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1 - Não obstante a questão dos refugiados não ser, agora, capa de jornais nem tema de abertura dos Telejornais esta mantem-se na ordem do dia dado que as guerras não abrandam no Médio Oriente. Por força da Alemanha, e não só, eis que a Europa conseguiu encontrar uma solução para a questão dos refugiados. Não irá haver uma distribuição equitativa destas pessoas por todos os Estados-membros como mandavam as pretensões Germânicas, mas estas serão distribuídos pelos Estados-membros em números acordados entre estes.
A medida em si parece razoável na teoria, mas na prática não o é. A ideia que se pretende passar é que não pode ser a Alemanha o único País a acolher milhares de pessoas todos os dias, mas os refugiados que forem encaminhados para Portugal (por exemplo) não vão ficar por cá por muito tempo pois mal sejam também eles cidadãos europeus irão fazer as malas e partir para a Alemanha porque o espaço Schengen lhes permite tal atitude. Ou seja, isto da distribuição de refugiados pelos Estados-membros da União Europeia não passa de mais uma demonstração de que a Alemanha da Sra. Merkel é quem realmente manda na Europa e que quando esta deseja tomar uma medida que agrade aos eleitores Germânicos Bruxelas não “mexe uma palhota” contra tal.
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Tal como qualquer outro Português assisti ao debate Passos/Costa. Não o segui via TV porque tinha outras coisas para ir fazendo e porque na Rádio os Jornalistas dão-nos conta de situações que as Televisões não conseguem, ou não podem, mostrar. E segui este debate não porque seja associado (perdão) militante do Partido Socialista (PS) ou de qualquer um dos Partidos da Coligação Partido Social Democrata (PSD)/Partido Popular (CDS – PP). Aliás já aqui o disse e repito: não tenho filiação partidária alguma. Como tal segui o dito debate na perspectiva de um eleitor indeciso
E no final do debate com que impressão fiquei? A de que estamos tramados. Se eu estava indeciso antes do dito ocorrer, então agora fiquei ainda mais porque nas duas horas em que o dito debate se desenrolou nenhum dos candidatos à governação do nosso País mostrou uma única ideia daquilo que pretende fazer caso venha a ser Primeiro-ministro. E os Jornalistas bem que tentarem que assim fosse, mas tanto Passos Coelho como António Costa mostraram estar mais interessados no ataque mútuo do que na dissecação das suas ideais de governação.
Foi para mim constrangedor ver tal coisa. Assim como também acho de uma “parolice extrema” termos analistas políticos das Televisões Rádios e Jornais virem para a Praça Pública dizer que Costa ganhou o debate. Como se os debates fossem uma espécie de combate de boxe onde os lutadores seguem as instruções do seu treinador…
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Graças ao Windows 10 dei de caras com este artigo do Jornal i que a nossa nada parcial Comunicação Social resolveu fazer de conta que não existe. Trago o dito até vós para verem o tipo de gente que “lidera” a Europa:
Nas negociações para o novo resgate à economia grega ficou claro que o governo alemão liderou a frente mais agressiva contra Atenas, impondo um maior nível de austeridade ao país. Wolfgang Schäuble liderou as negociações, tendo saído da sua pena muitas das medidas mais pesadas do novo resgate.
Mas será que esta insistência de Berlim para que a Grécia e demais resgatados apliquem tais reformas vem de a Alemanha as ter implementado com sucesso? Longe disso. “E se a troika viesse a Berlim?”, foi a questão a que a “Der Spiegel” decidiu responder, concluindo que, entre as exigências feitas a Atenas ou Lisboa, algumas das reformas mais emblemáticas não são postas em prática na Alemanha.
Liberalizar farmácias? Nein É uma medida muito contestada em Atenas. Os credores obrigaram o governo a aprovar legislação que acaba com a regulação da abertura de farmácias no país – permitindo a venda de medicamentos sem receita noutras lojas e a abertura de farmácias em espaços comerciais. E como está o sector farmacêutico na Alemanha? Segundo a “Der Spiegel”, há vários anos que o poder político não toca na regulação das farmácias por pressão dos farmacêuticos, pelo que Berlim não avançou com a desregulação que exige à Grécia.
Liberalizar profissões? Nein A lógica é a mesma. “A Alemanha defende o sistema medieval das profissões’ seria o título nos jornais europeus”, sentencia a “Der Spiegel” neste ponto, numa referência à espécie de corporações de ofícios que regulam a entrada em alguns mesteres alemães. Carpinteiros, canalizadores ou electricistas são alguns exemplos de profissões de acesso regulado no país, regulação que serve também para restringir a entrada de trabalhadores da UE nesses sectores.
Comércio ao domingo? Nein Outra imposição polémica a Atenas foi a obrigatoriedade de liberalizar os horários do comércio ao domingo – também já em vigor em Portugal. Na Alemanha, diz o “Der Spiegel”, idêntica medida desencadearia seguramente várias manifestações dado o forte lóbi existente (e bem sucedido) contra o avanço de medida semelhante no país. “Fora com os novos ocupantes”, diriam os cartazes nessas manifestações, imagina mesmo a revista.
Cortar apoios sociais? Nein A existência de 14 meses de licença de parto paga ou o valor das reformas dos pensionistas públicos em comparação com as dos privados são exemplos de medidas em vigor na Alemanha que seriam questionadas pela troika logo à chegada. O corte dos apoios sociais tem sido uma das medidas mais exigidas pela troika nos países resgatados.
Privatizações? Ja, mas... Na década de 1990, a Alemanha procedeu a várias privatizações. Contudo, e ao contrário da prática agora vigente, tratou-se de vendas parciais, tendo o Estado ainda hoje participações decisivas em várias gigantes alemãs. Veja-se o exemplo da Deutsche Telekom, em que 14% do capital é detido directamente pelo Estado e outros 17,4% pelo banco de desenvolvimento do Estado, o KfW, que detém ainda 21% da Deutsche Post – tanto numa como noutra empresa as participações do Estado são as mais elevadas.
Aproveitando a recente venda de 14 aeroportos gregos à alemã Fraport, a “Der Spiegel” recorda que a Alemanha “conta com dezenas de aeroportos regionais ruinosos”, que “deixariam o mundo escandalizado com o que foi feito ao dinheiro dos contribuintes”. A troika ordenaria o fecho destes aeroportos, diz a revista.
Pobres pagam mais Outro ponto a que a troika teria de dar atenção prende-se com as desigualdades do fardo fiscal entre ricos e pobres, diz a “Der Spiegel”. Com as contribuições para a Segurança Social limitadas a um valor máximo, as classes com os rendimentos mais baixos estão sobrecarregadas com impostos, para compensar. “O fardo que pesa sobre os mais pobres é mais elevado que em qualquer outro país industrializado”, refere a revista alemã. Dada a vontade expressa pelos credores noutros países, a “Der Spiegel” conclui que “a troika obrigaria a aumentar os impostos sobre a propriedade, cortando nos impostos sobre o trabalho”.
IVA: subam que eu baixo Uma das medidas que mais dividiram Alexis Tsipras e os credores ao longo das recentes negociações foi o IVA cobrado pelos hotéis e pelos restaurantes gregos, com a troika a insistir na subida da taxa para os 23%. Ora em 2010 o governo alemão baixou o IVA dos hotéis de 19% para 7%, de forma a “encorajar mais turistas a vir à Alemanha e para estes prolongarem a estada”, lê-se na página do turismo da Alemanha. Em 2013 chegou a discutir-se o aumento deste imposto, mas o governo acabaria por ignorar as recomendações da OCDE para nivelar o IVA para a média.
Agora que cada um retire as suas conclusões. Eu já retirei as minhas há já muito tempo e continuo a dizer que se isto não der uma volta radical a União Europeia vai acabar mal…
Presumo que o Leitor mais distraído ainda não tenha percebido que União Soviética é esta de que estou aqui a falar. Eu explico. Refiro-me à Zona Euro da União Europeia cujo Modus Operandi (MO) é uma cópia quase fiel ao da URSS. A única diferença é que a União Soviética do Século XXI, e da qual Portugal faz parte, não utiliza Tanques e Tropas para impor a sua vontade. Recorre antes a algo bem mais eficaz: o €.
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