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Imagem de zerozero
Como sempre estive no Dragão a assistir in loco ao empate a zero bolas entre FC Porto e SC Braga. Sabia de antemão que o Sporting CP de Jorge Jesus tinha “cilindrado” o SL Benfica de Rui Vitória em pleno Estádio da Luz pelo que sabia que era imperativo o Futebol Clube do Porto vencer hoje. E também sabia eu que defrontar este Braga de Paulo Fonseca (treinadores a quem menos hipóteses deram de mostrar o seu valor no comando técnico do FC Porto) ia ser muito complicado. Deveras complicado. Infelizmente tal facto veio a verificar-se.
O Sporting Clube de Braga não fez nada para vencer o jogo. Os Guerreiros do Minho vieram á Invicta jogar para o “pontinhio” e conseguiram alcançar este objectivo em casa de um Futebol Clube do Porto que não jogou mal mas que, como sempre, foi demasiado previsível e pagou cara esta factura. Muito cara mesmo pois agora já tem de olhar para cima para ver o Sporting Clube de Portugal no 1.º lugar da tabela classificativa da Liga NOS.
Repito pela milésima vez:
- O Futebol Clube do Porto não pode jogar em posse e esperar que um dos seus criativos/lance fortuito “abra” o jogo marcando o golo inaugural. Tem de haver um jogo colectivo, um plano a, b e até mesmo para dar a volta a equipas de qualidade e bem organizadas como este Braga de Paulo Fonseca;
- Os cantos e livres devem ser trabalhados pois no futebol moderno estes lances resolvem partidas. Não podemos estar sempre à espera que a sorte nos bafeje aquando de um canto ou livre;
- Julen Lopetegui não pode insistir no seu sistema de jogo “quer faça sol, quer faça chuva”. O basco tem muitas capacidades mas se não consegue preparar a sua equipa nos treinos então que arranque alguém que o ajude nesta tarefa para que quando tiver outro Braga pela frente saiba como o derrotar.
Já ando a dizer isto deste a época passada...
Depois venham-me cá com o colinho e mantos protectores. O actual Sporting CP tem tido direito a muito colinho e manto protector é por isto…
Nada está perdido mas a verdade é que o FC Porto agora é segundo classificado fruto deste empate caseiro com o Braga e já tem o Sporting CP a dois pontos de distância. E é assim que se começam a perder campeonatos. Isto a não ser que Julen perceba de uma vez por todas que tem de juntar á sua filosofia de posse uma maior acutilância ofensiva e alternativas de ataque sempre que o jogo assim o exija.
Chave do Jogo: A Chave desta partida que acabou por definir o seu desfecho final surgiu aquando da lesão do defesa Djavan do Sporting Clube de Braga. Foi (salvo erro) ao minuto 16 da partida. Até esta altura o Futebol Clube do Porto estava literalmente “em cima” do Braga e nada fazia prever que tudo acabaria com um empate a zero bolas. Após a substituição de Djavan por lesão os Bracarenses passaram a jogar muito melhor e mais organizados acabando por impor o seu futebol e tal conduziu-os à conquista do seu objectivo.
Positivo: O bom futebol praticado pelos Portistas. Já o disse por mais do que uma vez; o Futebol Clube do Porto não joga mal e a sua filosofia de posse faz com que acabe a dominar os jogos e a impor o seu futebol, contudo falta-lhe acutilância e organização ofensiva. Aos Dragões falta-lhes um colectivo trabalhada e preparado para as incidências de uma partida de futebol. Basicamente falta-lhe treino pois qualidade este tem e em doses bem razoáveis.
Negativo: Para além do que já disse anteriormente coloco como negativo a atitude do público do Dragão. Evidentemente que não sou daqueles que acha que se deve estar a bater palmas e a cantar o jogo todo (focas amestradas é no zoo) mas sei bem que isto do assobio e do insulto gratuito quando o tempo escasseia e o resultado não aparece é do pior que um adepto pode fazer à sai equipa. Já não basta a equipa não ter organização ofensiva nem estar minimamente preparada para inovar quando a solução habitual não surge e tem também de lidar com o imenso ruído negativo que vem das bancadas. Lamentável.