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imagem retirada de zerozero
Mais uma vez não me quero alongar muito sobre mais um jogo treino que a equipa de Sérgio Conceição levou a cabo. Isto porque, quer se goste ou não, os jogos treino dizem tudo e não dizem nada.
Confesso que gostei de olhar para o onze que Sérgio escolheu para este treino e ver que este contava com poucos (até mesmo nenhum) dos habituais titulares. Isto porque há que dar tempo de jogo e moral à dita “segunda linha” portista at´+e porque a época é longa e há que contar ciom todos. E até que alguns dos elementos da dita “linha” até que aproveitaram este treino para mostrar ao Mister - e a todos nós - que podem contar com eles. Bazoer foi, na minha opinião, aquele que melhor terá aproveitado esta oportunidade. André Pereira também esteve bem.
O que me agradou também foi a atitude da maioria dos escolhidos por Sérgio Conceição para este treino mais competitivo. A linha defensiva que os Dragões apresentaram hoje era fraquita q.b. e alguns dos habituais titulares hoje estiveram numa de “fazer o frete” (não foi Sérgio Oliveira?), mas a verdade é que este FC Porto em modo treino quis sempre dar tudo por tudo pela vitória final e acabou por ver este seu brioso esforço devidamente recompensado.
E pronto. Depois de se ter “brincado aos futebóis” num jogo disputado entre alguns “solteiros” e “casados”, eis que voltamos aos assuntos sérios. No próximo Sábado há uma deslocação à Madeira para defrontar o CS Marítimo em mais uma jornada da Liga NOS. Algo que é, por tradição, sempre muito complicado para a equipa portista dado que os maritimistas gostam muito de “agradar ao dono”.
MVP (Most Valuable Player): André Pereira. Quem diz que o FC Porto não tem avançados de qualidade é porque deve estar muito distraído. André Pereira tem de tudo para vir a ser um dos melhores avançados portugueses made in formação portista. O “moço” tem técnica, bom sentido de posicionamento, bom remate, força, técnica e cabeceia muito bem. Hoje foi, sem sombra de dúvida, o melhor em campo tendo, inclusive, marcado um mais do que merecido golo.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 81´, altura em que o atleta do SC Varzim (Stephen Payne) introduziu a bola na própria baliza pouco tempo depois de a equipa da Póvoa ter empatado o jogo a duas bolas. A partir desta altura só deu FC Porto.
Arbitragem: Arbitragem pouco convincente da equipa liderada por João Capela, tendo ficado a ideia de que o VAR fez falta para tirar algumas dúvidas. Houve amarelos exagerados, houve amarelos que, assumindo-se eventuais simulações em pedidos de penálti, terão ficado por mostrar.
Positivo: Riechedly Bazoer. O médio azul e branco está aos poucos a mostrar quem tem qualidade para fazer parte da equipa principal do FC Porto. Tem é de deixar de ser tão trapalhão em certos momentos do jogo.
Negativo: Sérgio Oliveira. O jogo não interessava para absolutamente nada, é um facto, mas nada desculpa o tremendo disparate de Sérgio Oliveira no segundo golo da equipa de Capucho.
Numa altura em que no mundo da política – quase – todos os debates se centram na elaboração, analise e discussão dos orçamentos dos Estados-membros da União Europeia para o próximo ano, eis que em Itália assistimos a um filme (estilo drama) já antes visto. Quase que se me atrevo a dizer que é uma espécie de «Déjà vu», mas não o faço porque a Itália está longe (muito longe) de ser a Grécia.
Acredito que com tanto alarido (e justificado, diga-se desde já) em torno da eleição do político fascista jair Bolsonaro, já ninguém sem recorde que a Europa tem hoje em mãos um tremendo problema. O governo italiano resolveu afrontar a Europa dos burocratas dizendo publicamente, e por mais do que uma vez, que quem manda na elaboração do seu orçamento é a Itália e os italianos. E fê-lo de uma forma aberta, agressiva e sem pudor algum.
Resta-nos perceber a razão para tal comportamento. Algo que cá pelo nosso país ainda não se fez. Tal será assim talvez pelo facto de Mário Centeno ter sido “apanhado” com sucesso na ratoeira que o eurogrupo lhe montou há uns tempos atrás. E é claro que a natureza política do actual elenco governativo transalpino de extrema-direita incita a que quem opine procure a justificar o problema com a natureza política do tal elenco. Pessoalmente - como apreciador de um bom desfaio dado é que isto que nos faz evoluir enquanto seres pensantes – prefiro ver o problema de outra forma. Prefiro ir pelo caminho mais difícil e não pelo atalho que muitos escolheram seguir colocando-se, sem apelo nem agravo, do lado dos burocratas de Bruxelas.
Quando olho para a problemática do Orçamento italiano de 2019 e para a forma como o governo de extrema-direita sediado em Roma reagiu à “nega” que Bruxelas deu ao dito, vem-me rapidamente à memória as sucessivas violações dos tratados orçamentais que tanto a França como a Alemanha levaram a cabo nos últimos anos. Especialmente nos tais anos do “ajustamento” levado a cabo nos países da Europa do Sul.
Claro que quem defende os burocratas de Bruxelas e os seus “Tratados” se escuda no argumento de que o actual governo de Itália é populista e radical. E até que são argumentos válidos. Contudo não se pode apelar a uma parte do problema quando que devemos é antes procurar resolver o dito como um todo.
Isto porque a Itália é – tão-somente – a terceira maior economia da Europa. À sua frente estão a França e a Alemanha, países que, repito, no passado violaram sem apelo nem agravo os tais de “Tratados Orçamentais”. E não, o argumento de que tanto a França como a Alemanha não tiveram a postura agressiva da Itália de hoje não singra. E não singra porque está mais do que provado que na Europa dos tempos que correm o velho brocado de “em Roma, sê romano” não se aplica. Basta que para tal se seja dono de uma das maiores economias da Europa. A Grécia de Tsipras é a prova viva de tão enfadonha realidade.
Ora face a tal, concluindo, depois há quem fique muito admirado e olhe com uma natural cumplicidade para todo este retrocesso político europeu que está aos poucos a “abrir” as portas ao regresso em força da extrema-direita e das ideias fascistas.
Artigo publicado no site Repórter Soimbra (30/10/2018)
imagem retirada de zerozero
A primeira impressão que retiro do FC Porto 2 x CD Feirense 0 é que vi um jogo típico do nosso campeonato. A equipa azul e branca justificou uma vitória que acabou por ser natural perante um adversário que tentou de tudo para que o seu jogo para o “pontinhio” tivesse o desejado sucesso.
Efectivamente estou em crer que o primeiro paragráfo deste texto descreve - na perfeição - tudo o que se passou hoje no Estádio do Dragão durante os 90 e poucos minutos da partida. Os portistas acabaram por merecer a vitória que, diga-se o que quiserem dizer, foi merecida e, sobretudo, muito bem trabalhada pelo conjunto azul e branco. Contudo os comandados de Sérgio Conceição poderiam (e deveriam) ter sido mais eficazes na hora de rematar à baliza da equipa da Feira. Especialmente se tivermos em linha de conta que isto dos golos marcados e sofridos poderá vir a ser vital na fase final de um campeonato que tudo indicia que será muito equilibrado.
Olhando para agora somente para a exibição portista de hoje, penso que volta a ser óbvia a mais-valia que é ter Óliver Torres em campo. E o moço, ao contrário de certas “más-línguas”, até que se “esfarrapa” todo na conquista da bola! Tal aliada a uma visão e qualidade de jogo ímpar explicam, em certa medida, que o habitual jogo do “vamos para a frente e o resto que se lixe” de que Sérgio Conceição tanto gosta tenha hoje resultado bem. A ver vamos é se agora Óliver consegue ser consistente nas suas exibições futuras.
Apesar de tudo continuo a estar algo receoso com o estilo de jogo de Sérgio Conceição. Isto porque esta forma muito ofensiva de estar em campo obriga a que os vários jogadores do FC Porto estejam posicionados em campo a uma grande distância uns dos outros. Tal perante uma equipa mais forte do que este CD Feirense pode vir a ser perigoso. Os espaços entre os atletas azuis e brancos foram, muitas vezes, aproveitados pelos atletas do Feirense que “obrigavam” a que o famoso “pontapé para a frente sem nexo” acabasse por ser a única solução. Felizmente poucas foram as vezes em que os comandados de Nuno Manta conseguiram criar real perigo para a área portista através desta lacuna…
Em suma; apesar de tudo o Futebol Clube do Porto venceu hoje e lidera a Liga NOS por força dos golos marcados e sofridos. Agora é seguir em frente e procurar consolidar esta posição. Na próxima jornada os Dragões vão à Madeira medir forças com o SC Marítimo. Vai ser um jogo complicado (como sempre), pelo que me parece que Sérgio Conceição deveria dar o normal e natural desprezo para o jogo da próxima Quarta-feira que diz respeito a uma tal de “Taça da Liga”.
MVP (Most Valuable Player): Yacine Brahimi. Hoje o argelino fez aquilo que me apraz apelidar de “jogão”! Foi dos melhores jogos que vi Brahimi fazer esta temporada em todos os aspectos. Excelente a atacar e muito bom na hora de defender. Infelizmente a Deusa da Fortuna não quis nada com ele na hora de rematar à baliza pois este merecia o golo que tanto procurou tentar marcar.
Chave do Jogo: Apareceu a partir do minuto 15 (mais coisa, menos coisa) para decidir o jogo a favor do FC Porto. Isto porque foi a partir deste momento que o Feirense começou a mostrar a sua impotência para fazer frente a um Futebol Clube do Porto que tomou conta do jogo na busca da vitória que acabou por vir a alcançar com naturalidade.
Arbitragem: Jogo de muito trabalho para a equipa de arbitragem, com uma série de golos bem anulados. No lance do golo de Felipe, este validado, é uma decisão no limite e de difícil juízo.
Positivo: Óliver Torres. O “farol” que o meio campo do FC Porto tanto necessitou em muitos dos seus jogos anteriores. Excelente na leitura de jogo, no passe e na organização de todo o jogo azul e branco.
Negativo: “Para a frente e o resto que se lixe” (mais uma vez). Esta filosofia de jogo de Sérgio Conceição só serve para criar dificuldades onde elas não existem.
Buhichuck (ブヒチャック) – One Piece