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Comédia, Romance (2014) - "Magic in the Moonlight"
Realizador: Woody Allen
Elenco: Colin Firth, Antonia Clarke, Natasha Andrews, Valérie Beaulieu
Sinopse: O chinês Wei Ling Soo é o mágico mais celebrado do seu tempo, mas poucos saberão que se trata do nome artístico de Stanley Crawford (Colin Firth), um resmungão e arrogante inglês, com uma grande opinião de si mesmo e uma enorme aversão aos falsos espíritas que afirmam ser capazes de fazer verdadeiras magias. Persuadido por um velho amigo, Stanley dirige-se à Côte d'Azur com o objetivo de rebaixar uma jovem e sedutora vidente, Sophie Baker (Emma Stone), que ali se encontra com a mãe. Desde o seu primeiro encontro com Sophie que Stanley a considera como uma nulidade que poderá desmascarar num instante como estando a aproveitar-se da ingenuidade da família. No entanto, para sua grande surpresa e desconforto, Sophie é capaz de numerosas proezas a ler a mente e apresenta outros poderes sobrenaturais que desafiam todas as explicações racionais, o que o deixa completamente estupefato.
Crítica: Como é habitual começo pela nota. E a esta produção de Woody Allen, não obstante o seu Génio, dou-lhe um satisfaz. Mais à frente direi qual a razão.
Esta Comédia Romântica de Woody Allen é precisamente isto: uma Comédia Romântica de Woody Allen. Como tal para poder que este filme possa ser apreciado e entendido temos de entender as peculiaridades muito próprias do seu Realizador. Com Woody as personagens parecem quase todas Narradoras. Como tal é fundamental que se assista a esta produção com uma mente aberta e muita atenção aos pormenores. Aliás, é isto que faz dos contos de Woody algo de especial.
Este Magia ao Luar apresenta-nos um excelente argumento sobre o dilema do Amor. Pelo meio há tempo de sobra para uns sorrisos. Os diálogos não são nada enfadonhos e o enredo está excelente e a sua recta final está divinal. O Génio de Woody Allen em todo o seu esplendor.
Relativamente ao elenco, sou da opinião de que cada um dos Actores e Actrizes assimilou muito bem o seu papel. É notória a preocupação de se ter feito um estudo bem profundo sobre os ritos da época em que se desenrola o filme, o que o torna ainda mais especial e bem realizado. Ainda neste campo queria deixar aqui uma palavra de apreço para Colin Firth que desempenhou muito bem o seu papel de Inglês arrogante e cínico. Um desempenho notável!
O calcanhar de Aquiles do Magia ao Luar reside na pobreza de cenários que nos vão sendo apresentados. Pouca diversidade e, sobretudo, muito pouca originalidade em termos de cenários retiram muito brilho a um filme que tem tudo para ser dos melhores que vi até ao momento dentro da temática das comédias românticas. Exigia-se mais, muito mais, a um Realizador do calibre do Woody. Daí a nota que lhe atribui inicialmente.