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Estavam (mais uma vez) à espera de quê?

por Pedro Silva, em 27.06.18

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Nos últimos tempos tem sido imensas as mensagens de repúdio para com a política seguida pelos Estados Unidos e Itália no que à questão dos imigrantes ilegais/refugiados diz respeito. Nada que não mereça, do meu ponto de vista, todo e qualquer tipo de repúdio, contudo face a tal a única pergunta que se me apraz colocar é esta: Estavam à espera de quê?

 

E coloco tal questão pela simples e manifesta razão de que tanto o Executivo norte-americano como o Executivo italiano foram eleitos pelos respectivos eleitores dos já aqui por demais citados países. O processamento odioso que a Administração Trump tem utilizado na questão dos imigrantes ilegais fazia parte do programa eleitoral que foi a votos nos Estados Unidos da América. Donald venceu as eleições e agora está, tão-somente, a aplicar aquilo que prometeu ao seu Povo que iria fazer. O mesmo tipo de pensamento se aplica ao actual Governo de Itália. Vir para a Praça Pública dizer-se que nenhuma das figuras aqui citadas representam a maioria dos seus eleitores é, no mínimo, caricato pois tal argumento é na base de que as regras do jogo só não servem quando os resultados da governação não agradam.

 

A problemática da imigração ilegal e a da vaga de refugiados que tem aberto – ainda mais – as fendas da União Europeia devem, na ninha opinião, ser vistas de uma forma mais abrangente. Condicionar estes dois problemas (e as respectivas soluções desumanas) aos governantes é não querer ver a questão no seu todo. Até se me atrevo a dizer que tal postura não é mais do que uma mera questão eleitoral. Ao agir de tal forma a oposição aos respectivos Executivos colocam-se numa posição mais confortável no seu papel de oposição e a confrontação política fica mais fácil dado que a postura dos Estados Unidos da América e da Itália nestas questões é (evidentemente) deplorável.

 

Já aqui o disse e não me canso de repetir. A questão da imigração ilegal e dos refugiados tem como base as políticas expansionistas e de exploração irracional que os chamados países desenvolvidos levaram a cabo no passado. É que ninguém é imigrante ilegal porque quer. Tal como ninguém é refugiado porque lhe dá um certo prazer. Os conflitos “plantados” no continente africano, as intervenções militares unilaterais, a moldagem forçada de regimes “democráticos” à moda do ocidente e a imposição à força das ideias do FMI às economias menos desenvolvidas são algumas das vastas razões que explicam (mesmo que parcialmente) as imigrações ilegais e a vaga de refugiados.

 

Para encerrar este assunto aconselho quem me lê a assistir com atenção ao filme “Gangs de Nova Iorque” de Martin Scorsese. Tal vai ajudar a perceber as questões que estão aqui em cima da mesa e a razão pela qual é um absurdo andarmos a discutir a questão sem olharmos ao seu fundo.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (27/06/2018)

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publicado às 21:30


Missão cumprida

por Pedro Silva, em 24.06.15

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Primeiro que tudo diga-se que Portugal cumpriu a sua missão. O Apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro é uma realidade e é, também, mais uma tremenda bofetada de luva branca aos velhos do restelo que previram a desgraça nas Selecções de Esperanças Lusas.

 

Quanto ao jogo em si, quem o viu fica tentado a dar razão ao Italianos que dizem ter havido uma espécie de acordo entre Suecos e Portugueses dado que o empate qualificava ambas as equipas e colocava de fora a sempre candidata à vitória no EURO de Sub. 21 Itália (a Itália é o País com mais títulos nesta categoria).

 

É que tanto Portugal como a Suécia pareciam mesmo que estavam a jogar por favor. Mas não se deveu a uma qualquer co0mbinação entre ambas as Selecções. É que se alguém perdesse hoje de certeza que ficaria em muito mais lençóis e teria que tentar a sorte num play off de acesso aos Jogos Olímpicos. Ou seja; quem arriscasse um pouco mais corria o tremendo risco de sofrer golo e de ter de “fazer pela Vida”.

 

O jogo foi sempre equilibrado por opção até porque a Itália estava a fazer o seu papel e ia vencendo a Inglaterra por números expressivos.

 

O que desequilibrou a partida a favor dos Portugueses foi a entada de Iuri Medeiros (mais uma vez). O Açoriano formado no Sporting CP entrou em campo e rapidamente colocou a defesa Sueca em xeque tendo inclusive assistido Gonçalo Paciência que tinha entrado em campo pouco antes. E diga-se, desde já, que desta vez o filho de Domingos esteve bem no jogo, não tendo comprometido e até que aproveitou a ocasião para marcar um bonito golo, confirmando assim a minha tese de o Gonçalo é Jogador para ir entrando nos jogos com calma e não naqueles onde a necessidade de marcar golos “pesa sobre os ombros” dos avançados.

 

De resto não muito mais a dizer senão que se lamenta, e muito, a lesão de Tiago Ilori. Espero sinceramente que o Atleta consiga recuperar para a decisiva partida das meias-finais da prova que será ante a Alemanha (que ficou em segundo lugar do sue grupo, atrás da Dinamarca). Não que a dupla Paulo Oliveira/Tobias Figueiredo não ofereça a Rui Jorge a segurança defensiva que se exige a uma Selecção que está a disputar o título de Campeão, mas Tiago Ilori é de uma categoria á qual só Centrais como o Ricardo Carvalho podem pertencer e isto poderá fazer muito a diferença ante a Alemanha.

 

Venham os Germânicos dado que os Jogos já cá moram!

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publicado às 22:39


Que mania tão Portuguesa

por Pedro Silva, em 21.06.15

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Desta vez segui com a calma que se exige o jogo de Portugal Sub. 21 e rapidamente me veio à cabeça a mania tão Portuguesa da chico-espertice. Não estou com tal a dizer que Portugal deveria ter ganho o jogo ante uma Itália muito forte, mas era escusado ter-se posto a jeito em tantos lances…

 

E diga-se que a nossa Selecção teve tal postura por opção do sei Treinador. Rui Jorge sabia que a Suécia tinha perdido com a Inglaterra e como tal o empate bastaria para que Portugal dependa só dele para a passagem à fase seguinte e como tal toca a apostar no empate. Felizmente José Sá continua a brilhar (lá está, o Guardião barbudo só “franga” contra o SL Benfica) e os Italianos não tiveram sorte nenhuma na hora de rematar à baliza Lusa.

 

Para ser muito sincero não gosto deste tipo de postura. Por acaso a coisa até que correu bem mas se tivesse corrido mal lá estaríamos nós a lamentar a pouca sorte e a ir buscar o raio da calculadora. Espero que contra a Suécia tal não se volte a repetir até porque tenho interesse em que Portugal ganhe e que esta geração cresça um pouco mais porque o futuro do nosso futebol está a ser jogado na República Checa.

 

Ainda sobre o empate a zero ante os Transalpinos gostaria de dizer que Rui Jorge demorou tempo a mais a reagir ao jogo. Nem sei que falar agora é fácil, mas goram muitos os momentos em que se sentiu que a equipa de Todos Nós precisava de ser tranquilizada com um reforço do meio campo para poder fazer frente a um meio campo Italiano muito agressivo e rápido, mas Rui Jorge preferiu o “deixa andar a ver no que isto vai dar”. Postura perigosa que espero que não se repita mais neste EURO.

 

Para finalizar queria somente opinar sobre as substituições para aqui dizer que quem criticou Rui Jorge por este ter deixado Gonçalo Paciência no banco de suplentes ante a Inglaterra teve neste jogo ante a Itália a prova de como deve estar calado. Paciência é alto e forte, o que ajuda muito a defesa e coloca os defesas adversários em xeque na área, mas é um trapalhão ao estilo Hugo Almeida. Gonçalo Paciência é aquele tipo de Jogador que precisa de ir entrando nos jogos que já estejam resolvidos e não que pre4csiem de ser resolvidos. Outra coisa que também não percebo é porquê razão Carlos Mané joga e Yuri Medeiros fica no banco…

 

Venha a Suécia!

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publicado às 22:59


Hoje não dá...

por Pedro Silva, em 20.06.15

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Lamento mas hoje está calor a mais para poder escrever seja sobre o que for... Amanhã compenso com um texto de opinião sobre a nossa Selecção de sub. 21 

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publicado às 23:55


Eis o “vazio”

por Pedro Silva, em 18.06.15

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Quando a Selecção Portuguesa terminou a sua participação no último Mundial de Futebol que se realizou no Brasil foram muitas as vozes que vieram a terreiro lançar o pânico e o medo generalizado porque Portugal não tinha futuro. Para esta malta o Mundial do Brasil era o inicio de uma tremenda travessia no deserto pois depois ad Selecção de Cristiano Ronaldo haverá o vazio.

 

Ora hoje vi este tal de “vazio” a derrotar uma das Selecções jovens mais fortes da Europa no Europeu de sub. 21 que se realiza na República Checa. Portugal bateu o pé aos Ingleses, demorou um pouco a impor o seu jogo e acabou por vencer e está neste momento á porta da qualificação para as meias finais da prova bastando-lhe para tal que não perca com a Itália no próximo Domingo. Para mais após ter visto o quanto este “vazio” joga acredito numa vitória ante os Transalpinos que entrarão em campo contra Portugal desfalcados dado que Stefano Sturaro foi expulso.

 

E não me venham com falinhas mansas porque a Inglaterra tem apostado muito e bem nos sues escalões de formação. Quase todos os Jogadores desta Inglaterra sub. 21 jogam em equipas Inglesas que costumam “lutar por um lugar uefeiro”. Para mais o Campeonato Inglês é somente um dos mais competitivos e equilibrados do Mundo! No Mundial do Brasil a equipa A dos Britânicos ficou naquele que veio a ser conhecido como o Grupo da Morte, não passou à fase seguinte da prova mas ficou bem patente a grande capacidade e qualidade futebolística de uma Inglaterra em clara renovação que é cada vez mais tecnicista

 

Quanto ao jogo em si, confesso que me agrada bastante perceber que Rui Jorge tem muito por onde escolher. Hoje vimos o Seleccionador ir ao banco, fazer as substituições que pretendia sem beliscar um milímetro que fosse da qualidade do jogo Luso. Isto numa Prova que se realiza no final da época e com jogos de 3 em 3 dias é algo de excelente e que, bem aproveitado, poderá colocar Portugal nos Jogos Olímpicos e, quem sabe, na final de um Europeu da categoria. Que eu me lembre foram raras as vezes em que tivemos uma Selecção com esta qualidade.

 

Em termos individuais destaco Bernardo Silva (enorme Jogador!), Paulo oliveira (um “patrão da defesa”), Tiago Ilori (o futuro Ricardo Carvalho), Raphaël Guerreiro, William Carvalho e José Sá (este só faz frangos quando joga contra o SL Benfica).

 

A ver vamos se esta nossa Selecção mantém o bom nível exibicional ante a Itália. Temos equipa e Treinador para isto, mas não há vitórias antecipadas assim como não existem derrotas ou empates antecipados.

 

Quanto ao tal de “vazio” pós Mundial, perguntem ao RuI Santos que ele deve saber por onde o dito cujo.

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publicado às 22:45


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