Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
imagem de zerozero
Embora não tenha visto o PSV Eindhoven 3 x FC Porto 0 a primeira coisa que me saltou à vista é que uma derrota é sempre uma derrota. Sejam jogos de preparação ou não vencer é sempre importante até porque as vitórias ajudam a que se colmatem, lacunas antigas (já vamos a elas) que este Dragão teima em não querer esquecer. Nuno Espírito Santo deveria saber bem disto e muitos dos seus actuais Atletas também, mas pelos vistos “comeram queijo” e encolheram os ombros após terem perdido com o PSV. É bom que isto mude não obstante eu até entender esta forma de esta porque a Temporada que está prestes a começar é mais do que decisiva… Adiante.
Quanto ao jogo em si, os Azuis e Brancos entraram bem e dominaram o jogo, mas só o fizeram até ao momento em que a velha lacuna de que meio campo não defende ter “vindo ao de cima”. É verdade que Felipe não esteve nada bem no primeiro golo dos holandeses, mas é também verdade que o meio campo Portista ficou a “ver a banda a passar” sem ter esboçado o mais pequeno esforço de pressionar o portador da bola. Um problema made in Julen Lopetegui que Nuno parece estar a ter dificuldade em fazer com que desapareça de vez. No terceiro golo do PSV aconteceu exactamente a mesma coisa, mas desta vez não estava lá o Felipe para “levar com as culpas”.
O Futebol Clube do Porto não jogou mal. Deu a devida resposta a uma equipa que já está bem mais adiantada na sua preparação, mas é também verdade que a resposta que os Dragões foram dando era um tudo ou nada consentida pelo seu adversário. Tivessem os Portistas aproveitado uma das muitas oportunidades de golo que a frágil defesa dos holandeses ia oferecendo e “o galo cantaria de outra forma”. Mas tirando André Silva - mais uma vez ele -, poucos era os Atletas do Ninho do Dragão dispostos a dar luta e a mostrar alguma eficácia na hora de rematar à baliza. Ora era o vento, ora o Guardião adversário, ora a mira desafinada, etc… Nada fazia com que o FC Porto metesse a bola na baliza do PSV não obstante este apresentar jogadas muito bonitas de envolvimento. Mais uma lacuna made in Julen Lopetegui que Nuno está a ter dificuldade em colocar um ponto final.
Mas nem tudo foi mau. Octávio tem mostrado serviço. Varela está a aproveitar a oportunidade para mostrar que podem contar com ele seja em que posição for. A equipa Portista tem tentado jogar com as suas linhas mais próximas (tenta funcionar como um bloco nos variados momentos de jogo). Os contra ataques – mesmo que ainda muito tímidos – começam a ser uma realidade. Joga-se em posse mas já nãos e anda com a bola para trás e para os lados. Varia-se o flanco de jogo sempre que é necessário encontrar o caminho da baliza adversária.
Em suma; depois de ter visto este jogo fico com a clara ideia de que existem sinais positivos, mas também existem muitos outros problemas que tem de ser resolvidos.
E já agora uma nota. Desde quando é que perder por três a zero é considerado uma “goleada”? Este Jornalismo tendencioso… Lá porque o Sporting sofreu uma “goleada” no verdadeiro sentido do termo diante deste mesmo PSV não quer dizer que todos tenham de “sofrer goleadas” só para agradar a certos “Gregos”.
Chave do Jogo: Partilho da mesma opinião que o Jornalista do zerozero que escreveu o seguinte: O auto-golo de Felipe deu uma tranquilidade ao PSV que nunca mais foi beliscada pelo FC Porto. O erro acontece, mas marcou a partida dos dragões, numa altura em que a equipa tentava reagir ao primeiro golo.
Positivo: André Silva, Octávio e Varela. Mais uma vez estes três Atletas mostraram a Nuno que pode contar com eles para a Temporada que se avizinha.
Negativo: A “normalidade da derrota”. Estamos na pré temporada, mas daí até se aceitar esta derrota como uma “fatalidade natural” vai uma tremenda distância.