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Depois de Arouca era expectável que Lopetegui tivesse aprendido a lição. E, olhando para o onze que defrontou o CD Nacional, o Basco parece ter aprendido alguma coisa. Digo alguma coisa porque, não obstante a vitória Portista, ainda há muito para melhorar neste Futebol Clube do Porto e já vamos em Novembro.
Lopetegui fez poucas mudanças na equipa. Mexeu na Defesa e no Meio Campo, mas mexeu pouco tendo Marcano cedido o seu lugar a Maicon e Herrera a Óliver Torres. Nada de mais e, por um lado, até se percebeu bem a ideia do Técnico que queria um Porto ofensivo e criativo para defrontar um Nacional que por norma joga à defesa quando tem de medir forças com um dos ditos “Grandes” do nosso futebol. E a fórmula resultou dado que cedo o Clube Azul e Branco marcou o seu golo e tudo parecia indiciar que o Estádio do Dragão ia ter uma noite tranquila.
Só que não há bela sem senão. O senão volta a ser o problema do costume: tiki taka.
Muitos dirão, com toda certeza, que estou a ser chato, mas a realidade já demonstrou por mais quem uma vez que o FC Porto não ganha absolutamente em querer sair a jogar em posse seja em que circunstância for. Tal enerva os Jogadores que depois cometem erros crassos que podem custar caro à equipa. Nesta partida ante o Nacional quase que sucedia o mesmo com Maicon, e só não se transformou no golo do empate porque Fabiano fez uma enorme defesa.
Depois há que dizer que Julen demora muito tempo a ler e perceber o jogo. É verdade que um bom Treinador segue a sua programação à risca, mas o futebol está longe de ser uma ciência exacta e a qualquer momento qualquer planeamento pode cair por terra com estrondo se nada se fizer. Ora, após o disparate de Maicon outros se seguiram com outros protagonistas, a equipa Portista enervou-se e perdeu o controlo do jogo, só o recuperando quando o Treinador fez entrar o Mexicano Herrera para o lugar de Quintero. Herrera trouxe tranquilidade e equilíbrio a um Meio Campo que a certa altura já estava a jogar para trás e para os lados. Daí ao segundo golo foi um saltinho de pardal. Tivesse tal acontecido ante uma equipa mais forte e estariamos agora a dissecar um mau resultado do FC Porto.
O último aspecto negativo que queria aqui trazer prende-se com Casemiro. Ao contrário de muito boa gente eu vejo muitas qualidades no Brasileiro. Mas não as vejo quando este joga na posição de Trinco (6), posição que o Espanhol insiste em colocar o moço a jogar. Casemiro não tem capacidades para poder antecipar o jogo do adversário, tal como fazia Fernando por exemplo, daí que muitas vezes seja obrigado a recorrer à falta para recuperar uma bola. Casemiro não sabe lidar com a pressão, pelo que nunca poderá ser ele o responsável pelo transporte da bola entre a Defesa e o Meio Campo dado que Lopetegui não gosta dos passes longos. O Internacional Canarinho é mais um 8 que um 6, um meio-termo entre o médio mais defensivo e o médio construtor. O ideal será colocar Rúben Neves na posição 6 e Casemiro na 8, tal como sucedeu no passado com muitos bons resultados.
E mais havia para se dizer. Contudo isto já vai longo. Os problemas ainda são mais que muitos e já estamos a entrar na fase crítica do Campeonato. Naturalmente que é muito mais fácil lidar com os problemas com vitórias, mas se isto não começar a tomar um rumo decente vai ser complicado.
A ver vamos se estes problemas, e outros, não surgem em Bilbau ante um adversário bem mais forte que Nacional.