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Sinopse: O adolescente Paul é convocado para atuar na linha de frente da Primeira Guerra Mundial. O jovem começa o seu serviço militar de forma idealista e entusiasmada, mas logo é confrontado pela dura realidade do combate.
Data de lançamento: 29 de setembro de 2022 (Alemanha)
Diretor: Edward Berger
Cinematografia: James Friend
Adaptação de: Im Westen nichts Neues
Edição: Sven Budelmann
Distribuidor: Netflix
Comentário: Filme e romance literário que “assenta que nem uma luva” à realidade dos nossos dias. Perfeito para quem apoia cegamente o conflito na Ucrânia e o regime totalitário simpatizante da ideologia nazi que se encontra no Poder em Kiev.
É a minha sugestão cinematográfica e, inclusive, literária do mês de Fevereiro que está quase a terminar.
Faço votos sinceros de que sigam a minha sugestão e que apreciem esta obra nos seus 2 formatos. Acredito que irá ajudar a que se perceba o quão hipócrita é estar a milhares de quilómetros a apelar e a instigar ao conflito armado como vimos recentemente o Sr. Primeiro-Ministro de Portugal a fazer.
Tempos de crise aguda como a que vivemos exigem, sem sombra de qualquer dúvida, respostas agudas da parte de quem nos governa. Tal é válido internamente como externamente ou não fosse a economia Mundial um tremendo dominó que tanto pode ser um paraíso como um inferno dependendo da forma como cai – ou não – a primeira peça..
Contudo num Mundo com tantas diferenças as respostas à crise provocada pela Covid-19 tem sido, também elas, muito diferentes entre si.
Alguns líderes mundiais (felizmente poucos) optam pela teimosia latente, formas de enriquecimento à custa de placebos que as farmacêuticas tem ás paletes nos seus armazéns, apelos ao fregreso a ditaduras militares, actos de violência e desrespeito para com os órgão de comunicação social que se recusam a dar tempo de antena aos seus disparates públicos, e por aí adiante.
Outros líderes mundiais, mais concretamente os europeus, optaram numa primeira fase por um confinamento mais ou menos rigoroso (cada país teve o seu “inferno”, pelo que a resposta ao mesmo variou) e agora que a pandemia parece estar a estabilizar optam por uma espécie de recauchutagem do sistema. Países há que abrem a sua economia - uns mais lentamente e outros de forma mais célere - para que tudo volte não ao normal de antigamente mas sim ao novo normal.
E é, a meu ver, que na nossa Europa existe um problema. Sendo a União Europeia um espaço comum, de economia comum e. em certos e muitos pontos, de finanças comuns, creio que deveria existir uma estratégia comum de reabertura da economia europeia (mesmo que a Covid-19 tenha afectado mais ou menos certso Estados-membros). Não falo aqui numa reabertura unânime pois tal em Democracia é quase impossível… Recordo que a União Europeia tem 28 Estados-membros (o Reino Unido ainda não saiu oficialmente da União), pelo que é de todo impossível que haja uma concordância plena entre todos.
È que estou em crer que esta recauchutagem do sistema – forçada em muitos países – nosm primeiros tempos até que pode disfarçar e dar a sensação de que tudo está bem que vamos ficar bem, mas a economia é travessa tal como a sua “amiga” diplomacia. São muitos e variados os imprevistos que forçam uma viragem rápida do rumo dos acontecimentos. Tal já aconteceu no passado e não estou em crer que no presente e futuro tal não venha a suceder.
É neste cenário que olho com uma certa preocupação para o que está a acontecer na Europa.
França e Alemanha anunciaram publicamente um programa de apoios a fundo perdido a todos os Estados-membros.
Nada que já não tenha sido falado anteriormente com a Holanda a fazer finca pé com a sua tese de que este programa deverá ser de empréstimos com juros baixos e não a fundo perdido. Na altura os holandeses acabaram por ver metade ads saus pretensões atendidas pois nem França nem Alemanha tinham grande interesse num tal programa ou não estivessem ambos (especialmente a França) a braços com um crescente caso de cidadãos infectados com a Covid-19.
Mas agora que a temática está de novo em cima da mesa europeia, desta vez com o papel de mau da fita a ser interpretado pela Áustria, quem me garante a mim e qualquer português (aka cidadão europeu) que alemães e franceses não acabarão por ver nas pretensões austríacas uma forma de fazer valer a sua posição de potências dominantes na Europa impondo, para tal, a austeridade que o nosso Primeiro-ministro diz repudiar veemente?
Artigo publicado no site Repórter Sombra
Há quem me acuse de ser pessimista. E confesso que talvez o seja. Ou melhor, como qualquer Ser Humano tenho momentos para tudo. Começo primeiro por reagir às adversidades, depois acabo por me adaptar às mesmas e, com o tempo, acabo por saber conviver com as tais adversidades. Talvez tudo isso possa ser apelidado de pessimismo, contudo é assim que vivo e tenho pautado uma grande parte da minha vivência. Ora algo que tenho sempre presente nesta minha forma de estar é a de procurar estar sempre um passo à frente sem nunca deixar de olhar para trás porque, ao contrário do que muitos pensam, a história ensina-nos muita coisa. E talvez isto explique o muito do meu “pessimismo”.
Isto para aqui dizer que a crise do novo coronavírus (Covid-19) não só não vai ensinar absolutamente nada à Humanidade como me faz crer, cada vez mais, que isto tudo vai acabar mal. Muito mal. Especialmente no nosso ocidente que se orgulha de ser tão civilizado e solidário. Tão humanitário e solidário que começa a ser notícia recorrente o roubo à descarada de material médico uns dos outros… Que o digam França, Alemanha e Espanha que já viram os seus grandes aliados Estados Unidos da América e Turquia a tomarem de assalto material médico que se encontrava a caminho dos respectivos países.
E que dizer dos Estados Unidos da América? Nação que é para nós ocidentais o maior símbolo de democracia, igualdade, compreensão e desenvolvimento? Na terra das oportunidades, liderada por um louco que é cada vez mais idolatrado pelos seus, a saúde de milhões está em risco porque simplesmente não tem dinheiro para poderem subscrever um seguro de saúde que lhes possibilite ter acesso a ajuda hospitalar quando dela precisam. Que rico exemplo de solidariedade e de humanismo esse da maior democracia do Mundo.
Mas deixem-se estar que por cá no Velho Continente o cenário não é muito melhor.
Para os que pensavam que a Europa tinha aprendido alguma coisa com o Brexit, eis que o tal de coronavírus veio demonstrar – mais uma vez - que “burros velhos, não aprendem línguas”. E não só não aprendem como ainda insitem em chavões muito populares na extrema direita europeia que dizem que os países da europa do sul são preguiçosos e desleixados e como tal são os culpados de tudo o que está a acontecer.
Mutualização de dívidas na União Europeia? Mas por acaso a Alemanha, Áustria e Holanda tem de “sustentar burros à argola”? Mas nem pensar! Vamos antes para mais um programa de créditos (entenda-se Troika) que esta malta do sul da europa lá se arranja para reembolsar - com juros - o investimento da nobre classe trabalhadora do norte da europa.
Ainda acha que estou a ser pessimista quando digo que isto vai acabar mal?
Artigo publicado no site Repórter Sombra (
E tudo isto em nome das ideias pré concebidas.
Recentemente ouvi alguns trechos de um discurso de Emmanuel Macron, actual Presidente francês, feito no Parlamento alemão. Ficou-me no ouvido a palavra “refundar”. Segundo Macron, cabe à sua França e à Alemanha - ainda da Sra. Merkel – a árdua tarefa de “refundar” a Europa.
Ora face a tal declaração pública do mais alto governante gaulês, apraz-me colocar a seguinte questão: O que quer dizer Macron com isto do “refundar a Europa”? È que há o “refundar” e o “refundar”. Passo a explicar.
Durante séculos o Velho Continente sofreu imensas transformações nas suas fronteiras. Entre guerras, tratados e outros “arranjos” diplomáticos as fronteiras de países como a França e a Alemanha (por exemplo) foram-se alterando até terem adquirido a actual forma. Forma esta que, a título de complemento, não tem garantias absolutas de que se venha a manter dado que são muitas e bem conhecidas as quezílias regionais e as disputas – mesmo que a nível diplomático como sucede entre a Alemanha e a Dinamarca, por exemplo – que marcam a vida do continente europeu.
Daí a minha pergunta: O que quis Macron dizer com a “refundação” da Europa? Este não estava, com toda a certeza, a referir-se à necessidade de se traçar, com urgência, um novo rumo para a União Europeia. Isto porque a União Europeia está longe de ser algo onde somente a França e a Alemanha tem uma palavra a dizer no que á sua condução diz respeito. A União Europeia é hoje composta por 28 Estados-membros e, partindo do princípio de que no seio da UE vigora uma Democracia Representativa, qualquer decisão sobre o futuro da Europa tem de passar por um escrutínio onde a maioria dos Estados-membros ditarão este mesmo futuro após o terem debatido e votado no local próprio (entenda-se Parlamento Europeu).
Convinha, portanto, que Emmanuel Macron viesse a público explicar a todos nós cidadãos europeus o que quis dizer com isto de “refundar a Europa”. É que a Alemanha já tentou pela força das armas “refundar” a Europa entre 1914-17 e 1939-45 (neste período com a ligeira conivência da França). Não me parece que haja assim grande apetência de todos os povos europeus para que o eixo franco-germânico tente de novo “refundar” a Europa recorrendo - desta vez - à força da economia e da finança. Os resultados de tais tentativas de “refundação” redundaram, em grande parte, numa coisa chamada “Brexit” e na escalada (preocupante e calamitosa) das denominadas forças extremistas que – mais uma vez - ameaçam a paz do Velho Continente.
Artigo publicado no site Repórter Sombra (20/11/2018)