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Começo por dizer que acho ridículo isto de se marcar um jogo da nossa Liga NOS para as 11h45 de um sábado. E digo tal coisa pelas mais variadas razões. A primeira é a de que não estamos em Inglaterra onde a noite tem o hábito de marcar presença a partir das 15h, segundo cá por Portugal há quem trabalhe e precise das manhãs de sábado para descansar e terceiro tal esplendorosa iniciativa da Liga Portuguesa de Futebol Profissional poderá ser do agrado dos Asiáticos (tenho dúvidas) mas irá fazer com que os Estádios de futebol em Portugal fiquem - ainda mais - vazios. Em Espanha também tentaram este modelo mas acabaram por o abandonar porque por lá o adepto merece respeito e como tal a maioria dos jogos de La Liga disputam-se entre as 15H e as 18H do fim-de-semana (e não é por isto que o mercado Asiático deixou de acompanhar o futebol de Nuestros Hermanos). No fundo e no cabo isto é o reflexo do velho problema dos Tugas: importar o “lixo “ dos outros. Adiante.
Relativamente ao jogo (aquilo que realmente interessa neste momento) digo-vos que aquilo que se viu no Dragão não é como o algodão. O resultado final engana! E muito! È que os Dragões não fizeram um jogo que justificasse uma vitória “gorda” ante os Axadrezados. O que aconteceu foi somente a natural imposição da “lei do mais forte” até porque em termos de jogo jogado o Boavista foi, de longe, a melhor equipa em campo dado que o Futebol Clube do Porto cada vez mais parece uma equipa onde a única filosofia de jogo é bola para a frente que o jogo é do campeonato.
E preocupa-me a forma como este Futebol Clube do Porto joga. Confesso que não era um grande simpatizante de Julen Lopetegui mas com este a equipa Azul e Branca tinha uma linha de jogo (pecava por ser sempre a mesma fosse qual fosse o resultado) mas com José Peseiro não existe linha alguma. Não existe absolutamente nada. Os sectores não se coordenam entre si e o jogo actual dos Dragões é basicamente “cada um por si” e alguém que resolva. Apenas Sérgio Oliveira, Herrera (quando não é pressionado pelo adversário) e Rúben Neves é que ainda tentam fazer uma espécie de “colagem” entre os vários sectores da equipa. E nem sempre são bem-sucedidos nesta “missão impossível”.
Em suma; o Futebol Clube do Porto não está bem e chega muito mal à Final do Jamor. Se a forma como está a jogar vai ser suficiente para derrotar o SC Braga de Paulo Fonseca? Não creio que o seja, mas a verdade é que o Braga está neste momento num profundo decréscimo de forma. Vamos a ver… O que eu espero não ver na próxima época é José Peseiro sentado no banco do FC Porto pois quem em quase 6 meses de trabalho não consegue apresentar uma filosofia de jogo não serve, obviamente, para comandar o Futebol Clube do Porto.
Chave do Jogo: Apareceu ao 56´ do jogo. Foi nesta altura que os Portistas alcançaram o segundo golo que particamente sentenciou um bravo Boavista que vinha a dificultar, e muito, o trabalho dos Azuis e Brancos que mesmo em vantagem não estavam tranquilos.
Positivo: André Silva. Diz o Povo que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” e realmente é assim. André Silva tem trabalhado imenso e hoje marcou um excelente golo. Criou espaços, jogou e fez jogar. Uma aposta que deve continuar pois está visto que este “miúdo” vai longe.
Negativo: Jesus Corona. Mau. Péssimo. Não sei o que se passa com o mexicano mas desde a chegada de José Peseiro que o Atleta tem vindo a descer de rendimento. Um bom profissional deve dar sempre o seu melhor mas pelos vitos Corona não pensa assim. E é uma pena dado que talento e qualidade como futebolista é coisa que não lhe falta.