Não pensem que por causa da tal de “aliança” o filme da época passada não se vá repetir.
MVP (Most Valuable Player): Yacine Brahimi. Este é o Brahimi que eu quero ver a jogar de Dragão ao peito. Esforçado, virtuoso q.b. e disposto a jogar com e para o colectivo. O seu passe para Marega que culminou no golo de Aboubakar é, simplesmente, magistral!
Chave do Jogo: Veio tarde para resolver a contenda a favor da equipa portuguesa. Surgiu somente no minuto 89´, altura em que Aboubakar fez o terceiro golo do Futebol Clube do Porto acabando, de vez, com a resistência e capacidade de luta que o AS Mónaco vinha mostrando até então.
Arbitragem: Jogo tranquilo. Tirando um ou outro lance, Slavko Vinčić e restante equipa de arbitragem realizaram uma boa arbitragem.
Positivo: Claques do FC Porto. Os meus parabéns aos Super Dragões e Colectivo, pois deram uma enorme lição ao mundo do futebol de como apoiar a sua equipa a muitos milhares de quilómetros de casa. Simplesmente fantásticos!
Negativo: Danilo Pereira (outra vez). Danilo está ainda longe (muito longe) do seu melhor. Onde estava Danilo quando Falcao rematou ao poste da baliza de Casillas na segunda parte? “A ver a banda a passar”.