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imagem retrirada de zerozero
Em dia triste para a Nação Azul e Branca dado o falecimento de Reinaldo Teles, histórico dirigente do Futebol Clube do Porto que juntamente com Jorge Nuno Pinto da Costa criou esse mesmo FC Porto que é, tão-somente, a 3.ª equipa com mais participações na Liga dos Campeões e a única equipa portuguesa que conta no palmarés com todos os troféus internacionais de clubes, não se podia ter feito melhor homenagem a tão grande portista senão vencer (outra vez) um adversário de valor e muito – muito! – difícil como é o caso deste Marselha de André Villas-Boas.
Até o fabuloso “Deus do futebol”, Diego Armando Maradona, foi devidamente homenageado pelos Dragões com uma série bem interessante de jogadas criadas por Diaz e Nakajhima. O golo é o sal do futebol de facto, mas a finta/desmarcação é o açúcar que tanto nos delicia. Especialmente quando essa finta e a desmarcação resultam em lances de golo e/ou de perigo para a equipa adversária.
Já deu para perceber que gostei deste jogo. Claro que haverá quem tenha uma opinião diferente. Está no seu direito, mas eu gosto muito mais quando o Futebol Clube do Porto percebe qual o seu lugar e pratica um futebol que o ajude a vencer e alcançar os seus objectivos. O futebol pode até ser feio, desinteressante, recuado e perigoso mas a verdade é que somente em Manchester esta forma de estar não deu frutos porque o nome City pesa muito mais do que o nome Porto quando chegou a hora de o Homem do apito decidir.
Futebol de transições rápidas, muito corrido, defesa aguerrida e aproveitar ao máximo todo e qualquer lance de bola parada na área adversária para se colocar em vantagem não podem, a meu ver, ser considerados defeitos. Quem não tem cão, caça com gato e tem sido isto que Sérgio Conceição tem feito esta temporada na Liga dos Campeões. Resultado? 4 jogos, 3 vitórias, 9 pontos, 8 golos marcados, 3 sofridos e o apuramento para a fase a eliminar da UEFA Champions League quase garantido. Melhjor? Com o actual plantel, impossível! Digo eu.
Agora acho muita graça a quem comenta o futebol na rádio e televisão e fala em dois tipos de FC Porto. Um melhor na Europa do futebol e outro mais irregular na Liga NOS. Qual a grande diferença? Simples. Só não vê quem (maldosamente, talvez) não quer pois o Futebol Clube do Porto no nosso campeonato periférico joga contra “equipas pequenas”, já na Europa do futebol a equipa pequena é o próprio FC Porto não obstante o seu rico e vasto palmarés. Se olharmos bem, por exemplo, para o jogo de hoje rapidamente constatamos que em termos de plantel André Villas-Boas tem – de longe! – muito mais e melhor qualidade futebolística aos eu dispor do que Sérgio Conceição que para além de ter de comandar os Dragões tem ainda de aprimorar e fazer crescer jogadores como Zaidu (por exemplo) que há não muitas épocas atrás jogava no Mirandela.
Apesar de tudo essa vitória portista em França não me descansa na totalidade. É verdade que gostei do jogo praticado pelos azuis e brancos e que acho correcta a forma realista como Sérgio Conceição tem procurado abordar esses confrontos europeus, mas ainda vejo muitas lacunas nesta equipa. Especialmente nas laterais dado que a dupla Sarr e Mbemba é daquelas coisas que se mexer, estraga. Manafá continua a ser um trapalhão quer a atacar e a defender. Zaidu, não obstante a sua evolução, ainda tem muitas dificuldades na hora de defender e são ainda algumas as ingenuidades que podem vir custar caro ao FC Porto. Não foi por acaso que o Marselha hoje insistiu tanto no futebol ofensivo pelas faixas. E quase que marcou golo.
E já que falo aqui em trapalhões e trapalhadas, eu até que adoro Marega mas esse já vem há uns jogos a mostrar que luta muito, mas que faz pouco… E pelos vistos os ares do sul de França fizeram muito mal a Jesús Corona que realizou uma exibição desastrosa. Melhores dias virão. Ou se calhar melhores opções. Não sei bem dado que é Sérgio Conceição quem trabalha todos os dias com o seu plantel.
Em suma. Missão quase cumprida, homenagens prestadas e agora siga para os Açores onde à espera dos portistas vai estar um Santa Clara bem motivado que aposto que vai estar o jogo todo a defender o zero a zero.
Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. Ao contrário da maioria que fez de Zaidu o MVP desta partida, eu escolho o internacional português como o melhor deste jogo. Sérgio Oliveira está a atravessar um momento de forma estupendo e se já ninguém dá pela falta de Danilo é por culpa dele. Excelente a recuperar bolas, a distribuir jogo e a comandar todo o meio campo pprtista. Vamos a ver esta boa forma do Sérgio se mantêm para lá do Natal.
Pior em Campo: Jesús Corona. Mau, mau, mau, mau, muito mau e péssimo. Desconcentrado. Muito desconcentrado! Especialmente na hora de defender. Por um triz o internacional mexicano não fez um passe de morte que poderia ter dado o golo à equipa francesa que iria, com toda a certeza lutar pelo empate a 2 até ao fim. A atacar ninguém o viu. Corona (vulgo Tecacito) hoje não fez nada de jeito em campo. Há dias assim.
Arbitragem: Nada a apontar ao Sr. Andreas Ekberg e seus assistentes. Decisões correctas e acertadas tanto nas expulsões como na marcação da grande penalidade a favor do FC Porto.
imagem retirada de zerozero
Quem viu esta partida e viu a de Paços Ferreira fica com a impressão que até que foi fácil. Mas não foi. Há que dizer que esse Marselha - embora não seja aquele de 2004 que tinha um tal de Drogba como sua figura maior – é uma equipa de respeito. Os comandados de André Villas-Boas são uma boa equipa só que em muitos momentos pareciam uma “manta de retalhos” pois esquecem-se, acho eu, que o futebol é um desporto colectivo. Isso de ter “meia dúzia de vedetas” não ajuda a nada… Especialmente quando do outro lado do campo está uma equipa que não sabe o que “tirar o pé do acelerador”.
Ponto assente, esse Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição joga bem melhor com uma linha de 4 defesas e quando tem pela frente equipas que não se “fecham lá atrás”. Com o Marselha a necessitar de pontuar, era expectável que os comandados de Villas-Boas jogassem bem subidos no relvado e tal é fatal contra uma equipa que nunca dá um lance por perdido e que se dá muito bem nas transições rápidas. Por isto é que vai haver muito boa a gente a dizer que esse Marselha é uma equipa fraca e que hoje foi fácil aos comandados de Sérgio Conceição vencer o jogo.
A maior prova de que esse “pareceu fácil” ser enganador está no facto de quando o resultado ainda estava a 1 a 0 a favor dos portistas esses sentiram muitas dificuldades em gerir a posse da bola. É que um jogo de futebol não se joga sempre a pressionar e a correr para cima do adversário. Há que gerir momentos, espaços e esforço e quando é necessário fazer tal coisa, a verdade seja dita, o Futebol Clube do Porto sente muitas dificuldades. Dá que pensar e a verdade seja dita que hoje Sérgio Conceição deu a entender que ainda há muito para melhorar na zona de entrevistas rápidas.
Ora bem, tácticas à parte a verdade é que a passagem à fase a eliminar da Liga dos Campeões está quase a ser alcançada pelos azuis e brancos. 1 derrota e 2 vitórias diante de adversários que me apetece apelidar de “directos”, 6 pontos e um Manchester City que conta por vitórias todos os jogos realizados na fase de grupo colocam os Dragões com um pé na fase seguinte. Mas atenção, há ainda que jogar a França e Grécia e o último jogo será em casa diante um City que não creio que vá facilitar mesmo que por essa altura já esteja mais do que apurado. Isto ainda não acabou e , acredito eu, que é bem melhor que o Futebol Clube do Porto enfrente esses jogos que lhe restam disputar com os pés bem assentes na terra ao invés de se “armar em carapau de corrida”.
Siga agora para o jogo com o Portimonense até porque a Liga NOS ainda está em aberto. Contudo penso ser importante que Sérgio Conceição passe e faça valer a ideia de que não se passa de besta a bestial de um jogo para o outro. O actual plantel azul e branco é algo desequilibrado, tem opções a mais em certas posições, é “curto” noutras e jogadores existem que não tem lugar no onze por manifesta falta de qualidade. Por isto, atenção à euforia e ao embandeirar em arco… Até porque a verdade seja dita que o Portimonense não vai jogar tão subido como jogou esse Marselha.
Melhor em Campo: Jesús “Tecacito” Corona. Como dizem os espanhóis, “partidazo” do internacional mexicano! Assistências para golo, golos, recuperações de bola, muita entrega, muita técnica e por aí adiante. Grande partida essa que “Tecacito” fez! Só espero que não tenha sido “jogo para inglês ver” pois esses jogos da UEFA Champions League são sempre uma excelente “montra”.
Pior em Campo: Dimitri Payet. O Futebol Clube do Porto fez um jogo colectivo muito bokm, já o Marselha teve em Payet o pior em campo. Jogou pouco e, inclusive, esteve muito em baixo. Trata-se de um jogador de grande qualidade que acaba por ser o espelho perfeito daquilo que é actualmente a equipa do Marselha.
Arbitragem: Conheço bem Mateu Lahoz. Em Espanha (e não só) esse é bem conhecido pela sua qualidade enquanto árbitro. Pena que por vezes lhe dê para ser o protagonista e acabe por estragar o que de bom vai fazendo. Hoje teve que tomar um punhado de decisões complicadas, mas a verdade seja dita que esteve sempre bem. O mesmo se pode dizer dos seus assistentes.
Bem sei que sou um chato de primeira, mas penso que sou boa pessoa e como tal sinto uma extrema necessidade de ajudar quem mais precisa. E sendo este o caso cabe-me dar mais uma ajuda á nossa Comunicação Social que com tanta euforia se esquece de consultar um Dicionário ou de fazer uma pesquisa antes de escrever asneiras.
Vêm isto a respeito do tal de “Triplete” do SL Benfica. Ora vejamos o que nos diz a Wikipédia sobre tal coisinha (peço desculpa pelo “Brasileiro”):
A Tríplice Coroa, em esportes, é um título não oficial dado a uma equipe ou esportista que conquista três importantes títulos, geralmente em sequência ou em uma mesma temporada.
Mais adiante temos o seguinte:
Diferentes entidades esportivas consideram pelo menos três diferentes conceitos de "Tríplice Coroa" no futebol. A "Tríplice Coroa Internacional" refere-se apenas a títulos reconhecidos pelas confederações continentais. A "Tríplice Coroa Europeia" leva em consideração competições nacionais e a Copa Européia dos Campeões. A "Tríplice Coroa Brasileira" envolve duas competições nacionais e uma regional. E há ainda as "Tríplices Coroas Genéricas", que registram a conquista de três títulos quaisquer numa mesma temporada.
E para terminar eis que temos ainda:
Na imprensa esportiva europeia, o conceito de "Tríplice Coroa" (em geral chamada "Treble", mas também "Triple Crown") é mais frequentemente aplicado para os clubes que conquistam três títulos em competições de temporada - excluindo-se, portanto, o Mundial de Clubes e competições de um único confronto, como as Recopas e Supercopas.
Na Europa, chama-se "Double" ("Dobradinha") à conquista, em uma mesma temporada, do Campeonato e da Copa de um país - feito raríssimo no futebol da Itália ou da Inglaterra, mas realizado 21 vezes pelo Linfield na Irlanda do Norte No caso, a "Tríplice Coroa" ("Continental Treble") é conferida ao clube que, além de conquistar o "Double" no seu país, na mesma temporada vence também a "Liga dos Campeões".
Portanto das duas, uma; ou o SL Benfica conquistou o Campeonato/Taça de Portugal/Liga Europa e ninguém deu por ela ou então este conquistou o Campeonato/Taça de Portugal fazendo aquilo que se chama de “Dobradinha”.
É que “Triplete” no verdadeiro sentido do termo, que eu saiba, só um Clube em Portugal o conseguiu. Foi o FC Porto, tendo o últimno sido no tempo de André Villas-Boas quando os Dragões ganharam o Campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa.
E com isto fiz a minha boa acção de hoje. Espero ter sido útil para os analfabetos da nossa Comunicação Social.
Volto a tocar no assunto futebol porque depois de ter terminado o jogo ante o Sevilha, Ricardo Quaresma disse que morreria pelo Futebol Clube do Porto (salvo erro), dando assim a entender que está no Dragão de Corpo e Alma.
Como é óbvio uma certa franja de adeptos Azuis e Brancos começou logo a babar-se por tudo quanto é sítio com tal declaração de amor eterno.
Eu não embarquei nesta onda e acreditem que nunca o vou fazer. E não o faço nem vou fazer seja com Ricardo Quaresma ou outro qualquer!
Isto porque o futebol é “um bicho em constante mutação” para além de não ser uma ciência exacta. No Mundo da Bola o que é verdade hoje, amanhã já é mentira. Como prova disto veja-se o que este mesmo Quaresma jurou há uns anos atrás e como na altura este tratava os adeptos do FC Porto.
Agora os mesmos que o assobiaram e o insultaram depois da sua saída nada pacífica da Invicta idolatram-no.
È por causa destas cenas tristes que eu não passo cartucho a estas juras de amor. Se Ricardo Quaresma continuar a jogar tão bem como está é certo que aparecerão Clubes interessados no seu passe, e quando tal suceder vai ser giro ver os tais adeptos da baba e do ranho a atirar pedras ao Cigano e a apelidarem-no de traidor.
El Comandante Lucho também amava eternamente o Futebol Clube do Porto até ao dia em que alguém lhe ofereceu uma reforma dourada nas Arabias e lá se foi o juramento.
E nem vale a pena relembrar o episódio André Villas-Boas pois não?
Já no jogo de Vila do Conde que tinha dito para mim mesmo que este Carlos Eduardo me fazia lembrar o Deco. Não aquele Deco dos tempos de Fernando Santos e Octávio Machado mas sim o de Mourinho que era o cérebro da equipa e pelo qual passava todo o jogo da equipa Portista.
Carlos Eduardo é neste momento o Deco ressuscitado e por ele passa todo o jogo do Futebol Clube do Porto de Paulo Fonseca (com excelentes resultados). Depois de uma sempre complicada vitória ante o Rio Ave, eis que surgiu agora uma goleada ante o fraco Olhanense graças a um futebol que foi sempre muito fluido por obra e graça de Carlos Eduardo.
E não me canso de repetir: porquê carga de água Paulo Fonseca só agora descobriu este novo Deco. Foi preciso quase meia temporada para tal!
Ainda vai a tempo mas bem que se poderia ter evitado tanta inquietação. Bastava que Quintero tivesse sido relegado de imediato para a equipa B para aprender como se joga futebol (porque só atacar não serve) e se tivesse apostado forte no Brasileiro.
Vamos agora a ver se as boas exibições não “sobem à cabeça” do Carlos Eduardo. Ainda tem muito para mostrar e para melhorar.
Lá com isto os anti Paulo Fonseca metem mais uma vez a viola ao saco. Afinal o Homem não é assim tão tosco como diziam e isto de mandar postas de pescada da bancada contra o treinador acaba sempre muito mal.
E diziam os anti PF que era contratar já o André Villas-Boas e mandar o Fonseca para a rua. Até houve Portistas que queriam que o FC Porto tivesse perdido em Vila do Conde para que AVB regressasse ao Dragão. Não fossem estes mesmos Portistas meus amigos e podem ter a certeza de que os apelidaria de ridículos. Kompensan recomenda-se! E já agora juízo também!