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Com toda a certeza que muita da gente que por aqui passa já percebeu que pouca, ou até mesmo nenhuma, importância dou à Política nacional. E não o faço porque no geral são sempre as mesmas figuras com os mesmos discursos vazios, bacocos, desinteressantes e, pior que tudo, populistas.
É com este estado de espírito que tenho olhado para as Primárias do Partido Socialista. Para mais sempre que vejo intervenções públicas de António Costa e de José Seguro a ladainha é sempre a mesma: ataques pessoais e as promessas da praxe. Não é de estranhar, portanto, que o debate de ontem na TVI me tenha passado ao lado. Contudo, uma pessoa amiga que é militante do PSD e por quem tenho uma alta consideração lançou-me o desafio de ver o debate e eis que recorri às modernices de hoje em dia, recuei a programação no tempo e assisti ao dito.
E que vi eu? A habitual politiquice do costume levada a cabo por duas personagens que pela sua experiência já deveriam saber que a malta já está farta disto. António José Seguro começou ao ataque, tendo escolhido a via da “calimerice” deixando a entender que o outro António é um traidor que lhe quer cobardemente roubar o lugar à força, por seu turno Costa quando questionado sobre o que pretende fazer para o futuro limitou-se a nada dizer. A cereja no topo do bolo foram as promessas populistas de José Seguro que pelos vistos vai seguir a mesma estratégia de Passos Coelho, estratégia que lhe valeu um lugar na Cadeira do Poder há três anos atrás.
Ora, após ter visto o tal debate que de debate não teve nada, fiquei com a clara sensação de que perante o tremendo deserto de ideias, propostas e argumentação de ambos que o dito tinha terminado com um empate técnico. Mas pelo que vou lendo na Opinião Pública a coisa não é bem assim. Segundo muitos as propostas populistas de Seguro, a falta delas da parte de Costa e o seu assalto oportuno ao Poder Socialista fizeram com que o actual Líder dos Socialistas tenha vencido o dito debate.
O que me leva a concluir que efectivamente o Povo Português gosta, se não adora, dar uma de ignorante e pouco exigente com a sua classe política. Classe que está cada vez pior em vez de melhorar com o tempo diga-se de passagem. Depois ainda há quem fique muito admirado e revoltado com a popularidade de uma certa personagem de nome Marinho Pinto.