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imagem retirada de zerozero
Tenho para mim que mais importante do que jogar bem é vencer. E foi basicamente isto que o Futebol Clube do Porto fez hoje diante do Boavista Futebol Clube. Venceu, jogou q.b mas não convenceu porque o futebol que mostrou na segunda parte é elucidativo de como o Dragão está – ainda – longe de estar aprimorado.
Nuno Espíritos Santo (NES) tem tentado gerir (com relativo sucesso) um plantel que foi muito mal construído, daí a tremenda dificuldade que este Porto tem de “matar” o jogo. Mesmo quando os adversários são acessíveis como este Boavista. Espero, sinceramente, que em Janeiro tenhamos novidades em certos sectores (especialmente no ataque e defesa) caso o problema tenha sido minimizado.
Um dos grandes problemas do FC Porto de NES é a defesa. Posiciona-se mal e tem um guarda-redes conceituado que por vezes mais parece um guarda-redes dos Distritais. O golo dos Axadrezados é um bom exemplo. É verdade que o atleta Boavisteiro se encontrava em fora de jogo (só a equipa de arbitragem é que “não viu”), mas o posicionamento da defesa Portista é de bradar aos céus de tão má que foi. Para piorar o cenário é ver Iker Casillas a dar uma de “brinca na areia” numa segunda parte onde o FC Porto lhe deu para gerir esforço (por acaso a coisa não correu mal… Por acaso!).
O outro grande problema do FC Porto de NES é a estranha “necessidade” que este tem de gerir o esforço na segunda parte. Tal tarefa rapidamente se transforma num dos 7 trabalhos de Hércules quando se aposta numa espécie de 4x4x2 com o qual a equipa Portista não está – mesmo – nada habituada. Vá lá que do outro lado da barricada esteve uma equipa relativamente acessível… Mas o FC Porto que nem pense em fazer tal coisa em Leicester senão vai ser o fim do mundo!
Bem sei que as rotinas e entrosamentos se ganham durante a competição e que é mais fácil conseguir tal coisa ganhando os jogos mesmo sem jogar bem, mas com NES a mudar constantemente o onze inicial e com uma linha defensiva onde o disparate pode surgir a qualquer momento torna-se complicado aplicar com eficácia o 4x4x2 no FC Porto.
Apesar de tudo o mais importante é que os Azuis e Brancos venceram. Mas espero sinceramente – repito – que em Leicester a tal 2.ª parte de hoje não se repita. Contra as equipas inglesas não basta jogar q.b. na primeira parte.
Uma nota final. Marcar um Dérbi da cidade do Porto (que tem história no futebol português) para as 19H de uma Sexta-feira é uma tremenda falta de respeito para com os adeptos que se deslocam ao Estádio. Obrigar o adepto a ter de sair “à pressa” do seu local de trabalho para ver o Dérbi da cidade Invicta é um tremendo castigo. E tudo isto porque a SportTv entendeu que o Sporting CP x GD Estoril Praia deveria ser disputado às 21H deste mesmo dia… Como se o confronto entre Sporting e Estoril tivesse um interesse maior do que um duelo de eternos rivais. Depois queixam-se de que os estádios de futebol em Portugal estão vazios.
Chave do Jogo: Apareceu “tarde e a más horas” para resolver a contenda a favor dos Dragões. Isto porque no minuto 86´ o guardião dos Axadrezados, Kamran Agayev, fez um tremendo “frango”, introduzindo a bola na sua própria baliza. A partir daí toda a resistência e espírito de luta do Boavista FC “caiu por terra”.
Arbitragem: Razoável. Nuno Almeida esteve mal ao validar o golo do Boavista (em claro fora de jogo). Esteve bem na marcação de uma grande penalidade contra o Boavista por falta cometida por Henrique sobre Otávio. Tirando estes dois lances quase não se deu por Nuno Almeida e a sua equipa (o exigível a qualquer equipa de arbitragem).
Positivo: André Silva, Otávio & companhia. A melhorar e, se possível, com um André Silva sempre “matador”. Destaque também para Ádrian López que parece um “peixe na água” neste 4x4x2 de NES.
Negativo: Defesa. Equipa que quer ser campeã e competitiva na europa do futebol não pode continuar a cometer tantos erros de palmatória.
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Começo por dizer que acho ridículo isto de se marcar um jogo da nossa Liga NOS para as 11h45 de um sábado. E digo tal coisa pelas mais variadas razões. A primeira é a de que não estamos em Inglaterra onde a noite tem o hábito de marcar presença a partir das 15h, segundo cá por Portugal há quem trabalhe e precise das manhãs de sábado para descansar e terceiro tal esplendorosa iniciativa da Liga Portuguesa de Futebol Profissional poderá ser do agrado dos Asiáticos (tenho dúvidas) mas irá fazer com que os Estádios de futebol em Portugal fiquem - ainda mais - vazios. Em Espanha também tentaram este modelo mas acabaram por o abandonar porque por lá o adepto merece respeito e como tal a maioria dos jogos de La Liga disputam-se entre as 15H e as 18H do fim-de-semana (e não é por isto que o mercado Asiático deixou de acompanhar o futebol de Nuestros Hermanos). No fundo e no cabo isto é o reflexo do velho problema dos Tugas: importar o “lixo “ dos outros. Adiante.
Relativamente ao jogo (aquilo que realmente interessa neste momento) digo-vos que aquilo que se viu no Dragão não é como o algodão. O resultado final engana! E muito! È que os Dragões não fizeram um jogo que justificasse uma vitória “gorda” ante os Axadrezados. O que aconteceu foi somente a natural imposição da “lei do mais forte” até porque em termos de jogo jogado o Boavista foi, de longe, a melhor equipa em campo dado que o Futebol Clube do Porto cada vez mais parece uma equipa onde a única filosofia de jogo é bola para a frente que o jogo é do campeonato.
E preocupa-me a forma como este Futebol Clube do Porto joga. Confesso que não era um grande simpatizante de Julen Lopetegui mas com este a equipa Azul e Branca tinha uma linha de jogo (pecava por ser sempre a mesma fosse qual fosse o resultado) mas com José Peseiro não existe linha alguma. Não existe absolutamente nada. Os sectores não se coordenam entre si e o jogo actual dos Dragões é basicamente “cada um por si” e alguém que resolva. Apenas Sérgio Oliveira, Herrera (quando não é pressionado pelo adversário) e Rúben Neves é que ainda tentam fazer uma espécie de “colagem” entre os vários sectores da equipa. E nem sempre são bem-sucedidos nesta “missão impossível”.
Em suma; o Futebol Clube do Porto não está bem e chega muito mal à Final do Jamor. Se a forma como está a jogar vai ser suficiente para derrotar o SC Braga de Paulo Fonseca? Não creio que o seja, mas a verdade é que o Braga está neste momento num profundo decréscimo de forma. Vamos a ver… O que eu espero não ver na próxima época é José Peseiro sentado no banco do FC Porto pois quem em quase 6 meses de trabalho não consegue apresentar uma filosofia de jogo não serve, obviamente, para comandar o Futebol Clube do Porto.
Chave do Jogo: Apareceu ao 56´ do jogo. Foi nesta altura que os Portistas alcançaram o segundo golo que particamente sentenciou um bravo Boavista que vinha a dificultar, e muito, o trabalho dos Azuis e Brancos que mesmo em vantagem não estavam tranquilos.
Positivo: André Silva. Diz o Povo que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” e realmente é assim. André Silva tem trabalhado imenso e hoje marcou um excelente golo. Criou espaços, jogou e fez jogar. Uma aposta que deve continuar pois está visto que este “miúdo” vai longe.
Negativo: Jesus Corona. Mau. Péssimo. Não sei o que se passa com o mexicano mas desde a chegada de José Peseiro que o Atleta tem vindo a descer de rendimento. Um bom profissional deve dar sempre o seu melhor mas pelos vitos Corona não pensa assim. E é uma pena dado que talento e qualidade como futebolista é coisa que não lhe falta.
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Tendo assistido somente a uma parte da segunda parte do Boavista FC 0 x FC Porto 1 dos quartos-de-final da Taça de Portugal apenas me apraz dizer o seguinte: os Treinadores não fazem magia.
Ora o que aconteceu nesta partida que, felizmente, os Dragões venceram? Tivemos um Futebol Clube do Porto completamente diferente de uma parte para a outra. Se na primeira parte os Azuis e Brancos mostraram bom futebol e trouxeram a novidade do contra ataque já na segunda tivemos um FC Porto à moda de Julen Lopetegui que não conseguia acertar uma única saída para o ataque como deve ser.
Isto para dizer que a mudança de Treinador a meio da Temporada não resolve, no imediato, todos os problemas. Daí que eu diga que fique Rui Barros até ao fim da época ou venha um novo Treinador não se pode exigir absolutamente nada à equipa… Não fosse São Helton mesmo no fim da partida e teríamos a malta do costume a exigir a “cabeça de Rui Barros”.
Era escusado termos um FC Porto com um final como este que vimos no Bessa. É um facto que os Axadrezados jogaram de forma diferente do passado Domingo pois estes não tinham nada a perder, mas exigia-se mais cabeça fria a um Dragão que se deixou levar pelas provocações dos jogadores do Boavista e por uma equipa de arbitragem que não soube nunca – propositadamente ou não, impor a ordem numa partida. Diga-se, também, que Rui Barros não esteve muito bem nas substituições dado que demorou muito a perceber que tinha de colocar Rúben Neves em campo para que o FC Porto serenasse e voltasse a ter o controlo do jogo.
Em suma Julen Lopetegui não “mora” mais no Dragão mas a equipa portista tem ainda muito dos seus pecados capitais. A ver vamos se em Guimarães os ditos não aparecem outra vez,.
Chave do Jogo Inexistente. Esta foi uma partida onde Dragões e Panteras não conseguiram nunca dar “a machadada final” na partida. Daí muita gente ter dito que este jogo fez lembrar os “velhios” Dérbis da Invicta que eram sempre “muito rasgadinhos” e intensos.
Positivo: O fair play de Helton. O capitão dos Dragões continua a espalhar simpatia nos relvados e a merecer o respeito de todos. A forma como confortou o Atleta do Boavista que falhou a grande penalidade no final do jogo é revelador do quão grande é o Brasileiro.
Negativo: A péssima segunda parte do Futebol Clube do Porto. Uma equipa com o plantel de qualidade (mas algo limitado) do FC Porto não pode, nem deve, ter duas partes completamente distintas durante os 90 e poucos minutos de uma partida de futebol.
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E pronto. Julen Lopetegui saiu do comando técnico do Futebol Clube do Porto e a equipa Azul e Branca marca 5 golos sem resposta ao seu vizinho do Bessa.
Coincidência? Talvez. Mas prefiro olhar para as coisas com olhos de ver e dentro de alguma razoabilidade. Isto porque é verdade que a equipa Portista parece ter mostrado outro á vontade, mas este à vontade só surgiu após o segundo golo Portista marcado por Corona. Até lá o futebol apresentado pelos Dragões não era muito diferente daquele em que Lopetegui insistia.
Ora isto para dizer que não há ainda uma mudança do estilo “da água para o vinho” no que ao Clube Azul e Branco diz respeito, mas já deu para ver que o Futebol Clube do Porto tenta mostrar um outro tipo de futebol. Um futebol mais adaptado ao plantel que tem à sua disposição. Um futebol que coloca em campo outras soluções que não a da posse pela posse e jogo pelas laterais.
Mas, repito, ainda é cedo. Muito cedo para se dizer que o problema dos Dragões era o Treinador Julen Lopetegui. E, já agora, lanço o apelo para que não se exija absolutamente nada a Rui Barros ou a quem lhe venha a suceder no comando técnico da equipa Portista. Isto de mudar de Treinador a meio da época pode resultar como não.… Por norma não resultam.
Uma nota final para os Comentadores de futebol que desvalorizam esta vitória Portista. É um facto que o Boavista FC está muito, mesmo muito, fraquinho, mas que eu saiba o Campeonato Português é composto, essencialmente, por estas equipas e para se ser Campeão há que as derrotar. É que o FC Porto não tem nunca a sorte de ter uma Grande Penalidade duvidosa a seu favor quando se encontra a perder por duas bolas a zero para poder iniciar a “remontada”…
Chave do Jogo: O lance que resolveu, praticamente, a contenda a favor de um dos Clubes participantes apareceu ao minuto 62´, altura em que Jesús Corona marcou o segundo golo dos Azuis e Brancos. A partir daí os Portistas tomaram conta por completo do jogo tendo dominado por completo um Boavista FC que simplesmente desapareceu de campo.
Positivo: Rui Barros. O Treinador do FC Porto (antigo Adjunto de Lopetegui) não inventou e esteve bem na gestão do esforço dos seis Atletas.
Negativo: A "tremideira" que tomou conta da equipa Portista até ao segundo golo. Tal problema ante uma equipa mais forte poderá ter co0mplicado, e muito, a tarefa dos Portistas.
Por questões meramente profissionais apenas pude seguir com olhos de ver a segunda parte do Boavista FC 0 x FC Porto 2. A primeira parte desta partida segui via rádio mas estou seguro quando afirmo que Julen Lopetegui está a melhorar e a perceber como tem de estar no futebol português. Demorou mas finalmente o Basco está a melhorar no que à gestão do seu plantel diz respeito e apenas tem de melhorar na questão da posse. Vamos por partes.
Esta partida no Bessa tinha dois grandes obstáculos para os Dragões: Chuva e um Relvado sintético. Ora tal exigia um Porto combativo que tentasse fazer um jogo rápido para que a bola circulasse por todos os sectores como tanto gosta Julen. Mas não foi isto que aconteceu.
Durante quase 80 minutos tivemos um FC Porto lento, chato e previsível que perante uma equipa Boavisteira fechada na sua defesa não soube, em momento algum, imprimir um pouco de velocidade para que a posse da bola fosse algo mais do que o toca para trás e para os lados. Não sur+reendia ninguém o empate a zero ao intervalo.
E foi aqui que Lopetegui mostrou estar a fazer os possíveis para melhorar o seu desempenho enquanto Treinador do Clube Azul e Branco. Fazer entrar Tello e Brahimi na segunda parte foi uma excelente jogada que trouxe velocidade e criatividade ao jogo. A velocidade de Tello acabou por dar a vitória e os três pontos ao Futebol Clube do Porto.
Só lamento que Julen Lopetegui tenha necessitado de tanto tempo para saber como deve estar numa equipa como o Futebol Clube do Porto. Vamos a ver se ainda vai a tempo de conquistar o Título de Campeão desta Época, se bem que não me agrada nada isto de ter de esperar por desaires alheios…
Ainda sobre o jogo do Bessa queria deixar aqui duas notas finais:
- José Ángel está a demonstrar claras dificuldades em se adaptar ao Dragão. Por pouco o Espanhol não fazia um tremendo disparate defensivo que quase dava golo ao Boavista FC. E se os Axadrezados tivessem marcado golo era o valha-me Deus para dar a volta ao jogo. Confesso que esperava mais de Ángel, se bem que compreendo que a falta de jogos o impeça de ir melhorando;
- Casemiro tem mesmo de jogar de início? É que Rúben Neves é o Jogador perfeito para o estilo de jogo que Lopetegui tanto gosta. O moço sabe como pautar o jogo e tem uma capacidade de passe fabulosa. Não gosto de comparações mas Rúben faz-me lembrar o Xavi do tempo do FC Barcelona de Pep Guardiola. Merecia, e deveria, jogar mais vezes. O jogo do Futebol Clube do Porto agradece.
Venha o Sporting CP!