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imagem retirada de zerozero
Tendo estado no Estádio do Dragão a seguir in loco o FC Porto 5 x Portimonense SC 2 referente à 7.ª jornada da Liga NOS, na qualidade de adepto digo-vos que assisti um grande jogo de futebol. Daqueles jogos que fazem com que valha a pena ir ao futebol num dia da semana após mais uma cansativa jornada de trabalho. Mas isto é aquilo que sente o meu coração d e adepto. A razão faz-me ver as coisas de outra forma. O que a razão me diz é que este resultado é enganador. Profundamente enganador. E faço, desde já, os mais sinceros votos de que o Futebol Clube do Porto não jogue desta forma com o AS Mónaco e Sporting CP.
Claro que vencer é importante. Claro que marcar mais golos do que o adversário é - também – importante. Tanto uma coisa como a outra contribuem para o aumento da moral e fazem com que a tal de dinâmica de vitórias “carbure”. Mas (tem de haver sempre um mas), é preciso ser-se sincero e dizer-se que os três golos iniciais que o FC Porto marcou de rajada não foram inteiramente merecidos. A equipa algarvia estava a bater-se muito bem até ter sofrido três golos em cinco minutos. E a prova disto é que mesmo estando a perder por 3 a 0 esta não baixou os braços e marcou um golo. Golo este que enervou - de que maneira - os jogadores e adeptos portistas. E enervou porque (mais uma vez) a defesa azul e branca abriu um inadmissível buracão. E isto tanto no primeiro como no segundo golos do Portimonense. Fosse a equipa de Vítor Oliveira o Beşiktaş JK e lá teríamos o “mar azul” a vir para a Praça Pública com a desculpa esfarrapada do “plantel curto”.
Já aqui o disse (e não me canso de o repetir) que isto de se correr até cair para o lado é muito giro aos olhos do adepto, mas na prática nem sempre resulta. Tal pode até resultar contra equipas do estilo do Portimonense SC, mas diante de equipas de maior poderio é aquilo que já vimos contra a aqui referida equipa turca. Especialmente estando Danilo Pereira no estado lastimoso de forma em que está… Especialmente enquanto Brahimi e Corona não perceberem que também tem de vir defender para “fechar o corredor”.
Apesar de tudo pareceu-me já ter visto, aqui e acolá, algumas melhoras no estilo de jogo que Sérgio Conceição pretende implementa na equipa. Confesso que gosto de ver a equipa a construir jogo desde a defesa e a lançar bolas longas para o ataque por forma a aproveitar o adiantamento das linhas adversárias, mas há que saber gerir o esforço e procurar controlar a partida através da posse da bola. Repito; não é por se correr muito e marcar muitos golos que se ganha um jogo. Espero bem que Sérgio Conceição aproveite vitórias como a de hoje para melhorar o que tem de ser melhorado.
Uma última palavra para destacar a enorme qualidade do jogador Paulinho do Portimonense Sporting Clube. O médio brasileiro tem tudo para vir a ser um grande jogador. Técnica, força, velocidade e visão de jogo são as suas melhores caraterísticas. Vamos a ver como este vai evoluir ao longo da temporada, mas a continuar assim não me admiro mesmo nada que este acabe por se mudar para um equipa de média/grande dimensão.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Um “tanque” na frente de ataque portista que dá tudo o que tem e não tem até ao fim do jogo. Hoje Marega foi igual a si próprio e se hoje os azuis e brancos levaram de vencido a corajosa equipa do Portimonense foi muito por culpa do maliano que tudo fez para “degastar” a defesa algarvia.
Chave do Jogo: Inexistente. Não obstante o elevado score alcançado pelo Futebol Clube do Porto, a dúvida marcou quase sempre presença pois a defesa azul e branca não dava segurança nenhuma a ninguém e o Portimonense não desistiu nunca de lutar.
Arbitragem: Jogo tranquilo. Tirando um ou outro lance, Luís Ferreira e restante equipa de arbitragem realizaram uma boa arbitragem.
Positivo: Moral em alta. Vencer é importante, mas vencer de goleada e colocar pressão acrescida sobre Sporting CP e SL Benfica é ainda melhor.
Negativo: Danilo Pereira. Danilo está ainda longe (muito longe) do seu melhor. Num sistema tão vertiginoso como o de Sérgio Conceição tal é fatal.