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imagem retirada de zerozero
O futebol está longe de ser um jogo onde impera a lógica. Por muito que a equipa treine, mostre vontade/raça/capacidade de luta e o seu treinador acerte nas substituições, poderá sempre aparecer um lance de puro e manifesto azar que deita tudo por terra.
O primeiro parágrafo descreve, na perfeição, o jogo de hoje no Estádio do Dragão. O Futebol Clube do Porto impôs o seu futebol, os sues atletas jogaram o q.b. para vencer um Vitória FC interessado no “pontinho”, mas um azar do central Felipe deitou tudo a perder e o “assalto” à liderança da Liga NOS ficou irremediavelmente adiado para o embate da Luz.
Claro que se pode dizer que Alex Telles e Miguel Layún não estiveram muito felizes nos cruzamentos para a área dos sadinos. Podemos também dizer que Oliver Torres e Danilo Pereira não lidaram nada bem com a imensa “parede” que José Couceiro construiu no meio campo do seu Vitória. E também podemos criticar a “morronice” adversária sempre que estava na posse do esférico. Até o árbitro da partida merece ser criticado (já lá vamos). Mas a impressão com que fiquei após ter saído do Estádio foi a de que o FC Porto poderia estar a jogar até à meia-noite que não marcaria mais um golo a Bruno Varela.
Para o bem e para o mal o futebol também é capaz de nos brindar com este tipo de jogos. Cabe agora a Nuno Espírito Santo (NES), jogadores, estrutura e adeptos (especialmente estes) olharem em frente e interiorizarem que este empate até que nem é mau de todo. Isto porque está tudo em aberto no que à conquista do título diz respeito (o FC Porto depende somente de si para tal) e não havendo qualquer margem de manobra, não resta outra alternativa aos azuis e brancos senão ir a Lisboa com os níveis de concentração no máximo e disposto a “deixar a pele em campo” para trazer os três pontos para a Invicta.
Reforço a ideia de que o Futebol Clube do Porto só depende de si +ara se sagrar campeão esta época. E faço tal porque já sei que os tais “portistas das vitórias” – que hoje encheram o Estádio e só não fizeram os seus habituais disparates porque, porque - vão tecer o mais negro dos cenários e exigir a cabeça deste e daquele por causa do empate caseiro de hoje. Adiante e que tudo corra bem às nossas Selecções.
MVP (Most Valuable Player): Marcano. Primeiro que tudo já que dizer que está encontrado – finalmente – o capitão do Futebol Clube do Porto. Marcano impõe o respeito e a ordem na equipa e protesta com o árbitro quando acha que a equipa portista está a ser prejudicada. Hoje Marcano esteve simplesmente impecável a todos os níveis. Faltou somente aquela pontinha de sorte e uns cantos marcados como deve ser para poder ter marcado um golo nas várias incursões que fez à área dos setubalenses.
Chave do Jogo: Apareceu com o golo do Vitória Futebol Clube para resolver a contenda a favor dos sadinos. Após este golo o Futebol Clube do Porto partiu para cima do seu adversário, mas não conseguiu - em momento algum - criar um lance que fosse capaz de acabar com o empate. Por seu turno o Vitória saiu do Estádio com a sensação de dever cumprido.
Arbitragem: No Estádio tinha ficado com a manifesta ideia de que Manuel Oliveira procurou sempre ajudar o Vitória ao lhe perdoar muitas das suas patranhas que faziam com que o jogo pareasse por tudo e porá nada (quebrando, desta forma, o ritmo da partida). Após ter tomado conhecimento disto tenho de dizer que Manuel Oliveira fez uma péssima arbitragem com influência directa no resultado final e (quem sabe) no desfecho desta temporada. Nada de estranhar tendo em consideração como isto funciona sempre que o SL Benfica tem um deslize ou se sente “apertado”.
Positivo: Nuno Espírito Santo (NES) mais uma vez. NES porque “montou” bem a equipa e “mexeu” bem quando esta precisou da sua orientação. Gostei de ver a “substituição à Mourinho” da parte de NES quando este via o tempo a passar e o empate a persistir.
Negativo: “Equipa pequena”. Esta maldita mentalidade não deveria ter sido aplicada por Couceiro neste jogo. Especialmente se tivermos em linha de conta que o Vitória FC já alcançou o seu grande objectivo que era a manutenção.