o gato no telhado

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Do primeiro jogo de preparação do Futebol Clube do Porto que pude acompanhar fico com a sensação de que há ainda muito para se fazer. Não que os Dragões tenham jogado mal durante os 90 e poucos minutos do jogo, mas sim porque a equipa Portista mostrou duas facetas completamente distintas. Uma relativamente má e outra mais agradável para o público. Vamos pro partes.

Na primeira parte Nuno apostou num sistema de 2 avançados onde André Silva tinha como sua principal função apoiar um Aboubakar que se esforça muito mas que rende muito puco (um pouco à imagem daquilo que fez na época anterior). A outra função de André Silva foi a de fazer de conta que era um extremo direito (algo que é contra natura). Na ala esquerda do ataque Brahimi mostrou – mais uma vez – que está a fazer um grande favor aos Dragões sempre que tem de entrar em campo. No meio campo Herrera fez o mesmo que Aboubakar; ou seja; correu muito, lutou muito mas retirar algo de jeito desta sua prestação “vai no Batalha” (como se diz cá pelo Porto) e o mesmo se aplica a Josué. Na linha defensiva que era quase a mesma que terminou a temporada anterior, Felipe destacou-se pelo seu bom jogo e os demais deram boa conta de si sem no entanto terem deslumbrado.

Em suma; não foi de admirar que na primeira parte os Azuis e Brancos se tenham apanhado a perder. Com um meio campo desordenado que não sabe que tem de vir defender sempre que o adversário ataca não deixa de ser normal que a equipa adversaria, mesmo sendo frágil, marque golo. A juntar a isto tivemos um maio campo Azul e Branco tão desconcertado e desordenado que muitas vezes a defesa Portista se via obrigada a efectuar passes compridos para o ataque na vã esperança de que os atacantes tivessem um rasgo individual. Tudo aspectos que já vem dos tempos de Julen Lopetegui e que tiveram continuidade com José Peseiro. Espero que estas tenham um fim com Nuno e com as mais do que necessárias saídas de Brahimi e Herrera. Não obstante a má primeira parte os Dragões chegaram ao intervalo empatados a uma bola, fruto de um golo de Ma5rcano que aproveitou muito bem a marcação de um pontapé de canto. Mas não deixava – nunca – de ser um péssimo resultado.

Na segunda parte Nuno procedeu a algumas alterações no meio campo Portista e colocou André Silva na sua posição natural: ponta de lança. Rapidamente o Futebol Clube do Porto mostrou outra fibra e dinâmica. O golo de André Silva a abrir a segunda parte é disto bem elucidativo e até que foi interessante ver um ataque Portista “vagabundo” com Hernâni e Octávio. E também gostei de ver varela na posição de defesa direito, uma posição mais condizente com o seu actual estado dado que a idade é uma Tirana que não perdoa.

Da segunda parte só não gostei da exibição de Quintero que falhou uma Grande Penalidade e voltou a mostrar – mais uma vez - falta de empenho em campo… Começa a ser um sério problema.

Em suma; não foi uma boa exibição mas antes uma partida onde se viram dois sistemas de jogo completamente diferentes e que deu para perceber quem pode e quer estar no Futebol Clube do Porto. Para primeiro esboço não está mau mas, repito, o Nuno tem muito trabalho pela frente.

Chave do Jogo: Apareceu ao minuto 64´, altura em que André Silva marcou o tento da vitória Portista. Depois começou a necessária rotação de Jogadores com os Dragões a tomarem por completo conta da partida.

Positivo: And4re´silva. Um ponta de lança nato. Com um sentido de baliza apurado e uma capacidade de trabalho únicos. Um exemplo que deveria ser seguido por muitos dos actuais Jogadores do FC Porto.

Negativo: Brahimi, Herrera, Aboubakar e Quintero. Quem tem oportunidade para mostrar o que vale e demonstra não ter qualidade nem vontade para estar no plantel de Nuno Espírito Santo deve fazer as malas e seguir para outras paragens. É o caso destes 4 atletas que estiveram muito mal na partida de hoje.