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Festejemos Irmãos

por Pedro Silva, em 18.01.16

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1 –  A 14 de Janeiro de 2011, uma multidão protestava pelas ruas de Túnis, capital da Tunísia, contra o Regime do Presidente Zine El Abidine Ben Ali, o que levou à queda do primeiro líder de um País Árabe por força da pressão popular. Esse movimento seria o epicentro de um terremoto geopolítico que mudou o Mundo Árabe, a chamada Primavera Árabe.

 

No passado dia 14 alguma da nossa Imprensa fez referência ao facto aproveitando para colocar imagens de regozijo pelo sucedido há 6 anos atrás. Mas será que existem mesmo motivos para olharmos para a Primavera Árabe com orgulho e satisfação? Ora vejamos.

 

A Tunísia é hoje em dia uma Democracia. Existem vários Partidos em Tunes, há liberdade de voto e liberdade de expressão. O País continua a ser moderado no que à Religião diz respeito (tal como era durante o Regime de Zine El Abidine) e as Mulheres são respeitas e tem um estilo de vida “à ocidental”. Mas nem tudo são rosas.

 

A corrupção continua em níveis bastante elevados. A Economia Tinosona depende única, exclusivamente, do Turismo o que reduz, e muito, o leque de opções de uma População que tem de lutar todos os dias para poder trabalhar. A taxa de analfabetismo é elevada e, tirando Tunes, o País tem infra estruturas débeis e a assistência social é uma miragem. Para além disto o asno de 2015 mostrou-nos que não é seguro passar férias nas belíssimas praias Tunisinas dado que nunca se sabe quando um maluco de metralhadora em riste se lembra de praticar tiro ao alvo com os Turistas Ocidentais.

 

Temos, então, que os Tunisinos não têm assim tantas razões para festejar a Primavera que criaram. E o resto do Mundo Árabe também não (já lá vamos). O facto de a Comunicação Social Europeia - e não só - não “andarem em cima” do que sucede na Tunísia (como fizeram em 2011) não altera, em nada, a realidade das coisas.

 

2 – À pacífica revolução de Tunes seguiu-se a queda de Muammar al-Gaddafi na Líbia. Gaddafi tinha chegado ao Poder em 1969, sem derramar sangue, através de um Golpe de Estado e acabou deposto pela força das armas após a clara ingerência da NATO num assunto interno Líbio.

 

Após a morte de Muammar al-Gaddafi a Líbia entrou num “pequeno” ciclo de conflitos internos disputados pelas várias trinos que tentaram reclamar para si o controle dos Poços de Petróleo. Contudo estes já tinham caído nas mãos da “Comunidade Internacional” que os receberá como moeda de troca devido à cooperação da NATO no derrube do Regime de Gaddafi.

 

A corrupção continua a ser uma enorme realidade na Líbia, o Povo é, na sua grande maioria, analfabeto e assistência social é também uma enorme miragem do vasto de4serrto que rodeia o Pais. O mais caricato é que a gasolina escasseia num País que é, somente, um dos maiores produtores de petróleo do Mundo inteiro.

 

Mas a Primavera Árabe não se ficou pela “libertada” Líbia…

 

3 – Após o sucedido na Líbia foi a vez da dita cuja passar pelo Egipto onde Hosni Mubarak se perpetuava no Poder como os antigos Faraós. Aqui o cenário foi muito parecido com o Líbio. A única grande diferença foi que a Comunidade Internacional resolveu manter-se à margem de tudo o que ia sucedendo.

 

A Revolução Egipcia “levou tudo à sua frente”. Mataram-se inocentes nas ruas do Cairo, fez-se o possível e impossível para afastar os Jornalistas Internacionais da Capital Egípcia (inclusive os Revoltosos até violaram uma jornalista Norte-americana). Hosni Mubarak acabou por ser deposto e preso. A Democracia entrou em cena e a Irmandade Muçulmana de Mohamed Morsi (um grupo de Radicais Islâmicos) alcança o Poder pela via do voto livre.

 

Eleito Presidente de todo o Egipto Morsi teve como principal preocupação a abolição de toda e qualquer liberdade religiosa no Egipto, apontou armas ao eterno inimigo Israelita e preparou a sua eternização no Poder. Foi neste clima de tensão crescente que mais tarde as Forças Armadas Egipcias entraram em campo para colocar fim ao Regime de Mortsi e instalar algo de muito parecido com o que existiu durante décadas com Hosni Mubarak.

 

Não obstante o Egipto ser hoje uma espécie de Ditadura Militar disfarçada a tolerância voltou a marcar presença nas ruas do Cairo, a liberdade religiosa é, novamente, uma realidade e o Turismo (principal fonte de receita do País) vai de “vento em popa”.

 

4 –  A caminhada da Primavera Árabe culminou na Síria e Iémen. De fora ficaram Estados como o Irão e Turquia onde se faz de conta que existe uma Democracia, mas este “ficar de fora” não estranha a ninguém.

 

O que sucedeu na Síria e Iémen é por demais conhecido. Duas guerras e nascimento do Daesh que reclamou para si parte do Iraque e Síria. No Iémen a Arábia Saudita é “forçada” a entrar no conflito para evitar o avanço territorial do Daesh.

 

Em suma a Primavera Árabe, uma “invenção” do Ocidente, trouxe ao Mundo Guerras, Estados Fascistas, Violações constantes dos Direitos Humanos, Crise de Refugiados, Conflitos Religiosos, terrorismo e por aí adiante.

 

Temos, efectivamente, múltiplas razões para relembrar a dita Primavera com satisfação e um enorme sorriso. Festejemos irmãos. Festejemos por termos feito do Mundo um lugar pior do que quando em certos Países existiam Ditaduras que mantinham a serenidade e compreensão entre os Povos numa Região tão complexa como o Médio Oriente.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 22:03


Bater (definitivamente?) com as Portas

por Pedro Silva, em 04.01.16

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1 – Começo pelo facto político que marcou a última semana de 2015- Paulo Portas anunciou a sua retirada da liderança do CDS e terá, inclusive, dado a perceber que deixará o seu lugar de Deputado na Assembleia da República.

 

Portanto, em suma, Paulo Portas bateu com as portas. Mas será que bateu mesmo? É que já são inúmeras as vezes em que este bate a porta com força (por vezes até com um estrondo tal que o Governo cai) e depois volta a abrir a dita porta com uma velocidade e vontade impressionante. Com Portas nunca se sabe verdadeiramente se a porta está verdadeiramente fechada, mas como o Paulo não falou em linhas vermelhas é porque desta vez a sua milésima retirada da vida política nacional é mesmo irrevogável.

 

2 – Partindo então do pressuposto de que Paulo Portas estará, em meados de Abril de 2016, a passear num dos seus Jaguares pelas terras de Portugal de chapéu de palha na cabeça e camisa branca posso dizer, com alguma relutância, finalmente.

 

Sim. Finalmente o raio da Direitola chegou ao seu fim. Foram precisos quatro longos anos em que Portugal foi sendo destruído aos poucos por um conjunto de marretas neo liberais que passavam a ideia de que tudo podiam e nada deviam para que a nossa política voltasse a ser saudável e, sobretudo, mais moderada e racional.

 

3 - Na sua última comunicação ao País como Presidente da República Cavaco Silva disse estarmos a viver tempos de incerteza.

 

Mas que tempos de incerteza? Os que se vivem dentro da sua família política que se encontra completamente desmembrada? Ou será que cavaco Silva se estava a referir aos tempos de crise que se vão viver no PSD dado que António Costa e PS vão mesmo cumprir os quatros anos da sua legislatura?

 

Efectivamente só Cavaco Silva saberá o que quis dizer com tal frase, contudo repito o que já tinha dito anteriormente: Nunca a nossa Democracia esteve tão bem pois isto de se ter um Governo de apoio parlamentar obriga a que se promova a cultura do diálogo em detrimento do eu quero, posso e mando de que Cavaco Silva tanto gosta.

 

4 – Já que aqui falei no Presidente da República eis que aproveito a ocasião para observar um pouco o que tem sucedido na campanha eleitoral das próximas presidenciais.

 

E sobre a tal campanha apenas me apraz dizer o seguinte: Para quando Políticos que se preocupem somente em expor as suas propostas e predispostos a debater as suas ideias na Praça Pública?

 

É que os primeiros tempos da campanha eleitoral têm sido marcados por ataques ferozes entre candidatos. E se a coisa se ficasse pelo Sr./Sra. x ou y disse uma coisa durante um determinado período de tempo e agora diz outra que lhe seja mais conveniente eu ainda era como o outro, mas o que mais tenho visto, lido e ouvido são ataques à personalidade de determinado candidato.

 

Meus Senhores e minhas Senhoras mostrem que são verdadeiramente dignos de serem candidatos a ocupar o mais alto cargo da nossa 3.ª República! E sobretudo mostrem que tem perfeito conhecimento dos poderes de um Presidente da República Portuguesa. Já nos bastou um Cavaco Silva!

 

5 – Entretanto lá por fora está tudo na mesma como a lesma. Esta é a imagem que a nossa Comunicação Social tem passado. A imagem de uma Europa que está-se marimbando para a crise na Ucrânia que sofreu novos desenvolvimentos com os recentes embargos de produtos levados a cabo pela Rússia e Ucrânia num aguerria que no terreno não dá sinais de ter um fim á vista.

 

E quanto ao Médio Oriente vai ser engraçado ver que posição vão os Países da União Europeia tomar agora que Arábia Saudita e Irão extremaram posições devido ao último incidente internacional.

 

Já quanto à questão Síria apenas me apraz dizer o seguinte: Tanta festa com o recuo o Daesh em território Iraquiano… E na Síria como está a coisa? É que os malucos do Daesh têm no território Sírio a maior parte da sua logística.

 

Artigo publicado no Repórter Siombra

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publicado às 22:19


O Bom, o Mau e o Vilão de 2015

por Pedro Silva, em 28.12.15

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2015 está quase a chegar ao fim e manda a tradição que todos façamos uma pequena retrospectiva do que aconteceu durante o ano.

 

Sucede porém que eu não sou tradicionalista e não tenho por hábito seguir rotinas que se prolonguem no tempo. Isto porque acredito que os hábitos mudam com os tempos e como tal vou antes enumerar os três factos que, a meu ver, marcaram o ano de 2015. Depois caberá a cada um fazer a sua parte.

 

Vamos lá então a esta árdua tarefa recorrendo ao fantástico e “baratucho” filme de Sérgio Leone.

 

Há muito por onde escolher… Vejamos…

 

Poderia colocar como Bom o famoso acordo mundial sobre o Clima mas num Mundo onde o Capital é Rei e Senhor não creio que se vá cumprir à risca o dito Acordo de Paris mesmo que esteja em jogo o futuro das próximas gerações. Hipocrisia nunca é nada de bom. Está mais para Mau.

 

E que tal irmos ao Mundo do Futebol? Mas aí teremos de se escolher algo que seja do agrado de todos. Ora vejamos… Que tal a “limpeza” que se está a levar a cabo na FIFA? Espera. Isto não é nada de bom porque demonstra, mais uma vez, que onde há muito dinheiro há corrupção. E corrupção não é, nem nunca será, uma coisa boa. Para mais o assunto só veio á balia porque os Ingleses não vão organizar os dois próximos Mundiais de Futebol. Ora bolas mais um Mau. Mas já encontramos um dos Vilões de 2015.

 

Vamos então á Sociedade a ver se encontramos algo de bom. A crise dos refugiados e a humanidade dos Europeus parece-me ser algo que se enquadra dentro das coisas boas de 2015. Mas espera… Só agora me lembrei que os Europeus só sabem ser humanos quando os Media focam crianças mortas numa praia Grega e quando um conjunto de atrasados metais se lembra de andar aos tiros e a fazer-se explodir nas ruas de Paris. Para mais 2015 foi o ano em que a xenofobia voltou em força ao Velho Continente expondo a ignorância que existe, em largas proporções, em certas zonas da Europa (muito em especial no Norte e Centro) … Esqueçam a Sociedade então!

 

Ora bolas… Tenho de voltar novamente á Política!

 

Ora deixa cá ver algo que tenha sido bom para todos em 2015 … Na União Europeia o que mais tivemos foram coisa típicas de um Vilão dado que durante mais de meio ano vimos uma Europa partida em dois (Norte e Sul) numa espécie de Guerra Fria onde a Europa do Norte massacrou por completo a Europa do Sul. Por França a Extrema-Direita cresceu a olhos vitos, na Hungria e na Polónia temos dois Ditador. Perdão! Conservadores a liderar os respectivos Países. Já na Península Ibérica parece que a Democracia voltou a ser aquilo que realmente é, mas usto não agrada a muita gente e esta gente tudo vai fazer para que a democracia volte a ser a podridão que era no antigamente.

 

E se numa última tentativa eu tentar ver se encontro algo de bom no que tem sucedido na Síria e Iraque?

 

Notícias recentes deram conta de que os Estados Unidos da América já reconhecem que a solução da crise Síria passa pelo respeito da soberania Síria aceitando quem a governa. Para mais o Exército Iraquiano parece estar a ganhar terreno ao Daesh!

 

Mas vamos com calma… Soube agora que os Norte-americanos voltaram a embirrar com os Russos… porque os Caças Russos feriram de morte o líder de um dos ditos Rebeldes pró América… E eu a pensar que ia, finalmente, encontrar aqui o Bom de 2015!

 

Ora bolas, Parece que 2015 foi aquilo que se pode designar de Annus Horribilis. E eu nem me lembrei de falar aqui das falcatruas do Governo Passos/Portas que tiveram o seu ponto alto na implosão do BANIF!

 

Mas vá o que nos move é a esperança e eu tenho esperança de que o ano de 2016 seja um ano em que tudo vá mudar para melhor. Isto se Marcelo Rebelo de Sousa não vier a ser o nosso próximo Presidente da República… Ou melhor, se não tivermos Maria de Belém como Presidente da República… Não! Desculpem, Enganei-me. 2016 será muito melhor se Edgar Silva não for o nosso PR. Ou será que é  Marisa Matias a pior escolha de todas?

 

Sabem que mais? Que se lixe isto do bom e do mau de 2015. Façam mas é o favor de entrar em 2016 com um enorme sorriso e com muita vontade de lutar por um futuro melhor!

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 22:02


Está tudo doido

por Pedro Silva, em 23.11.15

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1 - É-me de todo impossível começar esta crónica sem falar aqui no sucedido em França, Nigéria e Mali. É-me impossível porque sou Humano e com o Humano que sou não me canso de dizer o mesmo que tenho dito até aqui: O Ocidente criou e fomentou a Guerra e agora sofremos todos com isto. A tal de “Primavera árabe”, que tão festejada foi na Europa e Estados-Unidos da América, começa agora a dar os seus frutos e nós, Europeus, começamos a dar conta disto mesmo porque os massacres deixaram de estar confinados ao Médio Oriente e África para avirem agora suceder em pleno coração da Europa. De certeza que por agora não haverá alguém no Mundo Ocidental que queira atribuir prémios aos grandiosos mentores da dita “Primavera”.

 

E digo tal coisa porque se a dita “Primavera” e certas intervenções internacionais unilaterais feitas à revelia das Nações Unidas – com total desrespeito pelo Direito Internacional - não tivessem derrubado e enfraquecido determinados Regimes de certeza que tanto a Al-Qaeda como o Estado Islâmico não teriam aproveitado uma Síria fracturada e um Iraque de rastos para fazerem ali aquilo que tentaram fazer, com relativo sucesso, no Afeganistão.

 

Para mais falamos de uma região do Globo (Médio Oriente) que foi “desenhada” consoante a vontade de Ingleses e Franceses, ou seja; falamos de um autêntico barril de pólvora cujo rastilho foi aceso pela dita cuja “Primavera”.

 

2 - Ora bem, perante tão complexo problema Sírio a resposta que certos sectores da Comunidade Internacional tem passado, exclusivamente, pelo bombardeamento de posições do Estado Islâmico. E tal iniciativa, para além de ridícula, manifesta um total desconhecimento da situação e da História. Alias não é preciso recuar muito no tempo para facilmente constarmos que isto de bombardear por si só não chega.

 

Veja-se o que sucedeu no Afeganistão onde a Al-Qaeda só acabou pro ser reduzida a uma pequena parcela do território Afegão após uma intervenção militar terreste. Basicamente o que os terroristas faziam era refugiar-se sempre que a aviação/marinha/artilharia Norte-americana disparava os seus mísseis e depois reconstruir, na maior das calmas, tudo aquilo que tinha sido destruído. A Guerra no Afeganistão só teve um fim porque as forças do Norte do Afeganistão (que estão agora no Poder) avançaram e conquistaram terreno aos Talibãs após os ditos ataques dos Estados Unidos da América.

 

Isto tudo dizer que a França, USA, Inglaterra e restantes membros da Coligação Internacional de 60 e poucos Países que estão a operar na Síria podem despejar o seu arsenal bélico todo que enquanto não houver uma intervenção armada terrestre o Estado Islâmico não acabara nunca mais e vamos continuar a ter mais atentados em França, Mali, Nigéria, etc.

 

E na Síria quais são as únicas forças com organização q.b. para se levar a cabo tal iniciativa? Bashar Al Assad e as forças Curdas. Só que, por manifesto interesse económico (petróleo e gás) a Coligação liderada pelos Norte-americanos não apoiará nunca Bashar Al Assad e também não irá dar apoio algum aos Curdos pios isto é o princípio do fim do Iraque enquanto País. Veja-se, a título de exemplo, a forma como o Mundo Ocidental reagiu quando os Russos tentaram acabar com a Guerra na Síria.

 

3 - É deveras preocupante que a Europa comece a procurar responder ao problema Sírio recorrendo á xenofobia fechando, desta forma, a porta de entrada a quem procura refúgio no Velho Continente.

Só para que conste apenas um (somente um!) dos autores dos recentes atentados de Paris era natural da Síria e tinha entrado na Europa como Refugiado. Todos os outros eram de nacionalidade Francesa, Belga e Portuguesa.

 

Como é que se pode agora exigir a extinção, e até mesmo a suspensão, do espaço Schengen? Como podem certos sectores da Sociedade Europeia achar que o perigo do terrorismo vem de gente que foge dos… terroristas?

 

Lá que se reforce a vigilância nas fronteiras Europeia e que só entre no espaço Europeu quem foge da Guerra, eu ainda sou como o outro e ate que aceito que se faça tal, mas agora virem-me dizer que os Refugiados são seres do mal que nos querem matar a todos só mesmo para os Norte-americanos…

 

5 - Acho de um masoquismo tal após os atentados de 13 de Novembro o Sr. Primeiro-ministro Francês, Manuel Valls ter sentido necessidade de tornar pública uma justificação para o aumento do défice Francês.

Não faz sentido nenhum vir para a Praça Pública dizer que não se vai cumprir as metas do défice que a Zona EURO impõe aos seus Estados-membros porque há necessidade de se reforçar os meios de segurança e de combate ao terrorismo.

 

Tal é pura e simplesmente ridículo e caricato mas elucidativo do perigoso caminho que a Zona EURO obriga a que os seus Estados-membros tenham de seguir.

 

Será que os atentados de Paris teriam sucedido se o Tratado Orçamental previsse metas do défice mais condizentes com a real capacidade do Estados-membros? A resposta é simples e está à vista de todos pois é certo e sabido que muitos dos terroristas que atacaram Paris deixaram de ser vigiados e acompanhados pelas Autoridades devido à falta de verbas (cortes na Despesa Pública).

 

6 - Entretanto cá por Portugal “está tudo na mesma como a lesma”. O mesmo é dizer que estamos sem Governo e, fazendo fé nas últimas declarações de Cavaco Silva, assim vamos continuar por mais algum tempo. E eu pergunto porquê? E respondo: Porque Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, deixou de lado os seus deveres Presidenciais e resolveu ser mais um militante do PSD.

 

A nossa Constituição ad República é muito clara. Quando o vencedor das eleições legislativas não consegue formar Governo o Presidente da República, após ter ouvido os Partidos com assento parlamentar, deverá convidar o segundo partido mais votado a formar Governo.

 

Ora neste momento o segundo partido mais votado nas últimas eleições (PS) já deu mais do que garantais de que consegue formar Governo e, inclusive, até apresentou Acordos que comprometem toda a Esquerda a apoia-lo durante os 4 anos da legislatura.

 

Então de que espera Cavaco Silva para indigitar António Costa como Primeiro-ministro de Portugal?

 

Porque andou, e anda, o Presidente da República a perder tempo com audições a setores da nossa Sociedade que não tem voto na matéria? Para ouvir aquilo que quer ouvir? Para se sentir legitimado caso pretenda manter o actual Governo Passos/Portas em gestão e o próximo Presidente da República que resolva o problema?

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 16:30


Lamentavelmente previsível

por Pedro Silva, em 13.11.15

França. Paris. Mais uma vez uma cidade em estado de sítio por causa do terrorismo.

 

Continuem a fazer de conta que o Estado Islâmico não é um produto do Ocidente e a apoiar os "Rebeldes" da Síria.

 

Continuem a "brincar" aos aviões e a criticar os Russos por terem tentado colocar um fim na Guerra Síria.

 

Continuem a agir como tem agido até aqui.

 

O problema é que "paga o pato" quem não tem nada a ver com isto.

 

E mais não digo... Apenas lamento por termos o Ocidente que temos...

 

Daqui a nada vamos ter os "mesmos de sempre" a culpar os Refugiados por tudo o que está suceder em Paris.

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publicado às 23:16


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