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"Atomic Blonde"
Acção, Mistério, Thriller - (2017)
Realizador: David Leitch
Elenco: Charlize Theron, James McAvoy, Sofia Boutella
Sinopse: O comunismo está em colapso e em breve o Muro de Berlim irá abaixo com ele. Duas semanas antes, um oficial MI6 disfarçado, foi morto em Berlim e estava carregado de informações de uma fonte no Oriente, uma lista que supostamente contém o nome de cada agente de espionagem que trabalha em Berlim. Agora uma espia experiente sem vínculos pré-existentes em Berlim, foi enviada para este barril de pólvora de agitação social, contra-espionagem, deserções e assassinatos secretos.
Critica: Este é daquele tipo de filme que tem tudo para ser muito bom mas que peca por faz da sua essência a violência, violência esta que em muitas cenas é levada ao extremo. Em certos momentos chega mesmo a roçar o ridículo. David Leitch tentou seguir o estilo do “The Departed” de Martin Scorsese, mas este falha redondamente nesta sua intenção. É uma pena pois este “Atomic Blonde - Agente Especial” tem tudo para ser um filme bastante agradável de se ver.
Dizer-se que este filme tem um argumento é uma pura anedota. Este tem um bom pano de fundo e um enredo fantástico, mas argumento é coisa que não tem de certeza. Só assim se percebe que Charlize Theron passe 95% do filme a levar ou á pancadaria com alguém. Em certos momentos isto até que aborrece. É isto e a tresloucada quantidade de tabaco que as personagens fumam como se nos anos 80 fosse tudo louco por nicotina.
No elenco o meu destaque vai inteirinho para o trabalho fantástico de James McAvoy. O actor faz algo de extraordinário neste filme que é colocar o espectador contra a sua personagem. E o objectivo até que é este. Já Charlize Theron mostrou ter um jeitinho bestial para andar à porrada. Isto se tiver sido Charlize Theron a protagonizar todas as cenas do “Atomic Blonde - Agente Especial”. Sofia Boutella até que se safou bem se bem que quase não apareceu a não ser em determinadas “cenas”.
Os cenários não estão grande coisa. Bem sei que a ideia é a de mostrar a Berlim do leste dos anos 80 completamente em ruínas, mas existem certos limites para o exagero. Nem tudo era a selva urbana que o filme nos quer fazer crer que era. Para além de que David Leitch poderia – e deveria – ter variado um pouco mais os cenários dado que a determinada altura ficamos com a sensação de que tudo se passa no mesmo local.
A única coisa que se pode apelidar de muito razoável é mesmo a Banda Sonora. E mesmo assim é preciso um certo esforço para darmos por ela.
Concluindo; “Atomic Blonde - Agente Especial” é um filme que tem potencial mas que está arruinado pelo excesso de violência. Contudo recomendo a que o vejam e façam o vosso próprio juízo.
imagem retirada de zerozero
Quando a sorte nos visita não é Sérgio? É que foi precisamente isto que aconteceu hoje no Dragão diante do CF Os Belenenses. Não que o Futebol Clube do Porto não tivesse realizado uma primeira parte onde mostrou que merecia ter vencido, mas a verdade seja dita que por tudo o que fez a equipa do Restelo também não merecia perder. Especialmente contra este FC Porto que na segunda parte da partida mostrou estar cansado e sem ideias.
Nesta altura a pergunta que se me apraz colocar neste momento é porquê carga de água este Belenenses de Domingos Paciência não é assim tão aguerrido na sua defesa quando tem de medir forças com o Sport Lisboa e Benfica. Coincidências? Talvez não. Adiante.
Voltando ao jogo do Dragão, pouco mais há a dizer senão que este teria sido um jogo como muitos outros dos tempos idos de Nuno Espírito Santo caso Héctor Herrera não tivesse aproveitado um dos típicos ressaltos de bola nos pontapés de canto para marcar o golo inaugural da partida. E nem assim os azuis e brancos foram capazes de impor o seu futebol diante de um Belenenses que não queria outra coisa senão um empate ou uma vitória tangencial fortuita. Foi preciso esperar pelo minuto 90 para que a massa adepta portista presente em bom número no Dragão suspirasse de alívio com o bonito golo de Vincent Aboubakar. Nem as certeiras “mexidas” de Conceição evitaram 48 longos minutos de futebol trapalhão, desgarrado e sem nexo.
Siga a rusga que ninguém liga a nada disto. O plantel portista desta época é curto e algumas das opções de Sérgio Conceição - Óliver não joga quando a equipa mais precisa dele porquê? - tornam-no ainda mais curto mas a Deusa da Fortuna esta temporada parece estar do lado Futebol Clube do Porto e o resto é música.
O Futebol Clube do Porto que se exiba assim no próximo jogo com o Portimonense e depois lá vamos ter a velha história de que a Taça de Portugal não interessa para nada.
MVP (Most Valuable Player): Num jogo onde a equipa azul e branca esteve, no global, muito abaixo do desejado o MVP vai para direitinho para Vincent Aboubakar. Não pelo bonito golo que avançado camaronês marcou, mas sim pela capacidade de luta que este mostrou durante todo o jogo.
Chave do Jogo: Apareceu somente no minuto 90' do jogo (tal como no jogo anterior diante do RB Leipzig). Só a partir deste momento é que os comandados de Domingos deixaram de acreditar num possível empate embora na segunda parte até tenham feito por isto.
Arbitragem: Fábio Veríssimo igual a si mesmo. Não teve influência no resultado final da partida nem complicou, mas sempre que podia pactuava com o anti jogo da equipa da Cruz de Cristo.
Positivo: Ricardo Pereira (mais uma vez). Exibição impecável a que o internacional português levou a cabo no Estádio do Dragão. Desta vez esteve bem melhor a atacar do que a defender, o que é compreensível dado que o CF Os Belenenses não veio ao Dragão com grandes ideias ofensivas.
Negativo: Felipe. Longe, muito longe mesmo, do seu melhor. Desconcentrado q.b., Felipe foi o principal responsável por muitos dos lances de perigo da equipa azul do Restelo. Há dias assim. Felizmente do outro lado do campo a qualidade ofensiva não era grande coisa.
Unluckies (13日の金曜日 (アンラッキーズ) – One Piece
imagem retirada de zerozero
Cada vez mais tenho a ideia de que Sérgio Conceição é um treinador que aprende com os seus erros. É verdade que falamos de um Mister ainda em formação (especialmente na Europa do futebol), mas a verdade seja dita que Sérgio Conceição tem a humilde e proveitosa capacidade de saber aprender com os seus disparates.
Isto tudo porque a vitória caseira de hoje diante do RB Leipzig teve muito a ver com a forma realista com que o Futebol Clube do Porto entrou em campo. Claro que há que ser justo e dizer que houve muitos momentos em que a equipa portista teve aquela sorte (o ter marcado o golo inaugural da partida após a saída de Marega por lesão é um deles), mas a vitória de hoje por 3 bolas a 1 deveu-se, essencialmente, a uma espécie de descida à realidade por parte dos azuis e brancos. Dito de outra forma; para ter ganho hoje o Futebol Clube do Porto teve de fazer aquilo que as ditas equipas pequenas fazem quando defrontam uma equipa muito mais forte. Por seu turno os alemães do Leipzig caíram com relativa facilidade na armadilha portista devido à forma arrogante como encaram esta partida desde o primeiro segundo. Um outro aspecto muito importante - e que terá sido o mais importante nesta vitória azul e branca – é o aproveitamento quase a 100% dos lances de bola parada.
Graças a esta vitória e postura realista dos Dragões (na Europa não dá para se ser o “Grande”), o Futebol Clube do Porto depende só de si para passar à fase seguinte da prova. Um cenário que na minha modesta opinião nunca deixou de ser uma mais do que provável realidade, mas nada de embandeirar em arco. Ainda faltam dois jogos para terminar a fase de grupo da UEFA Champions League e tanto Mónaco como Beşiktaş não são “pera doce”.
Venha o CF Os Belenenses para se manter a liderança de uma Liga NOS que o VAR e “Padres” querem que seja competitiva até ao fim ou não tivesse o Sporting CP sido cirurgicamente beneficiado em determinadas jornadas. E nem é preciso relembrar o quão complicado vai ser ultrapassar as baixas Danilo Pereira (castigado) e Moussa Marega (lesionado).
MVP (Most Valuable Player): Jesús Corona. Simplesmente impecável e sempre, mas sempre, predisposto a dar tudo por tudo pela equipa portista. O mexicano jogou sempre para a equipa e procurou ser o mais prático possível diante uma equipa alemã que queria aproveitar o mínimo disparate para sair em velocidade para o contra ataque. Corona teve ainda tempo para (com um sucesso tremendo) ajudar um super concentrado Ricardo Pereira a fechar a faixa esquerda do ataque do Leipzig.
Chave do Jogo: Apareceu somente no minuto 90' do jogo. Foi nesta altura que Aboubakar isolou Maxi Pereira que marcou o terceiro golo portista que colocou um ponto final de uma partida onde o ascendente alemão foi notório.
Arbitragem: Arbitragem rigorosa, sem complicações, e bem nos lances de dúvida. Nota positiva.
Positivo: Ricardo Pereira. Exibição impecável a que o internacional português levou a cabo no Estádio do Dragão. A perigosa faixa esquerda atacante do RB Leipzig não funcionou, nunca, muito por culpa do excelente trabalho defensivo e ofensivo de Ricardo Pereira.
Negativo: Yacine Brahimi (mais uma vez). O argelino voltou a complicar em momentos chave da partida. Por vezes dar um simples toque para o lado é muito melhor do que ir para cima da defesa e perder a bola.