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A Europa fracturada

por Pedro Silva, em 22.02.16

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A crise das dívidas soberanas fez com que a União Europeia se dividisse entre Credores e Devedores. A compreensão, liberdade e igualdade entre os Estados-membros - princípios fundadores da União - foram postos de lado em nome da estabilidade financeira de alguns.

 

Isto porque o alargamento da União foi feito sem pensar em todos. Basicamente o que sucedeu foi que os mais ricos viram no alargamento a oportunidade de adquirir mão-de-obra qualificada e barata. Esqueceram-se de que no seio da União havia um grupo de Países (Portugal, Espanha, Itália, República da Irlanda, Malta e Grécia) que tinham tido um pseudo crescimento/desenvolvimento que precisava de ser reforçado e organizado pela União Europeia.

 

Agora juntemos a estes factos a gravíssima crise migratória no Centro da Europa. Crise que é provocada pela guerra na Síria. Uma guerra patrocinada directamente por Ingleses e Franceses e pelos Alemães de uma forma indirecta. Diga-se neste ponto que os Refugiados Sírios não querem ser acolhidos nos Países pobres da União. E como se não bastasse, os Países do Leste querem fazer parte do projecto europeu mas não querem a divisão de esforços entre os Estados-membros. Inclusive já se começa a falar na hipótese de construção de muros que impeçam a entrada de Refugiados em países como a Hungria, Eslovénia, Áustria etc. criando, desta forma, ima espécie de zona tampão na Sérvia (um País nada problemático), Macedónia e Grécia. E muitos destes muros serão construídos nas fronteiras de Estados-membros da União Europeia.

 

É neste cenário que surge a última crise Reino Unido/União Europeia onde um lado e outro impõem a sua lógica sem que se haja um meio-termo. Se de um lado os Britânicos ameaçavam (e ainda ameaçam) com o “Brexit”, do outro temos um conjunto de burocratas que impõe a sua intolerância perante tudo e todos. Ambos os lados fazem finca-pé das suas posições porque acima dos interesses da União estão os seus próprios interesses.

 

O problema é que no actual estado de coisas os Britânicos têm todo o direito de jogar o seu jogo. Estes nunca se consideraram verdadeiramente Europeus. Para mais sabem que um eventual “Brexit” será altamente prejudicial para a União Europeia. Para além disto não foram os Britânicos os primeiros a tomar medidas de “estrangeiro rua”. Pouco ou nada se falou na temática, mas há não muito tempo o Governo Belga tomou a decisão de expulsar cidadãos europeus que não conseguiam arranjar emprego na Bélgica mo prazo de seis meses.

 

O espaço Europeu tem graves desequilíbrios que deveriam ter sido tomados em consideração na hora da expansão Europeia para o Leste. E é muito por causa disto que o projecto europeu acabará por ruir mais cedo ou mais tarde.

 

A Europa está fracturada e não se vislumbram sinais de que estas fracturas possam desaparecer. É verdade que as desavenças entre os mais ricos vão sendo serenadas aqui e acolá, mas o problema no seu todo mantêm-se e não é com acordos feitos à pressão como este último celebrado entre Reino Unido e União Europeia que impedirão colapso da Europa unida. Estes apenas contribuem para se adiar o inevitável caso não se faça ima profunda reflexão e se regresse ao princípio fundadores da União do “todos diferentes, todos iguais” em todos os aspectos sem excepçáo alguma.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 17:57

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imagem de zerozero

Pronto. Mais uma vez volto a bater na mesma tecla: Futebol não é Andebol. O Futebol Clube do Porto não pode jogar sempre da mesma maneira quer esteja a perder, empatado ou a vencer. Uma partida de futebol dura 90 e poucos minutos e tal exige que uma equipa saiba gerir o esforço durante este hiato de tempo. Dito de outra forma; o FC Porto não pode entrar sempre a pressionar durante 20 minutos, andar depois a passear a bola para trás e para os lados, tentar entrar com a bola dominada na área adversária, viver de jogadas individuais e somente quando o cronómetro "aperta" começar a fazer passes longos para as laterais.

 

Já chateia estar sempre a dizer a mesma coisa jogo sim, jogo sim e jogo sim.

 

Os Dragões tinham a passagem á fase seguinte na sua mão e agora tem de vencer em Inglaterra. Sucede que na sua vasta história nunca o Futebol Clube do Porto venceu em Inglaterra. Para mais o Chelsea nem precisa de ganhar o jogo pois o empate chega e basta. Já o empate não serve os interesses dos Azuis e Brancos pois é mais do que certo que o Dynamo Kyiv vai vencer o seu jogo e tem vantagem no confronto directo com o FC Porto.

 

Agora venham-me outra vez com a história do “colinho”. É verdade que a arbitragem deste jogo ante os Ucranianos não foi a melhor, mas a verdade é que os Dragões nunca mostraram capacidade alguma para saírem vencedores … Equipa cuja defesa se aflige com um ou dois Atletas do FC Dynamo Kyiv diz muito deste jogo e da total e repetitiva incapacidade de o Futebol Clube do Porto vencer equipas de mediana qualidade.

 

Chave do Jogo: Pode parecer curioso mas a dita surgiu ainda antes desta partida ter começado no Estádio do Dragão. Julen Lopetegui optou por deixar André André de fora do onze inicial em detrimento de Imbula que realizou um jogo muito fraco e o meio campo dos Dragões ressentiu-se desta opção. Os Dragões começaram a perder o jogo ainda antes de este ter começado.

 

Positivo: É complicado apontar algo de positivo quando uma equipa perde o jogo por culpa própria e depois se refugia na falta de sorte e no árbitro. Destaco somente o grande trabalho de André André dado que foi o único Jogador do Futebol Clube do Porto a fazer algo de jeito.

 

Negativo: Julen Lopetegui. Não soube preparar o jogo, subestimou o adversário, “mexeu mal” no onze quando a equipa mais precisou do Treinador e continua a ser teimoso demais no que á sua filosofia de jogo diz respeito.

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publicado às 22:23


Que mania tão Portuguesa

por Pedro Silva, em 21.06.15

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Desta vez segui com a calma que se exige o jogo de Portugal Sub. 21 e rapidamente me veio à cabeça a mania tão Portuguesa da chico-espertice. Não estou com tal a dizer que Portugal deveria ter ganho o jogo ante uma Itália muito forte, mas era escusado ter-se posto a jeito em tantos lances…

 

E diga-se que a nossa Selecção teve tal postura por opção do sei Treinador. Rui Jorge sabia que a Suécia tinha perdido com a Inglaterra e como tal o empate bastaria para que Portugal dependa só dele para a passagem à fase seguinte e como tal toca a apostar no empate. Felizmente José Sá continua a brilhar (lá está, o Guardião barbudo só “franga” contra o SL Benfica) e os Italianos não tiveram sorte nenhuma na hora de rematar à baliza Lusa.

 

Para ser muito sincero não gosto deste tipo de postura. Por acaso a coisa até que correu bem mas se tivesse corrido mal lá estaríamos nós a lamentar a pouca sorte e a ir buscar o raio da calculadora. Espero que contra a Suécia tal não se volte a repetir até porque tenho interesse em que Portugal ganhe e que esta geração cresça um pouco mais porque o futuro do nosso futebol está a ser jogado na República Checa.

 

Ainda sobre o empate a zero ante os Transalpinos gostaria de dizer que Rui Jorge demorou tempo a mais a reagir ao jogo. Nem sei que falar agora é fácil, mas goram muitos os momentos em que se sentiu que a equipa de Todos Nós precisava de ser tranquilizada com um reforço do meio campo para poder fazer frente a um meio campo Italiano muito agressivo e rápido, mas Rui Jorge preferiu o “deixa andar a ver no que isto vai dar”. Postura perigosa que espero que não se repita mais neste EURO.

 

Para finalizar queria somente opinar sobre as substituições para aqui dizer que quem criticou Rui Jorge por este ter deixado Gonçalo Paciência no banco de suplentes ante a Inglaterra teve neste jogo ante a Itália a prova de como deve estar calado. Paciência é alto e forte, o que ajuda muito a defesa e coloca os defesas adversários em xeque na área, mas é um trapalhão ao estilo Hugo Almeida. Gonçalo Paciência é aquele tipo de Jogador que precisa de ir entrando nos jogos que já estejam resolvidos e não que pre4csiem de ser resolvidos. Outra coisa que também não percebo é porquê razão Carlos Mané joga e Yuri Medeiros fica no banco…

 

Venha a Suécia!

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publicado às 22:59


Eis o “vazio”

por Pedro Silva, em 18.06.15

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Quando a Selecção Portuguesa terminou a sua participação no último Mundial de Futebol que se realizou no Brasil foram muitas as vozes que vieram a terreiro lançar o pânico e o medo generalizado porque Portugal não tinha futuro. Para esta malta o Mundial do Brasil era o inicio de uma tremenda travessia no deserto pois depois ad Selecção de Cristiano Ronaldo haverá o vazio.

 

Ora hoje vi este tal de “vazio” a derrotar uma das Selecções jovens mais fortes da Europa no Europeu de sub. 21 que se realiza na República Checa. Portugal bateu o pé aos Ingleses, demorou um pouco a impor o seu jogo e acabou por vencer e está neste momento á porta da qualificação para as meias finais da prova bastando-lhe para tal que não perca com a Itália no próximo Domingo. Para mais após ter visto o quanto este “vazio” joga acredito numa vitória ante os Transalpinos que entrarão em campo contra Portugal desfalcados dado que Stefano Sturaro foi expulso.

 

E não me venham com falinhas mansas porque a Inglaterra tem apostado muito e bem nos sues escalões de formação. Quase todos os Jogadores desta Inglaterra sub. 21 jogam em equipas Inglesas que costumam “lutar por um lugar uefeiro”. Para mais o Campeonato Inglês é somente um dos mais competitivos e equilibrados do Mundo! No Mundial do Brasil a equipa A dos Britânicos ficou naquele que veio a ser conhecido como o Grupo da Morte, não passou à fase seguinte da prova mas ficou bem patente a grande capacidade e qualidade futebolística de uma Inglaterra em clara renovação que é cada vez mais tecnicista

 

Quanto ao jogo em si, confesso que me agrada bastante perceber que Rui Jorge tem muito por onde escolher. Hoje vimos o Seleccionador ir ao banco, fazer as substituições que pretendia sem beliscar um milímetro que fosse da qualidade do jogo Luso. Isto numa Prova que se realiza no final da época e com jogos de 3 em 3 dias é algo de excelente e que, bem aproveitado, poderá colocar Portugal nos Jogos Olímpicos e, quem sabe, na final de um Europeu da categoria. Que eu me lembre foram raras as vezes em que tivemos uma Selecção com esta qualidade.

 

Em termos individuais destaco Bernardo Silva (enorme Jogador!), Paulo oliveira (um “patrão da defesa”), Tiago Ilori (o futuro Ricardo Carvalho), Raphaël Guerreiro, William Carvalho e José Sá (este só faz frangos quando joga contra o SL Benfica).

 

A ver vamos se esta nossa Selecção mantém o bom nível exibicional ante a Itália. Temos equipa e Treinador para isto, mas não há vitórias antecipadas assim como não existem derrotas ou empates antecipados.

 

Quanto ao tal de “vazio” pós Mundial, perguntem ao RuI Santos que ele deve saber por onde o dito cujo.

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publicado às 22:45


Caixa de Música: Song 2

por Pedro Silva, em 22.02.15

 

Banda: Blur

Álbum: Blur

Ano: 7 de Abril 19971

LetraSong 2

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publicado às 01:26


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