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O problema da política dos nossos tempos reside, essencialmente, no facto de determinadas personagens insistirem em servir-se da dita para serem notícia. E não o são pelos melhores motivos. Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas têm sido o exemplo recente e mais evidente de tal nosso pequeno país, mas lá por fora também há quem faça este triste papel. Mariano Rajoy é, somente, o exemplo mais recente do sujo aproveitamento da política para se fazer notar dos demais.
Confesso que não sou apoiante da causa catalã. E não o sou porque no meu entender a Catalunha enquanto país soberano não se cinge a uma determinada zona da cidade de Barcelona. E muito menos tal se resume a uma certa cidade da região administrativa espanhola que dá pelo nome de Catalunha. Mas daí até se aproveitar um cobarde e desprezível ataque terrorista levado a cabo gente que se está a marimbar para a Catalunha para um combate político vai uma enorme distância. E esta enorme distância tem um nome: sensatez.
Mas sensatez é algo que – claramente - Mariano Rajoy já demonstrou no passado não ter senão este não se teria recandidatado após ser do conhecimento público o envolvimento deste no caso de corrupção que recentemente abalou o seu partido. E todos sabemos a forma pouco ortodoxa como este conseguiu formar o seu actual Governo dado que não foi assim há muito tempo o famoso golpe palaciano no PSOE que permite a Rajoy governar. Agora o que este escusava era de ter descido tão baixo. Isto porque falamos de um triste acontecimento que feriu e matou pessoas das mais variadas nacionalidades. E a culpa (a ser possível determinar-se tal) é de toda a Espanha e não somente de uma sua região administrativa.
Não estou com tudo o que escrevi até agora a desculpabilizar, ou até mesmo a defender, a actuação do actual líder da região Administrativa da Catalunha no que a uma possível independência da dita diz respeito. Muito pelo contrário! Eu até que tenho sido um dos fortes críticos da sua actuação dado que me parece que Carlos Puigdemont padece do mesmo mal que o seu colega de protagonismo Mariano Rajoy. Isto porque, repito, o acto terrorista em Barcelona e a forma como este se desenrolou é culpa de todos e não somente deste ou daquele, mas é-me de todo impossível não criticar a forma vergonhosa como o actual Primeiro-ministro de Espanha se serve de uma tragédia para se auto promover.
Meus Srs. e minhas Sras. que fazem da política a sua profissão, vamos parar de manchar a política?
Artigo publicado no site Repórter Sombra (28/08/2017)
O prometido é devido! Eis que venho até aqui expor a minha opinião sobre o Argentina 0 x Portugal 1. E acho que o cartoon que vemos em cima que retirei do SAPO Desporto é bem elucidativo sobre o que penso do jogo.
Aquilo foi de uma pobreza medonha. Os nossos melhores Jogadores jogaram muito mal (muito mal é elogio) e em certos momentos eu pensei que se tinham invertido os papéis, pois quem estava a “distribuir pancadaria” pelo campo eram os Portugueses e não os Argentinos como é habitual.
Cristiano Ronaldo nem vê-lo. Apareceu num momento do jogo em que quase marcou golo, mas a maior parte do tempo em que esteve em campo não fez nada de jeito. Mas é normal porque o meio campo Luso basicamente não existiu e esteve sempre mais preocupado em “distribuir fruta” do que em construir jogadas.
Quanto à Argentina, actual Vice-campeã do Mundo, o sue grande mal é ter o Seleccionador que tem. Isto porque Martino quer aplicar à sua Argentina aquilo que aprendeu em Barcelona e depois dá no que dá. Tivesse Portugal jogado contra a Argentina de Alejandro Sabella e estaria aqui a dissecar uma pesada derrota da equipa das Quinas.
Mas lá está, o futebol é cruel e o que interessam são as vitórias. Portugal venceu, não jogou absolutamente nada mas ganhou muitos pontos na moral e quem anda neste mundo da bola sabe muito bem que isto da moral é de uma importância extrema.
Tenho acompanhado com algum interesse a questão do Referendo da Independência da Escócia. Não pelo que irá a acontecer na Grã-Bretanha, mas sim pela forma como certas personagens se aproveitam do tema para colocarem a sua colher no mel.
Falo, obviamente, da Catalunha. Muitas vezes comparo esta Região Espanhola com uma Menina Rica que tendo tudo e mais alguma coisa faz birra porque quer ter ainda mais qualquer coisa. Basta que apareça escrito numa qualquer Praça Pública “Independência” e lá surge a Menina Rica com o seus sinetes dourados a choramingar pela sua independência.
Daria razão à Catalunha e aos Catalães nesta saga da sua independência se porventura estivéssemos a falar de uma Região com dificuldades financeiras sem estruturas e centros económicos, mas a Catalunha é, e sempre foi, o motor financeiro e económico de Espanha. Em Barcelona, Capital da Catalunha, há de tudo e os Catalães são, sem sombra de dúvida, aqueles que tem o melhor estilo de vida e aos quais pouco ou nada lhes falta.
Daí a pergunta, porquê razão querem a Independência?
Actualmente a Catalunha tem tudo o que o Governo Central pode atribuir a uma Região. Já no tempo de Franco os Catalães foram os mais beneficiados pelo Regime, tendo inclusive cerrado fileiras juntamente com o Ditador na luta contra os Makis (Comunistas do País Basco que combatiam o Regime Franquista).
Mas se formos ouvir e ler os Independistas Catalães rapidamente verificamos que se acham cheios de razão e que são oprimidos pelo Governo Centralista de Espanha. Logos eles a quem, repito, não lhes falta nada e inclusive não tiveram na sua história conflitos sangrentos que só muito tempo depois culminaram numa união pacífica por força do destino como sucedeu com a Escócia.
Os Catalães deveriam era passar todos cá pelo burgo para saberem o que é um Governo verdadeiramente Centralista. Até lá só sabem é fazer figurinhas tristes de boa cheia com muita propaganda Clubística pelo meio.