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A frase que lemos em cima é da autoria da autora do Blog araparigadoautocarro. Esta pertinente e importantíssima observação da nossa amiga foi escrita como comentário a este texto que escrevi sobre as eleições Gregas.
Aproveitando a deixa vou aqui tecer algumas considerações sobre o que tem sido dito e escrito nos últimos tempos sobre o novo Governo Grego.
1 – É uma vergonha a forma como o Primeiro-ministro de Portugal reagiu, e reage, ao novo Governo Grego. Ideologias à parte o respeito entre os Chefes de Estado é algo que se deve manter a todo o custo numa Europa unida como é o caso da União Europeia da qual Portugal faz parte. Mas isto vindo de um Chefe de um Governo que não sabe governar sem provocar conflitos e destruir não é de admirar. O que me admira é a nossa Comunicação Social e seus Comentadores terem quase que passado ao lado deste pormenor. Tais “seres” são sempre muito ávidos na crítica à oposição e tem feito o possível e o impossível para ridicularizar o Executivos de Alexis Tsipras, mas quando é para demonstrar à Opinião Pública o tipo de gente que nos governa remetem-se ao politicamente correcto;
2 – Patética é também a posição de Passos Coelho sob a possibilidade da Grécia vir a renegociar a sua dívida. Isto porque renegociar a dívida não é sinónimo de perdão mas sim de se encontrar formas de a pagar sem ter de destruir o País. Para mais a dívida pública Portuguesa não tem parado de aumentar desde que o programa da Troika começou a ser aplicado no nosso País, e como tal não me admira que mais cedo ou mais tarde sejamos nós a pedir uma renegociação da dívida;
3 - A Austeridade é uma estratégia que já deu provas mais do que suficientes de que não funciona na Grécia e em outros Países na mesma situação. É inconcebível que um Estado não possa garantir aos seus Cidadãos acesso ao Serviço Nacional de Saúde (na Grécia quem estiver desempregado por mais de 6 meses perde o acesso ao SNS), assim como não se percebe porquê razão o Estado não pode proteger os seus Cidadãos da pobreza em nome do cumprimentos de défices irracionais e de dívidas sem fim. Nem o modelo Norte-americano funciona desta forma tão radical. Criar pobres é o mesmo que jogar na roleta russa;
4 – Só quem tiver umas palas muito grandes e serradura no lugar de miolos não percebe o porquê da aproximação dos Gregos aos Russos. Os Gregos estão fartos de viver sob o comando de uma Europa que os tem massacrado a todos os níveis e que os apelida de corruptos, preguiçosos e outras coisas do género. Como tal é perfeitamente natural que estes busquem alternativas que os ajudem a sair do pesadelo que a Europa criou. Se a ajuda estiver do lado Russo qual o mal? Se a Europa liderada pala Alemanha deixar de ser a burra teimosa que está a ser de certeza qua a Grécia se demarca da Rússia, até porque o bom senso na Europa tem um simbolo €;
5 - Sempre que se referem ao Syriza fazem-no salientando que se trata de um Partido Extremista. Contudo há uns dias para cá quem eu tenho visto a tomar posições extremistas não é Alexis e a sua equipa mas sim a Alemanha e o FMI. Inclusive este último recusou-se a enviar os seus Técnicos para a Grécia sob o pretexto de que não seriam recebidos. Contudo ainda recentemente o Executivo Grego afirmou, e por mais do que uma vez, que está disponível para negociar e ouvir todas as partes na busca da resolução do seu problema sob a condição de se por um fim à austeridade. Afinal quem é o radical no final de contas?
Kamiya Kaoru - Série Samurai X
É um facto que depois de uma derrota ganhar é o melhor dos tónicos. Mesmo que a vitória tenha sido num “jogo a feijões” como foi este ante a Académica de Coimbra. Sabe bem para o ego e aumenta a moral e confiança de todos os profissionais do Dragão que estavam de rastos após a estapafúrdia derrota do passado Domingo.
Contudo poucas notas se podem retirar desta partida. A que sobressai é que Paulo Sérgio terá, sem dúvida alguma, mais talento para Forcado que para Treinador de Futebol… A Briosa está uma desgraça e a culpa não é só dos Jogadores que na sua grande maioria são de uma qualidade muito, muito, muito mediana e estou a ser muito simpático quando afirmo tal coisa.
Quanto ao Futebol Clube do Porto, como já aqui disse, pouco há a dizer dado que este jogo não trouxe nada de novo. Deu para perceber que Lopetegui continua a teimar na posse pela posse e a equipa continua, e continuará, a jogar sempre da mesma maneira faça chuva, faça sol sendo que por vezes lá “apanha” com uma académica pela frente e vence ora apanha uma equipa mais matreira e bem preparada como o CS Marítimo e perde. Não percebo como é que o Tribunal do Dragão tem tanta paciência com o Basco… Fosse Paulo Fonseca a fazer tais proezas e por esta altura já era alvo de insultos, petardos, tarjas, perseguições e tudo mais.
O golo sofrido por Helton é ridículo. Onde estava José Ángel e onde estavam os centrais no golo dos Estudantes? A tomar um café na esplanada com certeza. Depois venham-me dizer que o actual plantel dos Portistas é o melhor de sempre.
Algumas notas finais para terminar:
- Jackson Martinez está a melhorar a olhos vistos e mostrou mais uma vez a Lopetegui que o seu lugar é na área e não nas faixas do ataque Azul e Branco;
- Evandro voltou a fazer um jogo excelente no meio campo. E anda o Treinador do FC Porto a apostar num “apagado” Herrera;
- Rúben Neves deveria ser titular no lugar de Casemiro. É de longe muito melhor do que o Brasileiro em todos os aspectos para além de ter uma visão de jogo fabulosa;
- Quintero jogando no meio campo em apoio ao avançado até oportunidade de golo sabe criar. Só um cego não vê tal coisa. Arranjem uns binóculos a Lopetegui;
- E, para terminar, Gonçalo Paciência, filho do “matador” Domingos Paciência (antiga Glória do FC Porto) é mais uma prova de que o Dragão também sabe formar Jogadores de excelência.
Venha o Paços de Fonseca. O tal que na passada Segunda-feira deu uma “Segunda Vida” a Lopetegui ao ter feito melhor que o Espanhol esta época no comando de uma equipa que luta pela manutenção.
Comédia, Drama (2014) - Birdman
Realizador: Alejandro González Iñárritu
Elenco: Michael Keaton, Emma Stone, Kenny Chin, Jamahl Garrison-Lowe
Sinopse: Uma comédia de humor negro que conta a história de um Actor, famoso por ter interpretado um super-herói icónico, e que agora planeia montar uma peça de teatro numa tentativa de recuperar os seus tempos de glória. Nos dias que antecedem a noite de abertura, o ator - Riggan Thomson - luta contra o seu ego e tenta recuperar a sua família, a sua carreira, e a si próprio.
Critica: Vou começar por dar a minha nota a este filme: bom. Não é assim tão mau como muito boa gente o tem pintado, mas também está longe de ser a obra-prima genial que outra boa gente diz ser.
A sátira ao Mundo do Espectáculo Norte-americano está bem conseguida. Todos sem execpção são muito bem criticados e caricaturados. Gostei bastante deste aspecto do filme que é a razão de ser de Birdman.
O modelo de filmagem, apesar de não ser do meu agrado, está muito bom e praticamente coloca o espectador dentro do filme, o que o torna emocionante e interessante desde o seu início ao fim. E aqui aproveito para tirar o meu chapéu a Alejandro González Iñárritu porque não é nada fácil fazer-se alguma coisa de jeito com esta metodologia de filmagem.
Relativamente ao elenco, para ser sincero não consegui encontrar uma má interpretação da parte de todos eles. Assim como não vi algum que se tenha destacado dos demais. Todos eles trabalharam muito bem e quase não dei por falhas. Durante esta Produção de Iñárritu é possível sentir-se simpatia, pena, compreensão, revolta e antipatia por todas as personagens, fruto do excelente trabalho de todos os Actores e Actrizes. É um crime dizer-se que o A ou B se destacou em Birdman.
Agora o que me impede de dar um Bom ou um Excelente a este filme é a forma como decorre a sua História. O Argumento é muito bom, e está muito bem pensado/elaborado, mas a forma como este se desenrola é que acaba por ser a morte do artista. Isto porque embora os acontecimentos sigam uma cadência lógica é algo frustrante a forma como esta cadência se vai desenvolvendo. Os vários “recortes” de Birdman retiram algum interesse porque fazem-nos sentir o momento e de repente há uma quebra que deita tudo por terra.
Trata-se de um Filme que recomendo obviamente.
Agora se é para ganhar um ou vários óscares não sei. Isto de nada interessa ou não fossem os óscares uma treta propagandista que faz o gosto a certos egos recorrendo a maior parte das vezes ao disparate para alcançar este “fabuloso” objectivo.