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Tenho ouvido e lido opiniões, algumas de Economistas e Analistas Financeiros conceituados, onde são tecidas fortes críticas à solução encontrada pelo BdP/Estado Português para o caso BES. Entre estas críticas está a habitual desconfiança dos Credores Internacionais.
Meus amigos, quem anda à chuva molha-se. Quero com isto dizer que quem se arrisca no Mundo da Bolsa submete-se às regras do jogo por muito dinheiro que tal lhe possa custar.
Sempre ouvi dizer que o Mundo da Bolsa é um Casino onde tanto se ganha como se perde, cabendo sempre ao Jogador determinar a sua capacidade de risco para evitar constrangimentos e choraminguices próprias de quem deu um passo maior que as suas pernas.
Para além disso, toda a gente sabia, Accionistas inclusive, que o Banco Espírito Santo mais cedo ou mais tarde iria entrar em ruptura. O comportamento de risco que o dito Banco adoptou desde os tempos em que Guterres era Primeiro-ministro de Portugal mais cedo ou mais tarde ia dar no que deu. Por isto quem investiu em acções do “falecido” BES que não se queixe e assuma os riscos que correu em vez de vir para a Comunicação Social dar uma de pobre virgem.
Evidentemente que a solução encontrada para o problema não foi a melhor, mas sim a possível pois é de longe preferível evitar uma corrida aos depósitos do que actuar de forma que os Investidores não tivessem perdido em algum do seu Capital de Risco.
A meu ver os Accionistas só têm duas coisas a fazer: Responsabilizar os Gestores do Banco e responsabilizar também as Agências que não os informaram devidamente sobre o mais que provável “estouro” do dito Banco.
Uma nota final para chamar à colação um facto curioso. Sempre que algo de mau acontece na Alta Finança Portuguesa o nome de Angola aparece sempre metido ao barulho. Estranha coincidência, e admira-me o silêncio de Portugal sobre este facto.