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Isto de se compreender o monstro

por Pedro Silva, em 11.01.16

Crónica RS.jpg 

1 – A semana passada foi abalada pela notícia de que a Coreia do Norte terá conseguido detonar, com sucesso e pela primeira vez, uma bomba de hidrogénio.

 

Se a informação avançada pelo regime de Pyongyang for verdadeira, este é um significativo passo no desenvolvimento do programa nuclear da Coreia, que já levou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a convocar uma reunião de emergência. O Reino Unido, a França e Estados Unidos terão considerado que esta é uma "violação inaceitável" das resoluções da ONU, e até a China, o principal aliado da Coreia, disse que se "opõe firmemente" ao teste.

 

2 – Como reagiram as principais potências ao sucedido?

 

O Reino Unido, a França e Estados Unidos terão considerado que esta é uma "violação inaceitável" das resoluções da ONU. A China, principal aliado da Coreia, disse que se "opõe firmemente" ao teste.

 

Do lado da Coreia do Sul, principal opositor da Coreia do Norte no conflito armado, as reacções não são muito diferentes. O website NK News, que tem correspondentes em Washington e Londres, fala de desenvolvimentos perigosos a que Washington, Seul e Tóquio devem dar uma resposta conjunta, defendendo mesmo o fim das “políticas tímidas” de Obama para sancionar a Coreia do Norte. Já o “Korea Times”, que dedica um editorial titulado “A imprudência da Coreia do Norte” a esta questão, classifica o comportamento do líder norte-coreano como “sempre imprevisível”. Defendendo uma acção mais proactiva dos seus governantes, o título sul-coreano remata declarando que “nem se discute que a Coreia do Norte deve pagar o preço mais alto possível pelas suas ações precipitadas”. O “Korea Herald”, por sua vez, defende no editorial que é necessário dar uma “resposta concertada” a Pyongyang - uma resposta que “inflija dor real à Coreia do Norte”.

 

3 – Temos então que para um problema extremo o Mundo pretende, no papel e nunca na prática, uma solução extrema.

 

Não é por nada, mas a História já nos mostrou o que sucede quando se parte para a resolução de um problema de uma forma extrema. Ainda hoje estamos todos a pagar um alto preço pelo que o Ocidente pomposamente apelidou de “Primavera Árabe”.

 

É verdade que o regime norte coreano é um atentado à Humanidade em todos os aspectos, mas também é verdade que todos os conflitos que surgiram no Oriente foram do pior que uma Guerra poderia ter feito. Muito especialmente a famosa Guerra entre as Coreias onde os Estados Unidos da América participaram (mesmo que de forma indirecta) no conflito. Diga-se, a título de exemplo, que era prática das Tropas sul coreanas a colocação de soldados norte coreanos capturados em casas onde depois os queimavam vivos.

 

E penso não valer a pena mencionar as enormes atrocidades que aconteceram naquela zona do Globo quando o Japão se lembrou de invadir a Península Coreana e China…

 

4 – Ora isto para se chegar a uma simples conclusão: não é com armas e sanções que se vai derrubar a Ditadura sanguinária de Kim Jong-un. Este problema não se resolve com o habitual alarido mundial sempre que o Regime norte coreano se lembra de dar sinais de vida.

 

Numa zona do planeta onde as diferenças fomentam o ódio, muito por força das intervenções ocidentais dos séculos XIX e XX, a violência e ingerência do Ocidente só servem para uma coisa: alimentar o monstro que criamos!

 

Adoptar uma política de diálogo e de compreensão que acabe com a provocação e fomente a aproximação entre os Povos acabaria de vez com a mais obscura Ditadura do Mundo, mas para isto era preciso que a Coreia do Sul estivesse para aí virada e que os Estados Unidos da América não tivessem intenções de controlar aquela que será, muito em breve, a zona mais rica do Planeta Terra.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 21:56


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