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Li hoje que a escritora Margarida Rebelo Pinto sente “repulsa e pena” pelos Portugueses que se manifestam, numa atitude que, nas suas palavras, demonstra “falta de responsabilidade civil, falta de memória e falta de inteligência”.
O que Margarida disse não merece grandes comentários. Assim como também não mereceram grandes comentários o que esta já escreveu em crónicas de opinião onde seguiu o mesmo guião (guião é um termo que agora está muito na moda) e mais tarde acabou por ter de pedir desculpas em público.
A autora não é capaz de mais do que isto e para mais faz parte do restrito grupo de pessoas que utiliza a memória selectiva porque não foram os Governos anteriores que Margarida critica que quiseram ir além da troika. Isto a não ser que a autora não considere este “ir além da troika” uma medida suicida.
Mas o mal não é a Margarida. O mal está em quem dá voz e corpo aos seus pensamentos.
Podemos acusar Margarida Rebelo Pinto de insensata e pouco inteligente no que ao uso das palavras diz respeito, mas a culpa de tal facto é de quem lhe dá tempo de antena e a deixa dizer este tipo de alarvidades.
Para mais não deixa de ser suspeito que tenha sido a RTP a convidar a Sra. D. Margarida para opinar sobre um tema que ainda está longe de ser explicado como deve ser a todos os Portugueses.
Há que perceber que apesar de tudo a RTP é a Televisão do Estado, o polémico Orçamento de Estado de 2014 está em discussão na Assembleia da República e o Presidente deste canal foi nomeado pelo Executivo Passos/Portas.
Para todos os efeitos o mal nunca será a Margarida…