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Assim não vale a pena

por Pedro Silva, em 07.01.17

imgS620I187567T20170107222252.jpg 

imagem retirada de zerozero

 

Após a derrota do Futebol Clube do Porto em casa do Moreirense escrevi o seguinte:

 

Eu continuo a defender que a prestação do FC Porto nesta tal de “Taça” não interessa para nada, mas era escusado ter-se aumentado a pressão a que os azuis e brancos vão ser submetidos em Paços de Ferreira. Para além de que era sempre importante manter e melhorar a sempre importante “dinâmica de vitória”.

 

in Tinha de correr mal (II)

 

E foi exactamente por causa disto que os azuis e brancos empataram a zero bolas em Paços de Ferreira.

 

E tirem o cavalinho da chuva, pois este empate não tem nada a ver com a ausência de Yacine Brahimi (parem lá com esta treta do Messias). O que impediu a vitória portista no jogo de hoje foi precisamente a enorme pressão a que o FC Porto se submeteu por força dos dois maus resultados anteriores onde os dragões praticaram um futebol medonho (com más arbitragens à mistura). Acrescente-se que tanto num jogo (Feirense no Dragão) como no outro (Moreirense em Moreira de Cônegos) Yacine Brahimi foi titular.

 

O Futebol Clube do Porto de hoje até que não jogou mal. Dominou a partida diante de um Paços de Ferreira que esteve sempre muito mais interessado em segurar o empate do que em jogar o seu futebol. Até Héctor Herrera fez um jogo muito razoável (coisa rara!). Mas o bom futebol da equipa de Nuno Espírito Santo (NES) esbarrou sempre de caras com uma ineficácia ofensiva tremenda. Havia sempre da parte dos atletas do FC Porto um enorme nervosismo na hora de empurrar a bola para a baliza de Defendi. E quando não eram os nervos, era o Guardião brasileiro que estava naquele dia em que tudo defende (mesmo sem saber como).
 
A juntar a tudo isto tivemos a já habitual inoperacionalidade de NES para dar a volta ao que está a suceder em campo. Por um lado não o critico porque o actual plantel do FC Porto é desequilibrado e muito limitado, mas por outro tenho de o criticar pois já chateia estar sempre aqui a falar na enorme falta de capacidade da equipa em aproveitar um único pontapé de canto…
 
Em suma; assim não vale a pena estar a chamar a atenção para o óbvio. É verdade que os azuis e brancos tem razões válidas para se queixar da arbitragem, mas não é menos verdade que muitas vezes a equipa perde pontos por culpa própria.

 

MVP (Most Valuable Player): Diogo Jota. Em noite não da equipa portista Diogo Jota foi quem mais procurou remar contra a maré. Lutou, driblou, fintou, correu, assistiu e tentou o golo por mais do que uma vez. Grande exibição. Só faltou o golo.

 

Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse pender a vitória para o seu lado.

 

Arbitragem: Não se pode dizer que Artur Soares Dias tenha feito uma boa arbitragem. Este tentou gerir o jogo procurando ser comedido na amostragem dos cartões mas cedo se veio a arrepender deste seu gesto pois acabou a pactuar com o futebol violento que vinha sendo praticado (cada vez com maior intensidade) por parte dos jogadores pacenses. Também esteve mal ao não ter marcado uma grande penalidade a favor do Paços após acção faltosa de Alex Telles na grande área portista. Concluindo; Artur Soares Dias e a sua equipa de arbitragem acabaram por ter influência directa no resultado final da partida. Má arbitragem.

 

Positivo: O bom futebol do FC Porto. Domínio total do jogo, posse da bola, pressão sobre o adversário, jogadas colectivas, procura de espaços, etc. O mínimo que se pode exigir a uma equipa que luta pelo título. Só faltou o golo.

 

Negativo: Jesús Corona. O mexicano já deu mostras de que tanto é capaz do melhor como do pior. Hoje, para mal do FC Porto, esteve no seu pior. Este só não tem a titularidade em risco devido à escassez de soluções no plantel.

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publicado às 23:30


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