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imagem retirada de zerozero
Nuno Espírito Santo (NES) tinha afirmado na antevisão do FC Porto x FC Arouca que queria fazer do Estádio do Dragão a fortaleza do Futebol Clube do Porto. Ora pelo que assisti hoje esta fortaleza parece estar mesmo de regresso depois de ter sido completamente destruída por Julen Lopetegui e José Peseiro. A verdade seja dita que hoje o Arouca não jogou absolutamente nada por culpa - quase que por inteira - dos atletas azuis e brancos.
Confesso que fiquei um tudo ou nada preocupado quando entrei no Estádio e vi qual seria o onze inicial do FC Porto pois NES tinha optado por regressar ao “velho” 4x3x3 fazendo entrar Jesús Corona para o lugar de Otávio. Dizia eu para mim mesmo que tal era mais uma consequência do que aconteceu em Brugge onde o 4x4x2 demonstrou ter sido uma péssima aposta do que propiamente uma necessidade técnico táctica para enfrentar o FC Arouca.
Felizmente os primeiros minutos de jogo mostraram que eu não tinha muita razão para criticar NES pela opção pois o Dragão entrou forte e dominador! Só não começou a vencer aos primeiros minutos da partida porque o poste da baliza de Bracali assim não o quis, mas Jesús Corona bem que me5recia o golo após o enorme trabalho ofensivo que realizou neste lance.
Estava dado o mote para este jogo. O FC Arouca a defender com todos os seus jogadores em campo e o FC Porto a atacar com cabeça, tronco e membros (coisa rara de há uns anos para cá). O FC Porto nem pareceu uma equipa – ainda - em construção. É um facto que o Arouca terá exagerado na sua mentalidade defensiva, mas há que dar mérito aos Dragões por terem sabido atacar e defender com inteligência e eficácia. O Arouca ia à frente sempre que podia, mas quando o fazia “esbarrava” numa dupla de centrais de nome Felipe e Marcano que faziam aquilo que se exige a uma dupla de centrais: cortar a jogada e não complicar (postura a mentar sff). Iker Casillas foi mais um espectador do que o guardião do FC Porto pois eram raras (raíssi9mas) as vezes em que a equipa arouquense chegava com perigo à baliza azul e branca.
Em suma; o Futebol Clube Porto soube aproveitar um Arouca que veio à “fortaleza” do Dragão “jogar para o pontinho”. Mérito seja dado a NES por ter sabido explorar tal factor, mas há que aguardar pelos próximos jogos para que tenhamos a certeza de que o que se passou hoje não foi um fogacho. Tenhamos em linha de conta que hoje até Héctor Herrera pode jogar mais ou menos bem(!), o que evidencia a pobreza franciscana do jogo que o FC Arouca levou a cabo na invicta cidade do Porto.
Uma palavrinha final para Brahimi. Confesso que sou um grande admirador das qualidades futebolísticas do argelino, mas começa a ser mais do que tempo de Brahimi perceber que futebol não é só fintas e mais fintas sobre si mesmo. Saber fintar o adversário e passar a bola no momento certo é algo que se exige a um jogador de classe mundial. Brahimi é um destes jogadores. Só lhe falta saber qual o timming certo para passar a bola em veza de andar às voltas sobre si mesmo com a bola no pé.
Chave do Jogo: Inexistente. O jogo foi praticamente controlado pelo Futebol Clube do Porto.
Arbitragem: Nota positiva. Manuel Mota e a sua equipa de arbitragem não complicaram um jogo que nunca foi complicado de se arbitrar.
Positivo: André Silva. Um ponta de lança como poucos. André Silva pode ser ainda um “miúdo” mas já se comporta como gente graúda. Excelente no posicionamento e nas desmarcações. André Silva é um “clone” do saudoso Fernando Gomes. Tivesse o moço sido formado numa certa Academia e o que já não se dizia sobre ele.
Negativo: Jesús Corona. O mexicano até que entrou bem e fez por ser a principal figura da partida, mas rapidamente “se eclipsou” e acabou por desparecer por completo. Exigia-se mais a um atleta que ainda esta semana mostrou que sabe jogar muito e bem.