Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
i
magem retirada de zerozero
Começo por dizer que o resultado de 3 a 0 que o Futebol Clube do Porto conquistou no Estádio do Bessa é enganador. Muito enganador. “Estrelinha de campeão”, mas nem tanto pois os azuis e brancos tinham a obrigação de ter feito mais. Muito mais diante de um banal Boavista FC que na primeira parte teve várias oportunidades para inaugurar o marcador e se o tivesse feito, para além da justiça no marcador, teria complicado - e muito - a vida de Sérgio Conceição que durante muito tempo se viu completamente impotente para dar a volta ao rumo dos acontecimentos.
Claro que os portistas podem, e devem, fazer notar que não é fácil jogar-se futebol numa espécie de areal disfarçado de relvado. Assim como foi notória a vontade da equipa de arbitragem em provocar a expulsão de algum dos atletas azuis e brancos, mas isto não justifica o futebol medonho feito à base do repelão e do chutão para a frente que a equipa de Conceição apresentou até ao golo inaugural. Esperar 50 minutos por uma jogada colectiva com princípio, meio e fim da parte do Futebol Clube do Porto é inadmissível.
Felizmente a equipa axadrezada veio para a frente após o golo sofrido e o seu treinador (Jorge Simão) acabou por fazer o resto, cabendo ao FC Porto aproveitar-se disto. Mas não tivesse surgido aquele golo inaugural no minuto 50 da partida fruto da pura sorte e tenho as minhas dúvidas de que estaria aqui a dissecar – mais - uma vitória do Futebol Clube do Porto.
Mais duas notas sobre este jogo. Uma para dizer que Jesús Corona hoje esteve quase a reviver o mesmo triste cenário que viveu na época anterior e que o afastou dos relvados por muito tempo devido a uma entrada violenta de Talocha que o árbitro da altura não puniu devidamente. É nisto que dá nomear para os jogos do FC Porto árbitros “habilidosos” (já lá vamos). A segunda nota prende-se com o jogo da próxima quarta-feira. Sérgio Conceição que ponha os Dragões a jogar como hoje (repelão e do chutão para a frente) e depois não se queixe que o RB Leipzig lhe deu uma “banhada”.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Nem sempre da melhor forma e numa espécie de areal improvisado para a prática de futebol, o internacional maliano foi o que mais lutou pela vitória portista tendo sido premiado com um golo. Merecia ter marcado outro mas os postes da baliza do Boavista não o deixaram.
Chave do Jogo: Apareceu somente no minuto 80´ para resolver a questão a favor do Futebol Clube do Porto. È nesta altura que Marega marca o segundo golo dos azuis e brancos e “fere de morte” um Boavista FC que até ao momento vinha lutando como podia pelo resultado.
Arbitragem: Hugo Miguel e restante equipa de arbitragem pelo que fizeram hoje não deveriam, nunca mais, apitar seja que jogo for do Futebol Clube do Porto. Hugo Miguel tolerou o anti jogo da equipa do Bessa. Mostrou amarelos aos atletas do FC Porto por terem festejado os golos. Não viu a agressão bárbara a que Jesús Corona foi sujeito. Teve sempre uma espécie de diálogo pouco respeitoso e demorado com qualquer jogador de ambas as equipas não tolerando, fosse de forma fosse, qualquer tipo de discordância destes para com as suas decisões. Péssima arbitragem que – felizmente – não teve influência no resultado final.
Positivo: Felipe. Aguerrido e certeiro. È assim que se pode (e deve!) descrever a actuação do central brasileiro na partida e hoje. Felipe foi hoje aquilo que se pode apelidar de “patrão” da defesa (coisa que o Benfica não tem e gostaria de ter).
Negativo: Yacine Brahimi. Não obstante o golo que marcou, o argelino voltou a complicar em momentos chave da partida. Por vezes dar um simples toque para o lado é muito melhor do que ir para cima da defesa e perder a bola.