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É aqui que entram alguns dos mais ferozes batalhões de voluntários ucranianos, que lutam ao lado do Exército oficial de Kiev – batalhões como o de Azov, que tem na sua bandeira um símbolo usado por divisões das SS nazis e que se prepara para liderar a defesa da importante cidade portuária de Mariupol na ofensiva que os separatistas deverão lançar nos próximos dias.
Tal como dezenas de outros destes grupos de voluntários, o Batalhão de Azov serve para colmatar as lacunas do Exército da Ucrânia – muitos deles estiveram na Praça da Independência em Kiev, durante os protestos contra o antigo Presidente ucraniano Viktor Ianukovich e foram depois lutar contra os separatistas pró-russos para manterem a unidade do território da Ucrânia.
O Batalhão de Azov é conhecido por ser um dos mais ferozes. O seu fundador e comandante é Andri Biletski, também líder da formação ultranacionalista Assembleia Nacional Social. A sua ideologia ficou patente num comentário citado pelo jornal britânico: "A missão histórica da nossa nação neste momento crucial é liderar as raças brancas do mundo numa cruzada final pela sua sobrevivência. Uma cruzada contra os sub-humanos liderados por semitas."
Num texto publicado no site da Assembleia Nacional Social (liderada pelo comandante do Batalhão de Azov), e citado pela AFP, fala-se em "erradicar perigosos vírus", numa referência que se pode ajustar a muitos dos líderes ocidentais que apoiam actualmente o Governo de Kiev: "Infelizmente, entre o povo ucraniano de hoje há muitos 'russos' (pela sua mentalidade, não pelo seu sangue), 'judeus', 'americanos', 'europeus' (da União Europeia liberal-democrata), 'árabes', 'chineses' e por aí em diante, mas não há muitos especificamente ucranianos."
A foto que vemos em cima, assim como os excertos, podem ser consultados aqui.
E não, não estão descontextualizados até porque eu não gosto de utilizar esta fraca artimanha (própria de políticos à moda de Durão Brosso e seus acólitos). Estão é quando muito selecionados porque é certo e sabido que a Imprensa alinha pelo Poder, e o Poder na União Europeia (Alemanha & friends) quer à força alargar a sua influência a Leste ou não estivesse o Mar Negro ali tão perto juntamente com a “autoestrada” para o petróleo e gás.
Reparemos bem no tipo de gente que o Ocidente pretende defender a todo o custo. Para esta malta, nós Europeus somos “perigosos vírus".
E ao contrário daquilo que é escrito pelo Jornalista da peça em questão, os elementos do tal de “Azov” fazem parte do círculo do Poder em Kiev ou não tivesse o Svoboda Ministros no actual elenco governativo Ucraniano. E vamos a ver se por lá não continuam à força depois das eleições.
Para mais se tanto o Presidente da Ucrânia como o Primeiro-ministro aceitam com naturalidade que entre as suas tropas combatam bestas (não merecem outra designação) que tem por missão histórica liderar as raças brancas do Mundo numa cruzada final pela sua sobrevivência, é porque são farinha do mesmo saco podre.