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Na exposição de motivos da iniciativa legislativa de cidadãos, considera-se que assinalar também o 1 de Dezembro como Dia de Portugal, "sendo efectivamente o mais alto dos feriados nacionais, em nada contende com o 10 de Junho, que celebra Portugal no sentido da portugalidade, valor associado à língua, à universalidade, à diáspora portuguesa e a Camões".
"Numa altura em que Portugal sofre fortes limitações ao exercício da sua soberania, em razão da situação financeira do País e de compromissos externos celebrados, importa repor o 1.º de Dezembro e celebrar os valores da independência nacional e do brio e da liberdade de Portugal como valores fundamentais do Estado, de toda a sociedade e da Nação", lê-se no documento.
In: Rádio Renascença
Nada me move contra o CDS-PP e muito menos tenho algo a ver com quem se revê nas ideologias dos Centristas, mas este discurso patriótico de tudo pela Pátria amada roça um tudo ou nada a parolice e pior fica quando tal argumento é utilizado para se defender o restabelecimento de algo que nunca deveria ter sido tirado: os feriados da Implantação da República (5 de Outubro) e os feriados religiosos de Corpo de Deus (60 dias após a Páscoa) e do Dia de Todos os Santos (1 de Novembro).
Recorde-se que estes feriados foram abolidos com o voto e parecer favorável do CDS-PP.
Ainda se José Ribeiro e Castro me dissesse que a abolição dos feriados nada trouxe de positivo à nossa Economia (alias tudo piorou em todos os aspectos) eu ainda lhe dava razão, agora vir para a Praça Pública com este discurso da Pátria amada que está subordinada a um grupo de estrangeiros não cola.
Não cola porque para todos os efeitos a Troika não invadiu Portugal, foi antes convidada pelos Portugueses a cá entrar e também não é menos verdade que já há uns bons anos para cá que vimos alienando a nossa Soberania Nacional em detrimento de uma Politica Europeia Comum porque vimos vantagens nisto.
Perante o exposto podem apelidar-me de anti patriótico mas muito dificilmente me revejo nesse Patriotismo de papelão de José Ribeiro e Castro. E também não deixo de retirar as minhas conclusões sobre a pobreza franciscana que grassa na nossa Classe Politica.