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imagem retirada de zerozero
Não pretendo alongar-me muito sobre o que se passou hoje no Restelo. E não o quero fazer porque é - mais uma vez - mais do mesmo. Os mesmos problemas, a mesma táctica, a mesma falta de capacidade, a mesma falta de eficácia e mesma falta de sorte (a sorte também faz parte do jogo).
Sinceramente já não sei que mais dizer sobre o actual Futebol Clube do Porto. A equipa azul e branca até que joga bem. Precisa de uma parte inteira para poder expressar o seu futebol (é um facto), mas é sempre notória uma grande vontade de fazer o melhor. E quando os onze jogadores escolhidos por Nuno começam a jogar a bola como deve ser, o adversário passa por momentos complicados. Só que… Só que depois nesta altura aparece a ineficácia, a falta de sorte e a pressão de um tempo que se escoa muito rapidamente.
Olhando para o actual estado de coisas não é difícil apontar os problemas e soluções. Melhorar a falta de eficácia dos Dragões nos lances de bola parada. Maior velocidade de execução nas transições defesa-ataque. Melhorar a dinâmica do meio campo para que este não tenha de estar tão recuado no campo. Procurar evitar que um só jogador da equipa contrária consiga espalhar o pânico na defesa do Futebol Clube do Porto. Evitar-se jogar em tabelas quando a defesa adversária está toda concentrada em frente à sua grande área. Procurar o remate de longe por forma a “abrir” uma defesa compactada diante do guarda-redes da equipa adversária. Etc.
A questão que coloco é se Nuno Espírito Santo e o plantel que tem à sua disposição conseguirão dar a volta a estes problemas em tempo útil. E coloco esta questão à frente de todas as outras porque não é razoável começar-se a fazer pressão para se iniciar a “dança de treinadores” antes de a época terminar. Isto está complicado, mas o “comboio já está em andamento” e não se pode andar época atrás de época a saltar do dito. NES é para ir até ao fim da época. Isto a não ser que seja notório um claro divórcio entre os jogadores e treinador.
Convêm que – não obstante os problemas que já aqui apontei - tenhamos memória e nos recordemos que pelo Futebol Clube do Porto já passaram treinadores mal-amados que no final da época calaram muito boa gente. Assim de repente lembro-me de Jesualdo Ferreira e Vítor Pereira.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum alguma das equipas teve um lance que fizesse pender o desfecho da partida para o seu lado.
Arbitragem: Fraco. Muito fraco. Aos 40 minutos Manuel Oliveira livrou Abel Camará da expulsão depois do avançado luso-guineense ter encostado a cabeça ao central brasileiro Felipe. Num relvado deveras complicado devido à chuva constante o árbitro optou por um critério largo, acabando por tolerar muitas das entradas duras dos atletas da equipa da Cruz de Cristo.
Positivo: Iker Casillas. Crucial na fase final do jogo. Especialmente na altura em que o FC Porto perdeu por completo o sentido do jogo.
Negativo: Incapacidade do ataque azul e branco. Não é com tabelas e jogadas lentas que se marcam golos a uma equipa como CF Os Belenenses.