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Quando António Guterres era Primeiro-ministro de Portugal as privatizações de Empresas do Estado arrancou em força. O pontapé de saída foi a privatização da “Galinha dos Ovos de Ouro” que dá pelo nome de BRISA. Na altura um amigo meu afirmou convictamente que isto das Privatizações ia começar até só sobrarem os dedos. E justiça lhe seja feita! Não porque sei que ele estará a ler este texto, mas sim porque tinha toda a razão do mundo.
Desde a década de 90 até à data que os sucessivos Governos de Portugal tem recorrido ao dinheiro fácil das Privatizações para poderem fazer face a problemas de tesouraria (ou não). È aquilo que se chama de Receitas Extraordinárias. E sim, estamos a falar de dinheiro fácil porque não obstante serem Empresas que na mão do Estado dão prejuízo, não faltam nunca interessados na sua compra dispostos a pagar o que for preciso.
Daí que não seja de admirar que em pouco mais de três anos, foram-se praticamente todos os anéis. O que sobra para vender dará pouco ou nenhum encaixe. A par da TAP, o calcanhar de Aquiles do Governo, restam apenas a EMEF, CP Carga e Carristur.
Descobriu-se a Pólvora, digo eu!
Agora penso que se impõe colocar duas questões:
- Quando estiver tudo vendido, tal como sugeriu o Técnico da Troika, e o Estado necessitar de Receitas Extraordinárias o que se vai fazer? Vai-se vender a Ilha da Madeira?
- Porquê razão o Estado não consegue colocar estas Empresas a dar lucro quando estão sob a sua alçada tal como sucede quando as mesmas passam para a esfera Privada?