Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Muito boa gente pode não gostar mas qualquer assunto, tal como as moedas, tem sempre dois lados e quando os analisamos devemos ver sempre os dois lados da questão e não somente aquele que nos toca no coração. Vêm isto a respeito da Auxiliar de Enfermagem Espanhola que foi infectada com ébola e a forma como as Autoridades e População Espanhola estão a reagir ao sucedido.
Segundo o que se tem dito sobre o assunto tudo terá, supostamente, começado porque a Senhora violou o protocolo de segurança aquando da prestação de cuidados médicos ao Pároco que estava infectado com o vírus mortal. E ao que parece esta mesma Sra. terá entrado e saído do quarto sozinha, quando o tal protocolo obriga a que entrem sempre duas pessoas para tal efeito. Para além disto tem também sido veiculado que quando a Sra. Teresa Romero Ramos se deslocou ao Hospital uma primeira vez não terá dado conta ao Clínico que a observou e medicou de que tinha estado em contacto com um doente infectado com ébola.
Temos portanto que neste caso, até prova em contrário, houve negligência grosseira da parte da Auxiliar de Enfermagem. E o que resulta de tal é uma tremenda balbúrdia com muito radicalismo à mistura da parte das Autoridades e População Espanholas neste caso. Vamos por partes.
É verdade que o Ministério da Saúde Espanhol não agiu correctamente em todo este processo. Foi notório que cedeu á imensa pressão internacional que se abateu sobre Madrid assim que o caso se tornou público. Rapidamente começou o “jogo do empurra” da parte dos Agentes Sanitários dos Nuestros Hermanos na tentativa de manter o seu lugar.
Mas também é verdade que a culpa do abate do pobre cão de nome Excalibur, animal de estimação da Sra. Teresa Romero e Marido, e da forma radical como o problema tem sido tratado pelas Autoridades Espanholas também pode ser imputável à Sra. porque, como já aqui disse atrás, a dita foi imprudente e pouco profissional. Por terra caem desta forma as acusações de que só os Governos Central e Regional de Madrid estiveram mal em toda esta história.
E lamenta-se o aproveitamento político desta questão que levou a situações violentas e a palavras de ordem caricatas onde se chegou a desejar a morte da Sra. Ministra da Saúde no lugar do cão. E muito menos se entende porquê raio a mesma Ministra é “acusada” de ter um Jaguar na sua Garagem como se isto de ter um carro topo de gama fosse um acto tão irresponsável como não seguir o protocolo de segurança de doenças infecciosas.