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imagem retirada de zerozero
Fraco. Fraquinho. “Mauzinho”. Assim se pode designar a prestação do Futebol Clube do Porto em casa de um Clube Desportivo Santa Clara que até começou a partida praticando um futebol ofensivo, pressionante e bem interessante, mas rapidamente a equipa açoriana se remeteu à habitual “pequenez” muito típica do nosso futebol.
Claro que se pode – e se deve – fazer referência ao temporal que quase que instantaneamente se apossou do encontro mal esse começou para justificar a fraca exibição portista, mas esse não justifica, na minha opinião, o excessivo jogo lateral que o FC Porto utilizou e abusou sempre que pretendia atacar a baliza do Santa Clara. É que tal forma de estar em campo fez com que a linha avançada dos portistas praticamente não existisse tanto Taremi como Marega não conseguiram, em momento algum, explanar a sua qualidade e futebol.
Efectivamente, o ataque da equipa de Sérgio Conceição resumia-se a Luís Diaz que queria sempre fazer tudo sozinho como se o futebol não fosse um desporto colectivo, velocidade de Corona quando este estava para aí virado e cruzamentos para a área de Zaidou e Manafá que subiam em velocidade pelos seus respectivos flancos. Quis o acaso, sorte e técnica do internacional colombiano Diaz que um dos famosos cruzamentos à balda que Manafá produz jogo sim, jogo sim acabasse no fundo da baliza do CD Santa Clara. Manafá cruza e Luís Diaz disfere um pontapé de bicicleta e a isso se resume todo um jogo da parte de CD Santa Clara e FC Porto. Depois há quem fique muito admirado quando dizem que o nosso campeonato é fraco, fraquinho, fracote…
Num estádio pequeno, de relvado de pequena dimensão, com uma segunda parte em que o vento corria bem forte contra a baliza da equipa da casa e necessidade de se gerir esforço para o jogo da próxima terça-feira que pode ditar a passagem do FC Porto à fase a eliminar na Liga dos Campeões, questiono-me sobre a insistência dos Dragões nos cruzamentos pelo ar, a ausência de remates à distância à baliza açoriana e o usar e abusar de jogadores importantes como Otávio (por exemplo) que a certa altura andavam a “arrastar-se” por um relvado que a intempérie se encarregou de - rapidamente - tornar “pesado”.
Contudo, o treinador Sérgio Conceição é que sabe de facto. Ele é que trabalha com o seus jogadores todos os dias e, melhor do que ninguém, sabe qual a melhor forma de gerir esforço e moral dos seus comandados, mas coisas existem que até para o comum dos adeptos (como eu) é complicado de se entender de tão óbvias que (parecem) ser. Para mais, essas vitórias à moda “da estrelinha de campeão” dão 3 pontos, mantem a equipa azul e branca na corrida pela renovação do título mas não podem ser um hábito e muito menos toleradas porque um dia a coisa pode correr e mal e num campeonato equilibrado como o nosso tal pode vir a “morte do artista”.
Vamos a ver o que vai acontecer di9ante do City. Já dizia o falecido Reinado Teles que no futebol não existem impossíveis e um tal de Bernardo Silva e a “cambada de parolos” que o defendeu na altura bem que merecem “levar na cara”. Vamos a ver…
Melhor em Campo: Malang Sarr. Confesso que estou a gostar cada vez mais deste jovem central. Longe de ser agressivo, Sarr sabe como se posicionar no campo e o seu bom jogo de cabeça tornam muito difícil a tarefa de qualquer avançado de criar perigo para a baliza de Marchesín. A ver vamos se o atleta vai continuar a evoluir se bem que me custa saber que nja próxima época esse vai regressar à sua equipa de origem.
Pior em Campo: Marko Grujic. Começo a perguntar-me se o médio internacional sérvio é “peixe fora de água ou se é peixe fora do aquário”. Ainda não percebi muito bem em que posição do meio campo o jogador se sente mais confortável e rende aquilo que fez com que a direcção portista tivesse solicitado o seu empréstimo ao Liverpool, mas já sáo dois ou três jogos em que Grujic não joga absolutamente nada.
Arbitragem: Dúvidas no golo anulado ao Futebol Clube do Porto. De resto, tirando um ou outro lance, exibição discreta e correcta da parte de João Pinheiro e seus assistentes.
Artista: Limp Bizkit
Àlbum: Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water
Ano: 2000
Letra: My Way
imagem retrirada de zerozero
Em dia triste para a Nação Azul e Branca dado o falecimento de Reinaldo Teles, histórico dirigente do Futebol Clube do Porto que juntamente com Jorge Nuno Pinto da Costa criou esse mesmo FC Porto que é, tão-somente, a 3.ª equipa com mais participações na Liga dos Campeões e a única equipa portuguesa que conta no palmarés com todos os troféus internacionais de clubes, não se podia ter feito melhor homenagem a tão grande portista senão vencer (outra vez) um adversário de valor e muito – muito! – difícil como é o caso deste Marselha de André Villas-Boas.
Até o fabuloso “Deus do futebol”, Diego Armando Maradona, foi devidamente homenageado pelos Dragões com uma série bem interessante de jogadas criadas por Diaz e Nakajhima. O golo é o sal do futebol de facto, mas a finta/desmarcação é o açúcar que tanto nos delicia. Especialmente quando essa finta e a desmarcação resultam em lances de golo e/ou de perigo para a equipa adversária.
Já deu para perceber que gostei deste jogo. Claro que haverá quem tenha uma opinião diferente. Está no seu direito, mas eu gosto muito mais quando o Futebol Clube do Porto percebe qual o seu lugar e pratica um futebol que o ajude a vencer e alcançar os seus objectivos. O futebol pode até ser feio, desinteressante, recuado e perigoso mas a verdade é que somente em Manchester esta forma de estar não deu frutos porque o nome City pesa muito mais do que o nome Porto quando chegou a hora de o Homem do apito decidir.
Futebol de transições rápidas, muito corrido, defesa aguerrida e aproveitar ao máximo todo e qualquer lance de bola parada na área adversária para se colocar em vantagem não podem, a meu ver, ser considerados defeitos. Quem não tem cão, caça com gato e tem sido isto que Sérgio Conceição tem feito esta temporada na Liga dos Campeões. Resultado? 4 jogos, 3 vitórias, 9 pontos, 8 golos marcados, 3 sofridos e o apuramento para a fase a eliminar da UEFA Champions League quase garantido. Melhjor? Com o actual plantel, impossível! Digo eu.
Agora acho muita graça a quem comenta o futebol na rádio e televisão e fala em dois tipos de FC Porto. Um melhor na Europa do futebol e outro mais irregular na Liga NOS. Qual a grande diferença? Simples. Só não vê quem (maldosamente, talvez) não quer pois o Futebol Clube do Porto no nosso campeonato periférico joga contra “equipas pequenas”, já na Europa do futebol a equipa pequena é o próprio FC Porto não obstante o seu rico e vasto palmarés. Se olharmos bem, por exemplo, para o jogo de hoje rapidamente constatamos que em termos de plantel André Villas-Boas tem – de longe! – muito mais e melhor qualidade futebolística aos eu dispor do que Sérgio Conceição que para além de ter de comandar os Dragões tem ainda de aprimorar e fazer crescer jogadores como Zaidu (por exemplo) que há não muitas épocas atrás jogava no Mirandela.
Apesar de tudo essa vitória portista em França não me descansa na totalidade. É verdade que gostei do jogo praticado pelos azuis e brancos e que acho correcta a forma realista como Sérgio Conceição tem procurado abordar esses confrontos europeus, mas ainda vejo muitas lacunas nesta equipa. Especialmente nas laterais dado que a dupla Sarr e Mbemba é daquelas coisas que se mexer, estraga. Manafá continua a ser um trapalhão quer a atacar e a defender. Zaidu, não obstante a sua evolução, ainda tem muitas dificuldades na hora de defender e são ainda algumas as ingenuidades que podem vir custar caro ao FC Porto. Não foi por acaso que o Marselha hoje insistiu tanto no futebol ofensivo pelas faixas. E quase que marcou golo.
E já que falo aqui em trapalhões e trapalhadas, eu até que adoro Marega mas esse já vem há uns jogos a mostrar que luta muito, mas que faz pouco… E pelos vistos os ares do sul de França fizeram muito mal a Jesús Corona que realizou uma exibição desastrosa. Melhores dias virão. Ou se calhar melhores opções. Não sei bem dado que é Sérgio Conceição quem trabalha todos os dias com o seu plantel.
Em suma. Missão quase cumprida, homenagens prestadas e agora siga para os Açores onde à espera dos portistas vai estar um Santa Clara bem motivado que aposto que vai estar o jogo todo a defender o zero a zero.
Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. Ao contrário da maioria que fez de Zaidu o MVP desta partida, eu escolho o internacional português como o melhor deste jogo. Sérgio Oliveira está a atravessar um momento de forma estupendo e se já ninguém dá pela falta de Danilo é por culpa dele. Excelente a recuperar bolas, a distribuir jogo e a comandar todo o meio campo pprtista. Vamos a ver esta boa forma do Sérgio se mantêm para lá do Natal.
Pior em Campo: Jesús Corona. Mau, mau, mau, mau, muito mau e péssimo. Desconcentrado. Muito desconcentrado! Especialmente na hora de defender. Por um triz o internacional mexicano não fez um passe de morte que poderia ter dado o golo à equipa francesa que iria, com toda a certeza lutar pelo empate a 2 até ao fim. A atacar ninguém o viu. Corona (vulgo Tecacito) hoje não fez nada de jeito em campo. Há dias assim.
Arbitragem: Nada a apontar ao Sr. Andreas Ekberg e seus assistentes. Decisões correctas e acertadas tanto nas expulsões como na marcação da grande penalidade a favor do FC Porto.