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imagem retirada de zerozero
Tranquilo. Jogo bem tranquilo este que o Futebol Clube do Porto realizou hoje no Estádio do Dragão. E isso por culpa do clube azul e branco e do adversário que demonstra – mais uma vez – o tremendo fosso entre equipas da Primeira Liga e da Segunda Liga. Alias, se bem me recordo este CD Nacional venceu a Segunda Liga e foi campeão na secretaria devido ao surto da Covid-19 que serviu de base a uma decisão que ainda hoje ninguém entende a razão de ser. decisão que já não interessa nada pois o futebol português é mesmo assim.
Indo ao jogo propriamente dito. Até vai parecer estranho o que vou escrever, mas esta foi uma partida que o FC Porto conseguiu controlar a seu bel prazer. Coisa rara neste dragão de Sérgio Conceição que tem sempre muitas dificuldades em gerir esforço e resultados mesmo quando o calendário assim o exige. De resto, este foi um jogo que culminou numa vitória fácil. A equipa madeirense praticamente não chegou a rematar à baliza de Marchesin (corrijam-me se estiver errado) e sempre que se aproximava da baliza portista, ou perdia a bola, ou se atrapalhava com a dita cuja ou então lá surgia um atleta de azul e branco vestido que tirava o esférico dos pés dos medianos jogadores do Nacional.
Em suma, num jogo em que o adversário se limitava ao “chutão para a frente e alguém que resolva”, o FC Porto esteve bem e venceu a partida com todo o mérito. Isso não obstante o simples facto de termos tido um FC Porto bem mais assertivo e dominador da primeira parte do que na segunda onde os dragões se limitaram a deixar o relógio correr. Nada a apontar a esta forma de estar até porque os tempos são complicados e há que gerir esforço para se fazer face, com a eficácia possível, a um calendário competitivo “bem apertado”, mas essa é uma atitude perigosa pois caso o Nacional fosse um pouquinho melhor em termos de qualidade e um golo teria feito “abanar” o Futebol Clube do Porto que teria de correr muito para vencer… Relembro que na próxima quarta-feira há jogo com o SL Benfica (final da Supertaça Cândido de Oliveira).
Ainda sobre o jogo de hoje, dizer que gostei imenso da exibição de Nanu. Sou suspeito pois não nutro simpatia alguma por Manafá, jogador que considero não ter qualidade alguma para jogar no Futebol Clube do Porto, contudo hoje vi um defesa lateral direito no verdadeiro sentido do termo e não um trapalhão que tem muito jeito para correr desde que não lhe coloquem uma bola nos pés. O único “pecado capital” (se é que lhe podemos chamar assim) de Nanu foi o último passe que sai sempre com muita força e os avançados tinham muita dificuldade em dominar a bola e rematar com sucesso para o fundo da baliza nacionalista.
As más notícias deste jogo são as lesões de Otávio e Corona. Lesões, segundo quem percebe do assunto, que resultam do tremendo desgaste a que os atletas têm sido submetidos num ano futebolístico muito atípico. Vamos a ver qual a gravidade das lesões e se na próxima quarta-feira vão poder jogar diante do SL Benfica. Mas não há que ficar preocupado com tal. Tanto o brasileiro como o mexicano são dois jogadores fundamentais na estratégia de Sérgio Conceição, mas o Futebol Clube do Porto é um clube profissional que sabe que tem de ter um plantel preparado para estas eventualidades.
Uma última nota. Não sou (nem quero!) falar sobre arbitragens, mas a grande penalidade de hoje a favor do Futebol Clube do Porto é – de longe! – bem mais evidente do que a fantochada que ontem deu a vitória ao Sporting CP… Vale a pena ter treinador e presidente a fazerem figurinhas tristes na Praça Pública. Não acabemos com estas coisas que não é preciso.
Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. O internacional português está a passar por um momento de forma genial. Comandou o meio campo portista e foi o principal responsável pela boa gestão do jogo que o Futebol Clube do Porto levou hoje a cabo. Vamos a ver se Sérgio Oliveira consegue manter esse seu bom momento para lá do Natal.
Pior em Campo: Zaidu. É, por vezes no melhor pano cai a nódoa. O internacional nigeriano fez hoje um jogo em que esteve muito mal. Não a defender pois o Nacional quase não atacou, mas sim a atacar. Hoje Zaidu fartou-se de “meter água” e se o flanco esquerdo do ataque portista não existiu foi muito por sua culpa.
Arbitragem: Dúvidas no segundo golo do FC Porto dado que parece ter havido falta de Diogo Leite no lance que deu origem ao golo de Marega. Tirando esse lance, arbitragem tranquila de Manuel Oliveira que não teve influência no resultado final.