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Reza a história da Humanidade que esta reage sempre mal, muito mal mesmo, a toda e qualquer mudança. Ainda o Homem estava a passar pelo processo evolutivo que culminou – até mais ver - no Homo sapiens sapiens e este já reagia com violência á mudança própria da passagem do tempo. Em suma, qualquer tipo de evolução sofreu, e sofre, sempre muita resistência da parte do Ser Humano.
Ora vêm isto a respeito da chegada da UBER ao nosso País. Desde que a empresa de transporte de pessoas chegou a Portugal que temos assistido a vergonhosas manifestações violentas e a actos criminosos que vão desde a extorsão à violência física e psicológica por parte dos taxistas. A cereja no topo deste triste bolo são as últimas declarações do Sr. Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que são o corolário da incompreensão humana relativamente à evolução.
Confesso que compreendo a necessidade que o Governo tenha de saber agradar a “Gregos e Troianos” no actual “xadrez” político e que é fundamental captar o maior número possível de votos dado que não existem garantias totais de que António Costa se mantenha no poder durante os 4 anos da legislatura, mas existem limites para tudo. Para mais já vai sendo mais do que hora de o mercado de transporte de pessoas evolua.
Para além disto fica mal ao Sr. Ministro vir a público dizer que “É evidente. A UBER é ilegal”. E fica mal porque se passa a mensagem de que o que o Governo quer é cobrar à dita Empresa as taxas e taxinhas absurdas que aplica a quem tem um serviço de Táxis, porque ao Estado não lhe basta o pagamento obrigatório do Imposto Único Circulação (IUC), Seguro Automóvel e Imposto Sobre os Combustíveis.
Em vez de andarem a partir tudo, a bater em toda a gente e fazerem o impossível para que permaneça um certo corporativismo que roça o oportunismo e o ridículo os Taxistas bem que poderiam aproveitar a chegada da UBER para evoluir. È que eu, e outros como eu, já estamos um tudo ou nada fartos de ser aldrabados. Não é a primeira vez, nem será a última, que apanho um Táxi e o seu condutor anda devagar, devagarinho, para ter de parar em tudo quanto é semáforo para que o preço final do transporte seja do seu agrado… Isto quando me desloco a uma cidade que não conheço e o Taxista resolve ir pelo caminho mais longo para chegar ao destino que desejo. Situações que na UBER não acontecem dado que as viagens são pré-pagas.
Custa assim tanto evoluir?
Artigo publicado no Repórter Sombra
1- Surgiram novos desenvolvimentos no conflito Sírio. Moscovo passou das palavras aos actos e levou a cabo uma série de ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico/Rebeldes. E fê-lo com aviso prévio a Washington de apenas uma hora, dando assim a Rússia uma clara demonstração de força ao Ocidente. Para além disto, segundo o que tem vindo a público, estes ataques servirão para que as tropas de Bashar al-Assad recuperem terreno entretanto conquistado pelo Estado Islâmico.
Reparem que aqui não faço menções aos tais de “Rebeldes” pois estes são o Estado Islâmico só que muitas vezes são anunciados ao Mundo nesta versão mais soft para que a opinião pública Ocidental não perceba que o Estado islâmico assenta o seu crescimento, treino e poderio na força militar dos Estados Unidos da América, Turquia e Israel. Se ainda duvida de tal veja o que fizeram as tropas Curdas que receberam armamento da Alemanha e para que lado passaram a combater.
Como vai tudo isto acabar? É difícil de se dizer porque nesta Guerra há muito em jogo, mas quer-me parecer que este maior envolvimento da Rússia no conflito Sírio poderá ser o primeiro passo para o seu final com a restauração de um Regime com o qual a maioria do Povo Sírio se identifica. Isto a não ser que o Ocidente liderado pelos Estados Unidos se lembre de fortalecer os seus “amigos da onça” da região.
2-Bruxelas acha que em Portugal há ainda há margem de manobra para um aumento de impostos. Este mesmo aumento deverá incidir no consumo e nos impostos verdes pois, segundo a Comissão Europeia, as famílias já estão saturadas e como tal é impossível aumentar-se o valor dos impostos sobre o trabalho.
Sinceramente gostava mesmo muito de saber de onde retiraram tal ideia os burocratas de Bruxelas… Mas não fico nada admirado que tal tenha vindo de uma qualquer folha de excel made in Ministério das Finanças. E não é para menos pois com esta “trama” das facturas – descontos no IRS o Estado Português passou a dar uma de Big Brother e tem depois estas brilhantes iniciativas.
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Já aqui tinha falado sobre este grave problema de saúde que recentemente tem afectado, e de que maneira, o actual Governo de Portugal.
Ficaria muito melhor ao PSD e CDS admitirem de vez que são mais ceguetas do que um ceguinho. Ou melhor, que admitam de vez que o ditado popular de que não existe pior cego do que aquele que não quer ver se lhes aplica na perfeição.
A fórmula de austeridade apenas funciona na cabeça do Sr. Ministro das Finanças Alemão e no excel da Sra. Albuquerque e seus Secretários de Estado das Finanças.
Indo ao terreno verificamos que a austeridade bruta colocou a Grécia num estado tal em que quem estiver desempregado há 6 ou mais meses perde o direito ao Serviço Nacional de Saúde. E isto é somente um exemplo e uma das explicações pela qual a corrupção tomou conta dos Helénicos (José Rodrigues dos Santos esqueceu-se de contar esta parte quando esteve por lá de microfone na mão).
Cá pelo Burgo o desemprego alcançou números insultuosos para um País tão pequeno como o nosso. Falta pessoal na Função Pública, o Estado está a privatizar tudo o que se mexe até não restar nada mais para se vender, o Serviço Nacional de Saúde agoniza com os cortes e quem sofre com isto são os Pacientes que morrem nas Urgências e nós Portugueses cada vez ganhamos menos e pagamos cada vez mais impostos, taxas e taxinhas.
Em Espanha a austeridade foi mais suave, tendo-se ficado por uma intervenção na Banca, mas tal fez com que o crédito, sempre necessário ao investimento, tivesse sido extinto e isto reflectiu-se numa subida abrupta da taxa de desemprego. Se dantes um Espanhol podia deslocar-se de região em região em busca de emprego, hoje em dia nem dinheiro tem para poder ir ao supermercado comprar pão pois está desempregado há anos.
Aceitem a realidade tal como ela é. A austeridade cega é um falhanço clamoroso. Passos Coelho, Paulo Portas e restante equipa Governamental que desçam do pedestal dos 10.000€ mensais em que estão e coloquem-se no lugar de quem tem de trabalhar o triplo para ganhar 100€ quando calha e com este dinheiro ter de pagar para trabalhar, viver e ter saúde.
E não me venham agora dizer que Portugal concordou com o novo plano Grego. Basta ler a notícia que já aqui destaquei para se perceber que Maria Luís e o seu ordenado de luxo estiveram sempre contra o plano Grego. Só no final, depois de todos os Estados Membros do EUROGRUPO terem chegado a acordo com o Sr. Ministro das Finanças Grego, é que a Sra. Maria Luís deu uma de “Maria vai com as outras”.
“O que acontece depois é que, em Portugal, se agregam impostos enormes."
Esta frase é da autoria do Sr. Manuel Ferreira de Oliveira, Presidente da GALP (Petrolífera Portuguesa).
Tal declaração surge num vasto rol de críticas aos Impostos Verdes.
Não estou aqui a defender o indefensável (entenda-se Executivo de Passos/Portas). Nem quero, de forma alguma, olhar de forma leviana para a questão dos Impostos Verdes/Taxas. Contudo não posso deixar de ler estas declarações do Presidente da GALP sem colocar em cima da mesa todos os factos.
É inteiramente verdade quando Manuel Ferreira de Oliveira afirma que “a GALP energia tem poder de mercado igual a zero na definição dos preços dos combustíveis. São commodities de grande dimensão global e os preços são definidos hora a hora nos mercados internacionais, resultando da oferta e da procura”. Temos de ter sempre em consideração que a GALP não extrai Crude. Antes importa o dito para depois fazer os seus derivados nas Refinarias.
Mas convêm não esquecer que o preço do petróleo nos mercados internacionais caiu para mínimos históricos. As cotações do petróleo estão baixas há meses, devido ao excesso de produção face às perspectivas pouco animadoras da procura mundial. O preço do Brent já caiu desde Junho quase 25%.
Ora, sou da opinião de que se vamos a jogo, devemos ir com o baralho todo e não só com o que nos dá mais jeito. E é isto que retira toda a razão do desabafo do Sr. Presidente da GALP.
Isto porque se o preço do crude/petróleo se encontra em mínimos históricos, então a GALP irá com toda a certeza adquirir a matéria-prima a um preço muito reduzido. E mesmo assim a Petrolífera nacional irá manter as suas tarifas, para desta forma poder aumentar a sua margem de lucro como bem se compreende. Não será, portanto, disparate algum afirmar que a margem de lucro da GALP aumentou, e aumentará, em larga escala nos próximos tempos.
Ora posto isto, se os Impostos Verdes indignam assim tanto o Sr. Presidente da GALP, porquê razão a Petrolífera não é solidária com o comum dos Cidadãos e suporta a tal carga fiscal?
Obviamente que esta será uma pergunta sem resposta, ou não fosse a GALP uma Empresa que tem como principal fim o Lucro e não a Justiça Social.
É nisto que dá o Sr. Manuel Ferreira de Oliveira querer dar uma de Isabel Jonet.
Ontem e anteontem tem sido um fartote nos Telejornais com a história do IRS e das Famílias numerosas. Ao que parece daqui para a frente o IRS vai passar a ter em conta todo o agregado familiar. O número de filhos e, em alguns casos, dos próprios avós a cargo vai permitir reduzir o imposto a liquidar.
Tudo muito bonito não hajam dúvidas. Fica-se bem na fotografia com medidas destas e com uma Imprensa inteira a ajudar na propaganda ainda melhor se fica. É fácil, incrivel e terrivelmente fácil, desmontar este folclore todo, porque o problema das Famílias numerosas e da natalidade em Portugal não passa somente pela descida do Imposto a pagar em sede de Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS).
Ora vejamos as coisas como elas são; um casal antes de ter filhos tem de pensar em várias coisas fundamentais tais como: alimentação, roupa, electricidade, água, telefone, casa para poder albergar os filhos, acompanhamento médico (vacinas, medicação, farmácia e outras coisas tais), ensino (infantário, colégio, escola, propinas, material escolar e por aí adiante) e imprevistos que surgem na Vida de uma Criança. A tudo isto que aqui expus é sempre acrescido Impostos e Taxas cujos valores se mantêm em níveis elevadíssimos.
E quer esta gente da Imprensa e Governo fazer-nos crer que estão a fazer um grande favor a todos nós com esta medida? Como espera o Executivo de Passos/Portas combater a fraca natalidade Lusa com esta migalha que a Comunicação Social resolveu transformar em pão abundante? Tomam-nos a todos por lorpas? Só se for, porque de outra forma não existe justificação para tanta propaganda.