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“Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”. O famoso brocado português aplica-se na perfeição ao que sucedeu hoje à nossa selecção olímpica de futebol. Já venho dizendo há algum tempo que os comandados de Rui Jorge andavam a confiar em demasia nas boas graças da Deusa da Fortuna. Também aqui o disse – e por mais do que uma vez – que esta mesma Deusa tanto está com Portugal como pode de repente mudar de ideias e bafejar a equipa adversária. Ante a Alemanha os lusos voltaram a confiar na sorte e o resultado foi o que se viu: goleada e derrota!
Tudo isto para dizer que o jogo não necessita de grandes comentários. A defesa portuguesa jogou sempre no risco (desnecessário) dado que os laterais não existiam e eram facilmente batidos em velocidade e os centrais tanto faziam algo de extraordinário como de repente faziam disparates que nem aos iniciados se perdoam. O meio campo luso meteu folga para gozar o fim-de-semana prolongado e o ataque bem que tentava mas isto de ter dois avançados velozes e franzinos a tentar derrubar uma defesa de alemães altos e fortes tem que se lhe diga…
Não admira, portanto, a derrota portuguesa nos quartos-de-final do torneio olímpico de futebol masculino. E não estivesse Bruno Varela num dia sim e a goleada germânica poderia ter tido números bem mais expressivos. Enfim, foi o possível numa competição curtíssima em termos de calendário que exigia da parte da nossa Selecção uma outra atitude e – já agora – um melhor plantel. Aspectos a rever nos Jogos Olímpicos do Japão em 2020 (se Portugal lá chegar, pois claro).
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 45´+1 para resolver a contenda a favor da equipa alemã. O primeiro golo dos germânicos fez com que toda a estratégia portuguesa ruísse como um baralho de cartas. A partir daí Portugal perdeu toda a capacidade que tinha para reagir à adversidade.
Positivo: Bruno Varela. O Guarda-redes português foi o único que tentou dar o seu melhor e foi muito por sua causa que a “vingança” germânica não foi mais expressiva.
Negativo: Passividade portuguesa. Equipa que queira lutar pela conquista de um título tem de ser muito mais agressiva do que aquilo que Portugal mostrou no torneio olímpico de futebol masculino.