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Antes de mais deixo aqui um pequeno, mas muito importante, ponto prévio: não sou Unionista nem Separatista. Sou da opinião de que qualquer problema, seja ele qual for, deve ser analisado no seu todo e não somente na parte que dá mais jeito como faz muito boa gente cá pelo burgo Lusitano. Posto isto, entremos então na questão de facto.

 

Na Região Administrativa Espanhola de nome Catalunha realizou-se uma sondagem que questionou os locais se querem ou não que a sua Região se torne Independente. Segundo notícias e dados fornecidos por quem levou a cabo a dita sondagem, o sim terá vencido com uma larga margem.

 

Ora, sem querer entrar na questão jurídica da coisa porque a ilegalidade do caso é por demais evidente, deixo aqui a pergunta: Por acaso os Separatistas Portugueses que simpatizam com a Independência da Catalunha e que “soltaram foguetes” de contentamento com a dita sondagem sabem o que é a Catalunha?

 

A meu ver não! Estes acham que a Catalunha é somente a Região Administrativa Espanhola que tem este nome e nada mais. Desconhecem qual a verdadeira bandeira da Catalunha e confundem-na facilmente com a Estelada (diga-se desde já que existem muitas variantes da Estelada, o que aumenta ainda mais a confusão).

 

A Catalunha no verdadeiro sentido do termo, segundo a sua história, não começa e acaba na Região Espanhola que tem este nome. A Catalunha é composta por território das Regiões Espanholas da Catalunha, Valência, Aragão, Ilhas Baleares, Regiões Administrativas da França, Itália e o Micro Estado Andorra.

 

Agora pergunto: As populações da Regiões/Micro Estado que citei atrás foram escrutinadas nesta tal de sondagem para se poder falar em Catalunha Independente? Não, obviamente que não!

 

Então porquê carga de água os Independentistas, e quem simpatiza com a sua causa em Portugal, berram a plenos pulmões por vitória na sondagem de 9 de Novembro de 2014? Como se pode falar de independência da Catalunha se apenas uma parte do seu vasto território foi ouvido sobre este tema?

 

Isto tudo tem um nome: Politiquice. Basta ver as reacções que os Partidos e Instituições Politicas tiveram na Região Administrativa Espanhola Catalunha para que facilmente se perceba que o que está em cima da mesa não é a Independência mas sim uma corrida desenfreada áquilo que popularmente se designa por “tacho”.

 

Quanto aos que cá por Portugal defendem tal coisa, estes só podem padecer de um grave e sério problema: desonestidade intelectual.

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publicado às 12:18


4 comentários

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De Anónimo a 10.11.2014 às 13:46

ste é um daqueles graves problemas sociais que insistem em agitar-se diante dos olhos de uma Espanha obstinada, cega de fúria, incapaz de ver que, mesmo agitado com força, não vai desaparecer.
Com a guerra político-judiciária que abala o país vizinho neste momento, já não se trata mais de defendermos se a Catalunha deve ou pode ser um estado independente, mas sim se os cidadãos catalães podem ou não dizer o que querem para o seu futuro.
Depois da posição exemplar da Grã-Bretanha, que permitiu o referendo e - mais importante - promoveu um debate popular alargado sobre a posição da Escócia no Reino Unido, fica muito mal para outra das auto denominada novas democracias da Europa escudar-se numa constituição com vestígios fascistas para impedir a simples (e soberana) manifestação da vontade popular. Faz-nos pensar que o medo da resposta do povo é maior do que a responsabilidade de ouvir e ter em conta a opinião expressa pela população. É uma vergonha, que se alastra e cobre-nos a todos os que pactuamos com ela, com o nosso silêncio, com a passividade do nosso assentimento calado.
Um problema como o catalão não se pode resolver fingindo que não existe. Isso já o tentou o Franquismo, sem resultados, através da repressão, da tortura, da morte. A solução está justamente na discussão, no debate, na frontalidade. Isso, sim, fazia da Espanha um país moderno, grande e uno, em vez de uma monarquia com aspecto medieval, absolutista, absurda e extemporânea...  
Visca Catalunya lliure. Livre para para pensar, dizer e escolher!
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De Pedro Silva a 10.11.2014 às 15:28

Anónimo pergunto se porventura percebeu alguma coisa daquilo que aqui escrevi sobre a questão da Catalunha. É que não me parece. 


Critica a Espanha (não digo que com ou sem razão), mas deixa de fora a França, Itália e Andorra. Porquê?


Depois como se pode falar de uma Catalunha independente quando só é pública tal vontade da parte dos Catalães de Espanha? E mesmo daí só os da Catalunha reclamam tal direito. Que tem os Catalães da Catalunha Espanhola a mais que os outros Catalães para poderem denominar-se como a voz da Catalunha quando são somente uma fracção de um "Estado" fragmentado por 4 Estados?
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De Eu a 08.12.2015 às 11:53

Que visão simplista da coisa em, eles são um povo, eles tem sua lingua que difere a do espanhol, eles querem se unir e ter seu país, onde sua língua seja a principal, onde sua cultura seja melhor valorizada, seu texto se baseia em onde é onde e o que foi o que, ignorando totalmente um povo. Por acaso já ouviu falar dos curdos? Um povo inteiro que vive dentro da Turquia, ira, Iraque e a Síria? É parecido, é como se você dissesse que historicamente eles tinha uma cidadezinha aqui e outra ali, mas seria "confusão" se separarem porque não podem se basear nisso.
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De Pedro Silva a 08.12.2015 às 23:01

Caríssimo quer-me parecer que não sabe muito bem o que diz...

Então vejamos os Curdos estão confinados somente à Turquia? Ou será que se encontram também na Síria e Iraque? E vai querer comparar a situação da Região Administrativa Espanhola de nome Catalunha à dos Curdos que viram o seu território "retalhado" por Ingleses e Franceses em meados do Século XX?

E já agora mais uma coisinha, Artur Mas, defensor incondicional da Independência da Catalunha nas últimas eleições regionais espanholas não obteve a maioria de que necessitava para que o Parlamento Regional da Catalunha aprovasse a sua Declaração Unilateral de Independia. Teve de fazer coligações com outros Partidos independentistas. Sinal de que na Catalunha há quem se sinta Espanhol e só depois Catalão.

O resto, com o devido respeito, é puro romantismo próprio de quem tem tudo e mais alguma coisa.

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