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Numa partida bem mais a sério do que as anteriores a primeira conclusão que retiro da prestação do Futebol Clube do Porto é a de que as coisas parecem estar a melhorar bastante. Mobilidade (muita mobilidade) e pressão alta são dois dos “ingredientes” deste “novo” Porto dos quais gostei bastante de ver. Finalmente o FC Porto tenta jogar na antecipação e não na tal espera de que Julen Lopetegui tanto gostava. Espero que esta forma de estar em campo se mantenha nos jogos oficiais seja quem for o adversário que esteja do outro lado do campo.
Conforta-me saber que este Dragão de Nuno Espirito Santo tem uma ideia de jogo e que a tenta aplicar nos jogos que realiza. É verdade que neste momento é ainda tudo um esboço daquilo que só veremos na perfeição lá para Novembro, mas conforta-me saber que este Porto está – finalmente – a tentar regressar aquilo que foi o futebol do Futebol Clube do Porto de AVB.
Também gostei muito de ver a actuação de José Sá. Seguríssimo na baliza Azul e Branca tanto entre os postes como fora deles. Quase que se me atrevo a dizer que os centrais não fizeram os habituais disparates por causa da segurança e tremenda confiança que Sá lhes transmitiu neste jogo ante o Vitória Sport Clube. Iker Casillas não entrou neste jogo, o que poderá querer dizer que Sá será o dono da baliza do Dragão na próxima época. Uma boa notícia - a meu ver -dado que o que o FC Porto precisa de um Guardião e não de uma estrela cadente.
Pela positiva destaco também a execução defensiva de Alex Telles que teve duas intervenções in extremis que evitaram o golo dos Vitorianos. É natural que o brasileiro tenha ainda algumas dificuldades em se “encaixar” no estilo de jogo exigido por Nuno, mas algo me diz que este atleta ainda vai dar muitas alegrias aos Portistas. O mesmo posso dizer de André Silva que cada vez mais se afirma como o homem golo da equipa. Contudo há que dar tempo e espaço de manobra a ambos (assim como a Felipe, central recém chegado do Brasil).
E já que falo aqui de espaço de manobra, espero que desta vez Ádrian López tenha o espaço de manobra que não teve com Julen Lopetegui. O treinador espanhol nunca percebeu (ou não quis perceber) que o melhor de Ádrian “vem ao de cima” quando este joga no apoio ao ponta de lança e nunca como extremo ou ponta de lança. Ádrian mostrou no jogo de hoje que é um exímio cabeceador e tal pode muito bem vir a ser uma excelente solução para os jogos onde as coisas estejam mais complicadas para os Dragões. Ádrian manter se o jogador continuar a mostrar vontade de trabalhar e evoluir.
Quanto ao resto uma última palavra de destaque para Otávio. Mais uma vez o “menino” voltou a espalhar magia no relvado com as suas diagonais e passes perfeitos para André Silva que não os desperdiçou. Uma tremenda lição para Brahimi que parece ter entrado numa de “Prima-dona”.
Em suma; o Futebol Clube do Porto mostrou hoje que parece estar a melhorar bastante. Mas é ainda prematuro dizer-se que este Futebol Clube do Porto está pronto para jogar com o Rio Ave FC e vencer. Até à jornada inaugural da Liga NOS ainda muito se vai passar, pelo que até lá vamos indo e vamos vendo se bem que não deixa de ser agradável a forma como este FC Porto “despachou” o Vitória SC de Pedro Martins.
Chave do Jogo: Apareceu ao minuto 32´, altura em que André Silva marcou o segundo golo Portista e resolveu a contenda a favor dos Dragões. A partir daí o Vitória “desapareceu” do jogo e os Portistas controlaram o jogo ao seu bel-prazer.
Positivo. Colectivo. O jogo colectivo, agradável e muito móvel do Futebol Clube do Porto do jogo de hoje é algo que faz as delícias de qualquer adepto. A manter Nuno!
Negativo: Equipa de arbitragem. Bem sei que se tratava de um jogo particular, mas exigia-se um árbitro ao nível das equipas e não um qualquer amador que nem respeito soube impor.