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imagem retirada de zerozero
3 pontos, acesso à Liga Europa assegurado, 2.º lugar do grupo conquistado e sérias possibilidades de terminar esta fase na primeira posição. Nada mau para um Futebol Clube do Porto que hoje soube ser pragmático (com tudo o que de mau e bom tal possa significar). Digam o que disserem, prefiro mil vezes vencer desta forma do que andar a festejar derrotas e a dissecar vitórias morais como os “comentadores” tem feito em quase todos os jogos do Sporting Clube de Portugal na actual edição da Liga dos Campeões.
Nuno Espírito Santo (NES) promoveu hoje uma das duas alterações que considero serem fundamentais para a melhoria do actual estado do FC Porto. Bem sei que o sistema de jogo que NES tem procurado implementar exige que os seus defesas laterais sejam muito ofensivos (é por eles que passa quase todo o jogo ofensivo da equipa), mas há que manter um certo equilíbrio na linha defensiva que com dois laterais muito ofensivos não é possível. Para mais Layún já vinha demonstrando que não estava a ser muito feliz na hora de defender… Maxi pode não atacar tão bem como Layún, mas tê-lo colocado no onze inicial foi um importante upgrade para a defesa portista e hoje bem que deu jeito este upgrade.
Ainda sobre a defesa do FC Porto há que dizer que Iker Casillas esteve “enorme” na baliza. Tenho criticado Iker pelo facto de este revelar alguma fraqueza nas bolas pelo ar, mas a verdade seja dita que o guardião espanhol tem vindo a melhorar este aspecto. Ora se juntarmos isto ao facto de Casillas ser - hoje em dia - um dos melhores do mundo entre postes eis que temos um “muro” na baliza portista que é quase intransponível. Vamos a ver se Iker mantêm este excelente desempenho ou se estamos somente perante mais um “fogacho”.
Mas nem tudo correu pelo melhor.
É verdade que a defesa esteve muito bem, já o ataque esteve muito mal. A “máquina” ofensiva azul e branca demora muito a entrar em campo e para isto muito contribui um meio campo que joga muito recuado e com menos um (Héctor Herrera). Não sei o que se passa com André André, mas não percebo porque tem Óliver de fazer tudo e mais alguma coisa no meio campo dado que não pode contar com Danilo Pereira porque este está (incompreensivelmente) recuado a recuperar bolas. Se Oliver tivesse estado hoje como esteve em Setúbal e se calhar não estaria aqui a dissecar uma vitória. Apesar de tudo saúda-se a tentativa de regressar ao futebol de transições rápidas em detrimento do “passeia a bola devagar, devagarinho por todo o campo” mas é ainda notório o longo caminho que o Futebol Clube do Porto tem de percorrer até poder apre4senta5r um contra ataque mortífero. Há ainda que limar muitas arestas para que não tenhamos um ou dois jogadores do FC Porto completamente sós contra quatro ou cinco atletas da equipa adversária.
E já que estamos a falar do “menos bom” desta partida, que ideia é esta de querer sair com a bola dominada desde a baliza quando se tem os médios e avançados do Brugge a pressionar e não existem linhas de passe? Pois é Danilo e Iker. Pois é…
Chave do Jogo: Dizer que este jogo teve um lance que o decidiu a favor de uma das equipas é – a meu ver - “forçar a barra”, mas acho que a grande defesa de Iker no minuto 85 fez com que o FC Porto despertasse de uma inexplicável sonolência que lhe poderia ter custado os três pontos.
Arbitragem: Undiano Mallenco e a sua equipa de arbitragem estiveram mal neste jogo. Undiano Mallenco foi deficiente na condução da partida e hesitante nas decisões. Decidiu mal dois lances capitais nas duas áreas: primeiro, numa mão de Otávio e depois numa obstrução a André Silva.
Positivo: Marcano. Mais uma grande exibição do central espanhol. Comandou muito bem a defesa portista e esteve sempre muito “certinho” na hora de cortar os lances de perigo da equipa belga.
Negativo: Héctor Herrera. Herrera é um bom moço, trabalha e esforça-se em prol da equipa mas não dá mais do que isto. Passes errados e disparates atrás de disparates. Porquê a insistência NES?