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E porque não um referendo?

por Pedro Silva, em 04.07.16

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Um amigo meu - por quem tenho uma enorme consideração - que trabalha há já uns anos no coração da União Europeia (Bruxelas) reagiu com optimismo e esperança ao anúncio do Brexit. Segundo a sua visão do problema a mais do que provável saída do Reino Unido da grande “família” Europeia vai provocar uma onda de choque que irá obrigar a que seja levado a cabo uma profunda transformação da União Europeia para que esta regresse à Europa Unida anterior à entrada em cena do famigerado Tratado de Lisboa e demais Tratados Europeus que se lhe seguiram.

 

Obviamente que discordei da sua posição. Posição que - para mim – é demasiado optimista e completamente desfasada da realidade. Já diz o povo que “burro velho não aprende línguas” e neste momento a Europa que outrora era de todos e agora é somente de alguns (até mais ver) está carregada de “burros velhos que não aprendem línguas”. E tal facto foi bem notório nas reacções dos órgãos Europeus ao Brexit. Rapidamente o Parlamento Europeu e demais órgãos se encheram de sentimentos de vingança chegando-se ao ponto de vermos Britânicos e Europeus a extravasarem - e muito - o limite do razoável na linguagem que utilizaram para debater um problema que não é um exclusivo dos Britânicos.

 

É ponto assente que a extrema-direita está a ganhar força no panorama político Europeu. O Brexit é disto um bom exemplo. Para mais esta facção política nacionalista, populista e xenófoba já lidera na Hungria, Polónia, Dinamarca e está prestes a alcançar o poder na Áustria e França.

 

Tudo isto com a conivência e apreço de uma Europa Unida que nos últimos anos tem imposto pela força da coacção moral (sanções) aos Estados membros mais débeis uma política de austeridade bruta e sem nexo que corrói por dentro as Democracias destes Estados porque impõe lógicas e ritos que conduzem a desempregos galopantes que, por sua vez, dão origem a fluxos migratórios para os Países quem ordenam as ditas sanções. E não esquecer – também - a crise migratória dos últimos anos provocada por conflitos armados sem fim na Síria e arredores, conflitos estes que tiveram (e tem) o alto patrocínio político militar da União Europeia e de alguns dos seus Estados-membros.

 

Ora face à realidade aqui exposta pergunto: E porque não realizar-se um referendo?

 

Porquê razão o povo Português não pode debater, trocar ideias e tomar uma posição face ao que está a acontecer na Europa?

 

Porque temos nós de aceitar de bom grado tudo o que venha de uma Europa completamente desgovernada e perdida em si mesma? Já não sofremos o bastante para agora podermos ter uma palavra a dizer na recuperação de um projecto europeu que se perdeu algures após a criação da zona euro/Tratado de Lisboa/Tratado Orçamental e afins?

 

Já tive as minhas divergências de opinião com o Bloco de Esquerda em muitas matérias e já as tornei públicas neste – e noutros – espaços, mas se há matéria onde o Bloco tem toda a razão é na insistência de se referendar a actual Europa e o estado em esta nos colocou para agora nos ameaçar com sanções.

 

Para terminar queria dedicar umas linhas ao Sr. Wolfgang Schäuble. Não me irei alongar muito porque esta triste personagem não merece muito mais do que uma simples chamada de atenção. É que este Sr. julga que cá por Portugal somos todos burros porque é muita coincidência que este tenha vindo para a Praça Pública lançar a confusão sobre um possível resgate a Portugal no dia em que o FMI nos deu a saber que o Deutsche Bank é o maior risco mundial para a estabilidade.

 

Texto publicado no Repórter Sombra

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publicado às 16:32


E o resto?

por Pedro Silva, em 20.06.16

Imagem Crónica RS.jpg 

Há uns tempos atrás Mariana Mortágua, Deputada do Bloco de Esquerda e Jornalista, publicou no Jornal de Notícias uma crónica de opinião em que falava da situação da Venezuela. Resumidamente a opinião da Bloquista assentava essencialmente no facto de hoje em dia a Venezuela ser uma Ditadura governada por lunáticos que se aproveitaram de um conjunto de factores para se eternizarem no poder. A Mariana diz tal reiterando que, embora sendo de Esquerda, não tem problema algum em dizer que repudia o que está a suceder naquele país da América Latina.

 

Mas a Mariana não se fica por aí. Na sua crónica esta lança uma pergunta. Pergunta que também eu faço. E o resto? E as outras populações estão reféns de poderes e interesses que jogam com mestria o jogo democrático para se manterem no poder?

 

A Mariana apontou – e muito bem – o seu dedo crítico a Angola, país que é dominado há já muitas décadas pela elite militar que enriqueceu à custa do povo. Contudo eu vou mais além. Prefiro estender a saudável e correctíssima visão da Mariana a outros pontos no Mundo (muito em espacial na Europa).

 

No Brasil tivemos recentemente um golpe levado a cabo por uma minoria de Direita ultra conservadora que está sob a alçada da Justiça em diversos processos de corrupção.

 

Na Turquia Erdoğan e a sua máquina governativa eternizam-se nos corredores do poder em Istambul. São conhecidas as posições destes relativamente aos Direitos Humanos. Liberdades, Direitos e Garantias são uma regalia de alguns na Turquia do século XXI e as Mulheres são meros “objectos”. A juntar a isto tudo temos a forma “nada violenta” como Erdoğan lidou, lida e lidará com a oposição Curda e o problemático Médio Oriente.

 

Em França Hollande está numa longa e penosa guerra aberta com todos os seus trabalhadores por causa de uma reforma laboral que visa retirar direitos a quem tem de trabalhar todos os dias para poder ter uma vida digna. Inclusive já se chegou ao ponto de se ver o Presidente Francês a ameaçar proibir o direito à manifestação.

 

Na Polónia movimentos de extrema-direita mostram a sua força em Varsóvia com a aceitação e profundo agrado da actual Primeira-ministra ultra conservadora e nacionalista. Emigrante na Polónia é hoje em dia um “verme” da Sociedade que deve ser expulso à paulada como sucedeu com um estudante Português há não muito tempo.

 

Na Hungria temos os “camisas negras” a crescer a olhos vistos. Inclusive já podemos ver tal aberração ao vivo e a cores nos estádios do EURO 2016. Dito de outra forma; o fascismo está em crescendo na Hungria muito por culpa da chegada ao poder de uma personagem que acha que tudo o que não seja Húngaro é uma aberração que deve ser tratada a pontapé.

 

No Reino Unido - onde o Brexit é um “papão” cada vez mais real - matou-se uma Deputada do Partido Trabalhista numa qualquer rua de Londres numa altura em que ambos os lados (a favor da manutenção na Europa e do Brexit) digladiam argumentos cada vez mais violentos e extremistas.

 

Nos Estados Unidos da América um louco sem cadastro comprou uma metralhadora numa loja de armas e resolveu descarregar os cartuchos da dita num bar Gay. Mais um caso entre muitos outros que não tem fim à vista porque o lobby das armas de fogo fala muito mais alto do que a segurança dos cidadãos.

 

Em suma, a lista de exemplos é vasta. Mas como facilmente se constata são muitas as populações estão reféns de poderes e interesses que jogam com mestria o jogo democrático para se manterem no poder.

 

Na Venezuela um maníaco (des)governa o país. Em Angola os mesmos de sempre ditam Leis e vontades através da força da corrupção. E o resto?

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 22:59


“Comer criancinhas ao pequeno-almoço”

por Pedro Silva, em 23.05.16

Imagem crónica RS.jpg 

Há indícios de que o glifosato do produto Roundup tenha efeitos nocivos sobre a saúde, como o aumento da incidência de certos tipos de cancro e alterações do feto por via placentária, gerando microcefalia . Além disso pode causar danos nos sistemas cardiovascular, gastrointestinal, renal, nervoso e respiratório. Também é uma substância bacteriogênica que impede a reprodução da flora intestinal. A substância também estimula o surgimento do autismo. Fonte: Wikipédia

 

Feita a apresentação do dito cujo químico produzido e comercializado pela Monsanto proponho agora ao leitor(a) que faça o seguinte exercício:

 

A Empresa A fornece água. Sucede porém que a dita empresa utiliza um determinado químico no processo de tratamento das águas que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma forte probabilidade de provocar uma série de complicações de saúde graves aos seres humanos que a bebam. Mas a Organização das Nações Unidas (ONU) fez também saber que a utilização do dito químico tem, na sua opinião, uma reduzida possibilidade de provocar doenças irreparáveis a quem beber a dita água.

 

Face ao exposto o leitora(a) beberá a dita água? Ou preferirá consumir a água da concorrência que, embora sendo mais cara, não é tratada pelo tal químico que divide os especialistas da OMS /ONU?

 

Na minha opinião acho que é preferível pagar-se mais caro por algo que não levante dúvidas sobre uma mera possibilidade. Sim, uma mera possibilidade. Não nos esqueçamos de que ambas as instituições internacionais concordam num ponto: a utilização do dito químico é prejudicial pata a saúde. O único ponto de discordância está na probabilidade maior ou menor de a sua utilização ser um risco fatal para a nossa saúde.

 

Ora o que se passa na polémica questão da utilização do pesticida glifosato é a mesma do exercício que expus ao leitor(a). E foi neste sentido que o Bloco de Esquerda (BE) apresentou na Assembleia da República um projecto de lei que proibia o uso do herbicida glifosato em espaços urbanos. Os Bloquistas defenderam esta sua intenção recorrendo à tese do princípio da precaução quando existem dúvidas acerca do risco para a saúde. Tese que, segundo o vimos anteriormente, faz um enorme sentido. O dito projecto de lei foi apresentado e votado na Assembleia da República na passada quarta-feira (18 de Maio) e foi chumbado com os votos contra de PCP (Partido Comunista Português), CDS-PP (Partido do Centro Democrático Social) e PSD (Partido Social Democrata).

 

A Direita votou contra alegando razões econômicas. No entender desta facção política o recurso a outro tipo de pesticida teria custos elevados paras as Autarquias e demais agricultores. O que não surpreende dado que para esta malta p erário público é para se gastar com o que não se deve e nunca com a saúde pública dos portugueses.

 

Já o PCP rejeitou veemente a proposta do BE porque - passo a citar - perante as dúvidas ainda existentes, têm de realizar-se mais estudos, de modo a obter mais informação científica para apoiar uma decisão política. Para além disto os Comunistas apresentaram também um projecto de resolução recomendando ao Governo medidas para controlar os filofármacos e sua aplicação sustentável, nomeadamente através da criação de uma comissão multidisciplinar para acompanhar esta área.

 

Tricando isto por miúdos para que todos entendamos a posição do PCP; como não fomos nós (PCP) quem teve a brilhante ideia de apresentar uma medida que serve os interesses de toda a população portuguesa eis que rejeitamos a proposta do BE e apresentamos a nossa que é “mais bonita e até tem um lacinho”.

 

Durante muitos anos o “povão” tinha a crença de que os Comunistas comiam criancinhas ao pequeno-almoço. Um disparate alimentado pelas forças da Direita num Mundo outrora bipartido em duas ideologias em confronto constante. Hoje a realidade é outra dado que os Comunistas não comem criancinhas ao pequeno-almoço. Comem antes o seu próprio eleitorado por razões meramente mesquinhas e sem sentido.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 20:07


Bloco, Bloco…

por Pedro Silva, em 18.04.16

Imagem Cróica RS.jpg 

O panorama partidário português sofreu as mais variadas alterações ao longo dos anos. Com o 25 de Abril houve uma “explosão” de Partidos de ideologia de Esquerda. Uns mais radicais e outros mais moderados, vários foram os Partidos de Esquerda que marcaram, positiva e negativamente, a nossa 3.ª República.

 

Chegados ao Século XXI os Partidos pós revolucionários despareceram. Ou melhor, fundiram-se num só Partido que, aos poucos, ganhou um enorme protagonismo no nosso panorama político “roubando” um pouco a predominância que o Partido Comunista Português tinha como “Partido de Protesto”. Mas o Bloco de Esquerda não se ficou por aí dado que hoje em dia este se apresenta, cada vez mais, como um “Partido de Governação” e a prova disto mesmo está no facto de ser um dos mais fortes pilares da governação Socialista de António Costa.

 

Temos, portanto, que ao Bloco de Esquerda de Catarina Martins e Mariana Mortágua - que tem contribuído, e muito, para uma “limpeza da porcaria” que grassa na nossa sociedade civil e política – se exige uma maior responsabilidade. Dito de outra forma; será intolerável ao Bloco voltar a colocar em cima da mesa dos debates temas como a criminalização do piropo (temática que ridicularizou o Partido e que fez com que este perdesse muita força política).

 

Até digo mais, depois de Mariana Mortágua ter tido a coragem de trazer a público os “podres” da nossa Banca e a promiscuidade que existe na Política e Alta Finança as responsabilidades do Bloco de Esquerda aumentaram em flecha. O Bloco tinha deixado de ser o Partido do “contra” para passar a ser aquele Partido que se afigurava como diferente dos outros. O problema é que as coisas não se passaram bem assim porque o Bloco trouxe para a nossa Sociedade mais uma das suas antigas “parolices”. Esta história do Cartão de Cidadão vs Cartão da Cidadania é caricata, senão mesmo ridícula em todos os termos e sentidos.

 

Sou o primeiro a defender a igualde em todos os sentidos entre os Direitos e Obrigações de Homens e Mulheres. Sou o primeiro a estar contra a descriminação das Mulheres seja ela qual for. Mas pergunto-me onde é que haverá discriminação na denominação de um Cartão que outrora era conhecido como Bilhete de Identidade? Ou melhor; qual é a situação mais grave eu que merecia uma maior atenção da parte da ala feminista do Bloco: a temática Cartão de Cidadão vs Cartão da Cidadania ou as pressões psicológicas que as entidades patronais por norma fazem sobre as Mulheres que engravidam/tencionam engravidar (teste de amamentação e outras coisas tais)?

 

Confesso que estaria do lado do Bloco se este optasse por ter a iniciativa de tornar o actual Cartão de Cidadão mais prático, seguro, e, sobretudo, mais condizente com os valores que temos de pagar pela sua renovação, mas pelos vistos o Bloco de Esquerda ainda não se libertou, em definitivo, daquela sua ala que só tem prazer em ser do contra (à boa moda do Partido Comunista Português),

 

Bloco, Bloco… Quando é que vais ser uma alternativa no verdadeiro sentido do termo?

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 22:14

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"O que está acontecer no Brasil é de uma importância histórica, deve ser observado e é de uma gravidade extrema, porque se é verdade que há um problema de corrupção no Brasil, não deixa de ser menos verdade que o que está em causa, o que está em curso, é um golpe de Estado do século XXI"

 

Não são muitas as vezes em que estou de acordo com a porta-voz do Bloco de Esquerda mas acho que as suas declarações sobre o actual estado de coisas no Brasil reflectem uma realidade. Uma triste e deveras preocupante realidade dado que hoje em dia as Democracias começam a ser, cada vez mais, colocadas em xeque mate por um perigosíssimo populismo crescente que a crise económica internacional e recente “guerra” petrolífera criaram.

 

Chamem-me de conservador - se assim o entenderem - mas para mim o ditado popular “cada macaco no seu galho” deve ser seguido à risca se não quisermos ter uma Sociedade onde os oportunistas de ocasião possam surgir. Dito de outra forma, para mim tudo o que seja do foro da Justiça não pode, não deve e nunca deverá ser dissecado, investigado e debatido na Comunicação Social.

 

Ora o que vamos vendo no Brasil é um bom exemplo daquilo que uma Sociedade democrática não pode nem deve nunca ser. O cúmulo dos cúmulos está no facto de a equipa de investigação liderada pelo Juiz Sérgio Moro ter feito chegar ao famoso canal de televisão Globo as recentes escutas telefónicas da Presidente Dilma Rousseff numa clara e manifesta tentativa de manipulação da opinião pública brasileira (e não só). Algo de parecido com tal só a manobra populista de Hitler e seus comandos aquando da fatídica noite de cristal.

 

Obviamente que não estou aqui a defender Dilma, Lula ou outro qualquer agente político ligado ao PT.

 

Assim como também não apoio qualquer outro político brasileiro de qualquer outro partido que esteja também sobre a alçada da Justiça por suspeitas de corrupção como sucede com o deputado Eduardo Cunha (PMDB do Rio de Janeiro) e o senador Antonio Anastasia (PSDB de Minas Gerais) que foram incluídos na Operação Lava Jato, que investiga o desvio de 10 bilhões de reais da Petrobras.

 

Contudo o que vamos assistindo no terreno (e não só) é que tanto o deputado Eduardo Cunha como o senador Antonio Anastasia são praticamente esquecidos pelo Juiz Sérgio Moro, TV Globo e manifestantes Anti Dilma na sua demanda contra a corrupção. E isto diz-nos muita coisa. Muita coisa sobre as reais intenções de todos estes agentes que nunca acharam muita piada ao facto de Lula, Dilma e o PT terem feito alguma coisa para que o fosso entre os pobres (negros) e os ricos (brancos) diminuísse drasticamente.

 

Vamos a ver como vai isto terminar mas não tenhamos a mais pequena dúvida de que "o que está acontecer no Brasil é um golpe de Estado do século XXI".

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 18:41


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