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Sempre que me falam de eleições em Angola a primeira coisa que me vem à cabeça é por que carga de água Portugal é sempre tão subserviente para com um país cuja elite instrumentalizou a Democracia a seu favor. Será que tal resulta de um complexo de culpa por no passado Portugal se ter recusado teimosamente - à custa de muitas vidas humanas - em sair de um território que nunca foi seu senão pela força das armas? Se for esta a razão então tenho de dizer que nós, portugueses, somos todos idiotas ou então somos todos parvinhos. Isto porque se seguirmos tal lógica não faltarão complexos de culpa a um país sem vergonha alguma como a França que age como quer e onde quer sempre que os sues interesses estejam em cima da mesa. Claro que Portugal tem a sua quota-parte de culpa pela forma algo irresponsável como conduziu o processo de descolonização. E não, o facto de termos estado anos a fio debaixo de uma Ditadura não desculpabiliza tal facto, mas daí até darmos uma de “cristo” que carrega a cruz pela eternidade vai uma enorme distância.
Há que ser frontal e dizer aquilo que realmente é. Angola é - há já muito tempo - uma enorme Ditadura à moda soviética onde as elites militares tudo podem e mandem. Não entendo a dificuldade que a nossa Classe Política e Comunicação Social tem em afirmar tal. Menos percebo tal coisa quando vejo esta mesma Classe Política e Comunicação Social a referir-se, por exemplo, a Nicolás Maduro como o líder do “Regime”. Então em Angola José Eduardo dos Santos não é também líder de um “Regime”? Ou será que Angola é uma Ditadura diferente de todas as outras porque Portugal tem complexos de culpa para com este país africano?
O que tem José Eduardo dos Santos e a sua família de diferente na forma de estar e de actuar da família de Kim Jong-un? Não chateiam os Estados Unidos da América e como tal tem um tratamento mais “soft”?
O povo angolano não sofre tanto como qualquer outro povo sujeito aos desvarios do sei Ditador? Ou será que os angolanos são um caso à parte de tudo o resto? É verdade que em Angola se diz à boca cheia que o “angolano é forte”, mas porquê razão este não tem direito a que o Mundo exija para eles melhores condições de vida em todos os aspectos?
Tal forma de estar por parte de Portugal e de muitos portugueses com poder decisório (e não só) é estranho. Especialmente se tivermos em linha de conta que Angola é um país rico em minérios, agricultura e petróleo. Tal forma de estar tem um nome: hipocrisia! E desta já estou eu farto pois o Governo de Pedro Passos Coelho usou e abusou de tal coisa e o nosso pequeno país que acabou por ser ridicularizado internacionalmente com a entrada na CPLP de um país onde se fala espanhol por imposição de Angola e “amigos”.
Artigo publicado no site Repórter Sombra (21/08/2017)
imagem retirada e zerozero
Dos três jogos oficiais que vi o Futebol Clube do Porto disputar, este diante do Moreirense FC, foi o que mais me agradou. É um facto indesmentível que a equipa de Manuel Machado nada fez senão tentar o famoso “pontinho”, mas gostei imenso da forma como os azuis e brancos se comportaram numa partida onde estes eram super favoritos. Repito, o adversário de hoje pouco ou nada fez durante os 90 e poucos minutos da partida, mas confesso que fiquei satisfeito com a segurança de passe que a equipa portista mostrou.
Também gostei de ver a iniciativa de Sérgio Conceição de gerir – um pouco - o esforço dos seus comandados num dia de extremo calor. É também um facto que apenas se viu uma pequena mudança no onze inicial (Maxi no lugar de Ricardo), mas na segunda parte Conceição aproveitou a vantagem de dois golos para aprimorar algumas das alternativas ao seu já habitual 4x4x2. Não terá sido uma exibição brilhante a do seu 4x3x3 com Otávio no centro do campo com Marega no lugar de extremo e Aboubakar na posição de ponta de lança (a de Layún a extremo e Marega a ponta de lança foi o mesmo), mas é sempre importante que Sérgio vá melhorando as suas opções dado que na próxima jornada este FC Porto vai ter um verdadeiro teste de fogo em Braga.
Pouco mais há a dizer sobre um jogo que acabou por ser tranquilo por culpa de ambas as equipas. Apenas desejo que Vincent Aboubakar volte a ter um desempenho tão bom como o que teve hoje no Estádio do Dragão. È importante que o camaronês mantenha a confiança em alta e faça ouvidos moucos aos seus críticos pois, repito, a próxima jornada vai ser decisiva dado que o Futebol Clube do Porto terá de enfrentar um Sporting Clube de Braga em Braga que será, sem sombra de qualquer dúvida, apoiado pelo “polvo encarnado”. Convêm não esquecer a pouca vergonha a que todos assistimos em Braga na época passada. E já agora, esta jornada de Braga servirá também ela para se aferir da real valia de Sérgio Conceição enquanto treinador de uma equipa como o Futebol Clube do Porto.
MVP (Most Valuable Player): Vincent Aboubakar. Era impossível não colocar o ponta de lança do FC Porto como o MVP desta partida. A razão para tal? Simples! É que para além dos três golos que este marcou, Aboubakar trabalhou muito em todos os aspectos do jogo. Este foi sempre o primeiro a atacar e a defender. Um ponta de lança não “mede” somente pelos golos que marca. A manter e a melhorar Vincent III!
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 18´ para sentenciar a partida a favor do FC Porto. Isto porque foi nesta altura que Aboubakar marcou o golo inaugural da partida, “deitando por terra” toda a estratégia da equipa de Moreira de Cônegos que veio ao Porto com a clara e nítida ideia de levar um ponto da Invicta.
Arbitragem: Manuel Oliveira levou a cabo uma arbitragem tranquila. Tão tranquila que quase não se deu por ela e pelos sus colegas de equipa.
Positivo: Iker Casillas. É em jogos como este que se vê a qualidade de um Guarda-redes. Iker respondeu quase sempre bem ao que se lhe foi sendo exigido num jogo que o FC Porto dominou por completo
Negativo: Super Dragões. Sou o primeiro a admirar e a apoiar o trabalho desta claque do FC Porto, mas é mesmo necessário tantas bandeiras na bancada? É que tal torna impossível ao comum espectador ver o jogo