Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
imagem retirada de zerozero
Três temporadas depois o Futebol Clube do Porto voltou a ser feliz em Guimarães. Dito de outra forma; se Julen Lopetegui ainda treinasse a equipa azul e branca de certeza que o FC Porto teria empatado ou perdido.
O Vitória Sport Clube de Pedro Martins é uma equipa combativa. Tal foi bem visível na partida de hoje. Este Vitória só parou de dar tudo por tudo quando os dragões marcaram o segundo golo ao minuto 85´. O meio campo portista- hoje bastante reforçado e menos artístico – teve sempre muitas dificuldades em ter a posse da bola. Para mais esta aposta de Nuno Espírito Santo (NES) num meio campo reforçado fez com que a equipa portista estivesse algo “coxa” na hora de atacar dado que só tinha um extremo (Brahimi) do lado esquerdo… E foi precisamente por este flanco que surgiu o golo dos portistas! E logo numa altura em que tudo parecia muito equilibrado.
Como era esperado o Vitória reagiu. Deu luta. Muita luta e foi a partir deste momento que vi uma dupla de centrais e um Danilo Pereira imperiais. Num ou noutro lance Marcano dava mostras de alguma desconcentração. Iker Casillas ia fazendo o mesmo (especialmente nos lances de bola pelo ar). Mas os vitorianos não conseguiam chegar ao golo do empate. Especialmente na segunda parte onde a linha defensiva dos portistas teve de enfrentar uma forte pressão dos comandados de Pedro Martins.
Foi nesta altura de maior pressão que me passou pela cabeça a necessidade de se colocar Óliver Torres em campo. Não que André André tenha estado mal (este até que ajudou bastante Danilo), mas era importante dar uma outra “muleta” ao jogo ofensivo dos azuis e brancos dado que Héctor Herrera não conseguia fazer mais do que aquilo que ia fazendo num tom bastante razoável. Contudo NES optou por fazer entrar Diogo Jota para o lugar de Brahimi e só mais tarde (ao minuto 82') é que fez entrar Óliver em campo Coincidência – ou não – pouco depois Alex Telles aproveita uma desconcentração colectiva da equipa de Guimarães para passar a bola a Jota que marca o segundo golo do FC Porto. NES ganhou a aposta e a dura batalha de Guimarães.
Tiquinho Soares continua a “facturar”. Desta vez marcou um golo à ponta de lança (cheio de instinto). Vamos a ver se as boas prestações de Soares se mantêm, se bem que fica cada vez mais demonstrado que é mais proveitoso apostar na “matéria-prima” que existe na nossa Liga NOS em detrimento das loucuras galácticas dos tempos de Lopetegui.
MVP (Most Valuable Player): Danilo Pereira. Um “patrão” no meio campo portista tanto a defender como a atacar. Danilo comandou um meio campo portista que teve de lutar – e muito – com um meio campo vitoriano que só se “rendeu” após o segundo golo dos azuis e brancos. Excelente no apoio defensivo, Danilo foi a razão pela qual o Vitória Sport Clube não conseguiu empatar na altura em que esteve por cima no jogo.
Chave do Jogo: Chegou tarde para resolver a contenda a favor do Futebol Clube do Porto. No minuto 85´ Alex Telles aproveita um erro de Douglas para assistir Diogo Jota que marca o segundo golo e sentencia a partida. Até esta altura o equilíbrio foi a nota dominante com momentos de maior pressão de parte a parte.
Arbitragem: Carlos Xistra é o típico árbitro português. Sempre muito interessado em prejudicar o Futebol Clube do Porto marcando tudo quanto era fita e fitinha da parte dos atletas do Vitória com o objectivo de “quebrar” o ritmo do futebol portista. Creio que na 1.ª parte ficou por marcar uma Grande Penalidade a favor do FC Porto dado que um jogador vitoriano domina a bola com a mão na grande área da sua equipa (a confirmar) e este terá sido o maior erro de Carlos Xistra. Não houve “Xistrema” em Guimarães mas não se pode dizer que ´árbitro tenha estado bem.
Positivo: Nuno Espírito Santo (NES). Apostou num onze com um meio campo reforçado em detrimento do ataque, mas a sua aposta revelou-se certeira e é muito por sua culpa que o Futebol Clube do Porto continua na corrida pelo título de campeão.
Negativo: Sapiência futebolística. Até que compreendo que haja um ou outro portista que não goste de Nuno Espírito Santo (NES), mas começar a criticar NES e as suas opções mal o jogo começa é de bradar aos céus e revelador de um tremendo mau carácter.