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imagem retirada de zerozero
Quem viu esta partida e viu a de Paços Ferreira fica com a impressão que até que foi fácil. Mas não foi. Há que dizer que esse Marselha - embora não seja aquele de 2004 que tinha um tal de Drogba como sua figura maior – é uma equipa de respeito. Os comandados de André Villas-Boas são uma boa equipa só que em muitos momentos pareciam uma “manta de retalhos” pois esquecem-se, acho eu, que o futebol é um desporto colectivo. Isso de ter “meia dúzia de vedetas” não ajuda a nada… Especialmente quando do outro lado do campo está uma equipa que não sabe o que “tirar o pé do acelerador”.
Ponto assente, esse Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição joga bem melhor com uma linha de 4 defesas e quando tem pela frente equipas que não se “fecham lá atrás”. Com o Marselha a necessitar de pontuar, era expectável que os comandados de Villas-Boas jogassem bem subidos no relvado e tal é fatal contra uma equipa que nunca dá um lance por perdido e que se dá muito bem nas transições rápidas. Por isto é que vai haver muito boa a gente a dizer que esse Marselha é uma equipa fraca e que hoje foi fácil aos comandados de Sérgio Conceição vencer o jogo.
A maior prova de que esse “pareceu fácil” ser enganador está no facto de quando o resultado ainda estava a 1 a 0 a favor dos portistas esses sentiram muitas dificuldades em gerir a posse da bola. É que um jogo de futebol não se joga sempre a pressionar e a correr para cima do adversário. Há que gerir momentos, espaços e esforço e quando é necessário fazer tal coisa, a verdade seja dita, o Futebol Clube do Porto sente muitas dificuldades. Dá que pensar e a verdade seja dita que hoje Sérgio Conceição deu a entender que ainda há muito para melhorar na zona de entrevistas rápidas.
Ora bem, tácticas à parte a verdade é que a passagem à fase a eliminar da Liga dos Campeões está quase a ser alcançada pelos azuis e brancos. 1 derrota e 2 vitórias diante de adversários que me apetece apelidar de “directos”, 6 pontos e um Manchester City que conta por vitórias todos os jogos realizados na fase de grupo colocam os Dragões com um pé na fase seguinte. Mas atenção, há ainda que jogar a França e Grécia e o último jogo será em casa diante um City que não creio que vá facilitar mesmo que por essa altura já esteja mais do que apurado. Isto ainda não acabou e , acredito eu, que é bem melhor que o Futebol Clube do Porto enfrente esses jogos que lhe restam disputar com os pés bem assentes na terra ao invés de se “armar em carapau de corrida”.
Siga agora para o jogo com o Portimonense até porque a Liga NOS ainda está em aberto. Contudo penso ser importante que Sérgio Conceição passe e faça valer a ideia de que não se passa de besta a bestial de um jogo para o outro. O actual plantel azul e branco é algo desequilibrado, tem opções a mais em certas posições, é “curto” noutras e jogadores existem que não tem lugar no onze por manifesta falta de qualidade. Por isto, atenção à euforia e ao embandeirar em arco… Até porque a verdade seja dita que o Portimonense não vai jogar tão subido como jogou esse Marselha.
Melhor em Campo: Jesús “Tecacito” Corona. Como dizem os espanhóis, “partidazo” do internacional mexicano! Assistências para golo, golos, recuperações de bola, muita entrega, muita técnica e por aí adiante. Grande partida essa que “Tecacito” fez! Só espero que não tenha sido “jogo para inglês ver” pois esses jogos da UEFA Champions League são sempre uma excelente “montra”.
Pior em Campo: Dimitri Payet. O Futebol Clube do Porto fez um jogo colectivo muito bokm, já o Marselha teve em Payet o pior em campo. Jogou pouco e, inclusive, esteve muito em baixo. Trata-se de um jogador de grande qualidade que acaba por ser o espelho perfeito daquilo que é actualmente a equipa do Marselha.
Arbitragem: Conheço bem Mateu Lahoz. Em Espanha (e não só) esse é bem conhecido pela sua qualidade enquanto árbitro. Pena que por vezes lhe dê para ser o protagonista e acabe por estragar o que de bom vai fazendo. Hoje teve que tomar um punhado de decisões complicadas, mas a verdade seja dita que esteve sempre bem. O mesmo se pode dizer dos seus assistentes.