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Quando em meados de Setembro o Papa Francisco se colocou sob os holofotes do mundo inteiro para celebrar 20 casamentos, entre os quais o de uma mãe solteira com o seu novo companheiro cujo primeiro casamento tinha sido declarado nulo, a mensagem foi claríssima: a Igreja Católica deve ser capaz de acolher no seu seio as novas formas de viver em família.
O Papa Francisco tem levado a cabo uma tremenda batalha para que a hipocrisia deixe de ser a face visível da Igreja Católica. Não tem sido uma batalha fácil para o Santo Padre porque, ao contrário do que este disse no encerramento do Sínodo sobre a Família, a Igreja Católica Apostólica Romana continua presa, por vontade própria, aos seus ideais de injustiça não reconhecendo todos por igual. Isto apesar de muitos destes “todos” terem uma Fé ainda maior e mais pura do que os Bispos que estiveram presentes nesta Reunião.
Não se percebe porquê razão a Igreja não reconhece o Direito à Fé dos Homossexuais. Trata-os como Seres inferiores porque não são naturais apesar de Cristo ter dito para se amar o próximo.
Esta Igreja caduca, fechada e perdida em si mesmo não segue os ensinamentos de Cristo mas sim as passagens que mais lhe convêm. Foi assim no Passado durante Séculos onde oprimiu inocentes e manipulou Estados em nome de Deus e será sempre assim porque no último Estado Absolutista do Mundo Ocidental nada funciona senão por imposição.
O mesmo tipo de lógica se aplica aos Divorciados. Porquê razão o casal que não se ama, não se respeita mutuamente e não se sente há-de ser excluído da Família Católica só porque não deu continuidade aos laços sagrados do Matrimónio? Cristo também não cometeu os seus equívocos e aceitou na sua graça e bondade quem tenha pecado? Porquê razão não há-de a actual Igreja de fazer o mesmo?
A resposta já foi por mim aqui dada: a Igreja não comunga dos mandamentos de Cristo mas sim aqueles que lhe dão mais jeito.
Apesar de tudo congratulo a coragem e frontalidade do Papa Francisco, mas a evidência está à vista de toda a gente: Milagres nem na Igreja.
Para terminar queria somente dizer que não fico nada surpreendido com a falta de debate destes assuntos na Sociedade Portuguesa. Uma Sociedade que para permitir a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo teve de enfrentar cobras e lagartos para tal e que não deixa que a coadopção (não confundir com adopção) por casais do mesmo sexo seja uma realidade não poderia, de forma alguma, ter um olhar critico sobre estas matérias.