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A 13 de Fevereiro do distante ano de 1965 o General Humberto Delgado foi cobardemente assassinado pelas Forças do regime salazarista que dominavam Portugal. Isto porque o General sem Medo (como era conhecido na altura) corporizou o principal movimento de tentativa de derrube do regime através de eleições, tendo contudo sido derrotado nas urnas, num processo eleitoral fraudulento que deu a vitória ao candidato do Estado Novo, Américo Tomás.
Não será disparate algum afirmar que Humberto Delgado semeou aquilo que mais tarde acabou por ser conhecido como o Movimento das Forças Armadas, Movimento que a 25 de Abril de 1974 derrubou, sem recurso á força das armas, o vergonhoso salazarismo e impôs a República Democrática em que vivemos hoje em dia.
Como tal o General merece ser tratado como um Herói que lutou pela Liberdade do Povo Português e 50 volvidos do seu assassinato só ficaria bem ao Povo Lusitano, e respectivos órgãos de Soberania, a realização de uma justa homenagem de reconhecimento àquele que lutou. Quase que sozinho, contra a obscuridade da Direita Conservadora de Salazar.
Mas a realidade é outra. O esforço heroico de Delgado quase que passou despercebido numa data em que se celebraram os 50 anos da sua morte. É verdade que aqui e acolá se leu e se sentiu um ou outro manifesto de respeito para com esta importante personagem da História moderna de Portugal, mas não passaram disto mesmo: meras manifestações. E fica mal, muito mal, a um País como o nosso que tem a Democracia, Liberdade e Justiça como seus pilares não prestar uma justa Homenagem a quem perdeu a sua Vida na luta pela Democracia, Liberdade e Justiça que temos hoje em dia.
É o Portugal que temos. Preguiçoso de tal forma que precisa que um tal de Alexis Tsipras e seus Ministros façam valer os Direitos dos Cidadãos numa Europa onde o respeito e dignidade deram lugar à extorsão e exploração.