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A foto que ilustra este meu artigo de opinião é da Sra, Juli Briskman, candidata às eleições de Novembro nos Estados Unidos da América.
Juli é famosa por há cerca de um ano ter mostrado o dedo do meio ao Presidente dos Estados Unidos da América e ter publicado a foto do dito acto na rede social facebook. Já no que concerne a ideias sobre o que pretende fazer pelo seu eleitorado caso seja eleita sabemos zero. Pelo menos foi esta a impressão com que fiquei após ter lido a entrevista que a aqui referida Sra. deu ao semanário Expresso.
Ora, segundo a própria, nos USA existem muitas mais pessoas com uma motivação política igual à sua. E por motivação política entenda-se aqui, desde já, ódio latente a Donald Trump e a tudo o que este diga ou faça. Tal é um factor deveras preocupante. Especialmente se tivermos em linha de conta que começa a ser cada vez mais “normal” termos “actores” e “actrizes” políticos e políticas cuja forma de estar é igual – quando não é pior – à da Sra. Juli Briskman. Dito de outra forma; hoje em dia começa a generalizar-se a perigosa ideia de que a participação na vida política (seja através do voto ou da governação) se centra, cada vez mais, na ideia de punição de determinado governante. Ou seja, as sociedades ocidentais democráticas estão a substituir a capacidade intelectual por uma demanda sem fim que se centra, exclusivamente, na luta vingativa entre massas. Isto é a “Escola Trump” porque foi esta a fórmula utilizada por Donald Trump para chegar ao Poder e, pelos vistos, para lá se manter por mais algum tempo.
A Escola Trump é algo que é aproveitado por personagens obscuras como Jair Bolsonaro que tem sido exímio na exploração do discurso de ódio que lhe permitiu quase ter vencido a eleição presidencial à primeira volta! E desenganem-se aqueles e aquelas que pensam que a Escola Trump só fez (e faz) estragos no Novo Mundo e arredores. Já começam a ser muitos (demais até!) os que no Velho Continente seguem esta filosofia política. Assim de cabeça recordo-me da forma como os actuais governantes conquistaram o Poder na Áustria, Hungria, Polónia, Itália e se preparam para o fazer na Roménia, Chipre e outros países onde a corrupção e o ajustamento financeiro forma (e ainda são) uma realidade.
CR7 vs Mayorga
O caso da suposta violação do futebolista internacional português Cristiano Ronaldo tem sido o tema de destaque da imprensa nos últimos tempos. Tal tem naturalmente, diga-se desde já, sido motivo de analise por parte de alguns comentadores da nossa Praça Pública. Comentadores que, pela sua riqueza intelectual e/ou estatuto social e profissional, tem um peso muito grande na determinação daquilo que é apelidado de Opinião Pública.
Não sou alheio ao assunto, contudo talvez por ser um dos muitos Agentes da Justiça, prefiro deixar que as coisas sigam o seu curso normal e, somente depois de quem de Direito tiver feito o sue trabalho de investigação e por conseguinte julgamento, é que irei retirar as minhas ilações e, caso se justifique, torna-las públicas.
Ora tudo isto para aqui dizer que me pareceu deplorável e de uma falta de senso terrível a recente posição pública de Miguel Sousa Tavares (e outros Comentadores da nossa Praça) sobre o dito caso.
Podemos e devemos ter uma opinião sobre o que nos rodeia. Podemos e devemos dar a saber a quem nos quiser ouvir e ler o que pensamos sobre os mais variados temas. Agora o que não podemos nem devemos é ser Polícia, Advogado e Juiz ao mesmo tempo sob pena de no futuro termos de “dar o braço a torcer” ou então de dar uma de “teimoso invertebrado” com o tremendo prejuízo que isto tem para a nossa imagem pública e privada.
Artigo publicado no site Repórter Sombra (09/10/2018)