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Tal como receava, a Venezuela caminha a passos largos para ser a reedição do sucedido na América Latina nos, não muitos distantes, anos do século XX. A Guerra Fria foi propicia na proliferação de conflitos armados e no aparecimento de regimes ditatoriais que se apoiavam, de uma forma directa ou indirecta, na ideologia de cada uma das Grandes Potências que quase conduziram um Mundo bipolarizado à sua destruição. Passados estes anos todos o cenário repete-se quando tudo parecia fazer crer que as forças extremistas estavam, aos poucos, a perder força e em total descrédito na América Latina.
Com a ingerência dos Estados Unidos da América na questão venezuelana (ingerência esta que nada tem de humanitária e muito menos de democrática) seguida, mesmo que de forma algo tímida pela União Europeia, seguiu-se a esperada resposta do bloco Rússia/China que apoiam militar e financeiramente o regime de Nicólas Maduro. O normal dado que já todos sabemos – ou pelo menos já deveríamos saber – como se “joga” o xadrez da geopolítica.
Tudo isto é, a meu ver, uma situação desnecessária que , mais cedo do que tarde, irá culminar numa escalada de violência numa zona do globo onde a Paz foi recentemente alcançada. A Colômbia, país que faz fronteira com a Venezuela, viveu durante décadas um conflito armado violento e complexo com as Forças Revolucionárias. Tratou-se de um conflito que tinha questões sociais inerentes tal como o tráfico de droga onde os Estados Unidos da América intervieram, de forma directa e/ou indirecta, contribuindo, desta forma, para que este mesmo conflito se arrastasse no tempo com o pesado encargo que tal teve em Vidas Humanas (e não só).
Face a tal e ao que a história recente já nos mostrou, já não chega e basta a tremenda trapalhada que está a viver na Síria?
Por falar em trapalhadas…
Theresa May continua a sua demanda em busca do Santo Graal que conduza o Reino Unido ao tão desejado paraíso liberal onde os britânicos (ou será que são antes ingleses?) ditam o destino da ilha em que vivem.
Sinceramente não estava à espera de uma trapalhada tão grande como a que o Parlamento inglês criou recentemente. E logo tal oriundo de um local que até ao dia de ontem primava oela intransigência da parte do Partido Conservador porque não havia nenhuma alternativa viável ao acordo negociado com a União Europeia…
O que eu também não estava à espera era que no «Labour» um grupo Deputados colocasse Corbyn em xeque ao ameaçar com demissão caso o Reino Unido deixe a União Europeia sem acordo…
Já diz Obelix – famosa personagem da banda desenhada – que, passo a citar, “os romanos são loucos”. Meu caro Obelix, eu diria antes que loucos são os Bretões. A prova está à vista de todos!
Artigo publicado no site Repórter Sombra (30/01/2019)