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Ontem e anteontem tem sido um fartote nos Telejornais com a história do IRS e das Famílias numerosas. Ao que parece daqui para a frente o IRS vai passar a ter em conta todo o agregado familiar. O número de filhos e, em alguns casos, dos próprios avós a cargo vai permitir reduzir o imposto a liquidar.
Tudo muito bonito não hajam dúvidas. Fica-se bem na fotografia com medidas destas e com uma Imprensa inteira a ajudar na propaganda ainda melhor se fica. É fácil, incrivel e terrivelmente fácil, desmontar este folclore todo, porque o problema das Famílias numerosas e da natalidade em Portugal não passa somente pela descida do Imposto a pagar em sede de Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS).
Ora vejamos as coisas como elas são; um casal antes de ter filhos tem de pensar em várias coisas fundamentais tais como: alimentação, roupa, electricidade, água, telefone, casa para poder albergar os filhos, acompanhamento médico (vacinas, medicação, farmácia e outras coisas tais), ensino (infantário, colégio, escola, propinas, material escolar e por aí adiante) e imprevistos que surgem na Vida de uma Criança. A tudo isto que aqui expus é sempre acrescido Impostos e Taxas cujos valores se mantêm em níveis elevadíssimos.
E quer esta gente da Imprensa e Governo fazer-nos crer que estão a fazer um grande favor a todos nós com esta medida? Como espera o Executivo de Passos/Portas combater a fraca natalidade Lusa com esta migalha que a Comunicação Social resolveu transformar em pão abundante? Tomam-nos a todos por lorpas? Só se for, porque de outra forma não existe justificação para tanta propaganda.